Nossos Espaços

Biblioteca Caio Fernando Abreu
A construção do acervo da nossa Biblioteca Comunitária teve início a partir de doações recebidas do projeto “Esqueça um livro“, em 2017. Hoje, o espaço conta com quase 4 mil obras, entre livros, DVDs, CDs, revistas e mangás. Tudo gratuito para empréstimo ou consulta.
Para mais informações, entre em contato pelo email biblioteca@casaum.org
A construção do acervo da nossa Biblioteca Comunitária Caio Fernando Abreu teve início a partir de doações recebidas do projeto “Esqueça um livro“, em 2017. Hoje, oito anos depois, a Biblioteca conta com uma coleção de 3.772 títulos, entre livros, DVDs e quadrinhos. Nossa política de desenvolvimento da coleção visa dar espaço e voz para literaturas representativas, discursos que tensionem em seus contextos sociais, históricos, políticos e econômicos as questões identitárias manifestadas, a saber: LGBTQIAPN+, feminista, negra, indígena e amarela. O nosso acervo está organizado a partir das seguintes seções: romance e novela; conto e crônica; infantil; juvenil; teatro; poema; biografia; história em quadrinhos (infantojuvenil e adulta); mangá (infantojuvenil e adulto); jornalismo literário; arte; informativo; idiomas (inglês e espanhol); Instituto Temporário de Pesquisa Sobre Censura; ciência humanas e sociais; direitos humanos; psicologia e saúde; crítica literária; DVD. Todos os nossos títulos teóricos integram o Acervo Marielle Franco.
É possível consultar os títulos disponíveis do nosso acervo clicando aqui.
A Biblioteca funciona de segunda à sábado, das 10h às 19h.
Cada pessoa pode realizar o empréstimo de um título por vez, pelo prazo de 15 dias corridos. O serviço é gratuito e pode ser renovado presencialmente ou on-line, desde que a devolução esteja no prazo.
Consulte a equipe da Biblioteca para mais informações sobre empréstimos e renovações.

Seguindo a política de portas abertas da Casa 1, não é necessário apresentar extensa documentação para o cadastro, garantindo assim o atendimento a toda a comunidade, sem exceções.
Na Biblioteca também funciona o Balaio Literário, projeto cujo objetivo é distribuir de forma gratuita e para toda a população livros, DVDs, CDs, revistas, quadrinhos e kits de literatura para crianças e adolescentes. Os kits contam sempre com um material de leitura e material de desenho, escolar ou brinquedos.
Já o Projeto Recibo conta com uma impressora térmica que reproduz quatro tipos de conteúdo, randomicamente: contos curtos, poesias, quadrinhos e atividades, como caça-palavras e desenhos para colorir.
As doações (livros, DVDs, CDs, material escolar ou de desenho, brinquedos) podem ser entregues na própria Biblioteca, localizada na Rua Condessa de São Joaquim, 277, Bela Vista. De segunda à sábado, das 10h às 19h. Atualmente temos parceria com o Bajubá (projeto comunitário de registro de memórias das comunidades LGBTQIAPN+) e destinamos a eles parte das doações que recebemos.
Aos sábados, também recebemos doações para outros Grupos de Trabalho, como a Assistência Social e Formação Profissionalizante (durante a semana elas devem ser entregues no nosso Galpão Cultural, Rua Adoniran Barbosa, 151): roupas, alimentos, itens de higiene pessoal, material de limpeza, maquiagens, utensílios domésticos, máquinas de costura, peso de porta e até rebimboca da parafuseta! Desde que esteja em bom estado.
A Biblioteca sempre contou com uma série de programações e atividades. No nosso espaço são realizados eventos de lançamentos de livros, com a participação dos autores, bate-papo e seções de autógrafos; clube de leitura feminista, com base em títulos do nosso acervo; contação de histórias, tendo participação expressiva das crianças da comunidade, importantes frequentadores do nosso espaço. Durante a pandemia, os empréstimos e as atividades presenciais foram suspensos, e o atendimento no nosso espaço ficou restrito da porta para fora (Balaio, Kits, Recibo, informações e recebimento de doações). Nesse período, tivemos uma série de programações on-line. Em 2021 estreou no IGTV da Casa 1 o Biblioteca Convida, programa quinzenal que buscava dar oportunidade e visibilidade para autores e autoras e editoras independentes, com temáticas relacionadas aos recortes identitários e representativos pelos quais lutamos. Você pode assistir as lives no Instagram da Casa 1. Também teve estreia o Marca-texto, podcast desenvolvido pela Biblioteca e Acervo Bajubá que apresentava pequenos trechos de obras literárias feitas por pessoas LGBTQIAPN+.
Atualmente, a Caio está de portas abertas para o público. Nosso acervo se encontra disponível para empréstimos e não faltam ideias para cada vez mais programações e eventos literários. Nossa equipe voluntária faz uma média de mil atendimentos por mês. Se você tem interesse em fazer parte dessa história, basta se inscrever nas formações de voluntariado, que ocorrem mensalmente e são divulgadas pelas nossas redes sociais, no Instagram e Facebook.
Rede LiteraSampa 
Iniciada em 2010 pela articulação entre bibliotecas comunitárias e escolares dos municípios de São Paulo, Mauá e Guarulhos, a rede tem como objetivo promover e democratizar o acesso à leitura.
Atualmente a rede é formada por 18 bibliotecas e promove ações afirmativas voltadas à formação de leitores e à democratização do acesso ao livro, à leitura, à literatura e às bibliotecas como direito humano.
As organizações que integram a LiteraSampa têm muito em comum! Os projetos acreditam na formação de leitores com estímulos para oficinas de mediação, saraus, bate-papo com autores e mais. A leitura literária pode transformar vidas e é um direito e um valor cultural inestimável rumo à cidadania plena.
A Biblioteca Comunitária da Casa 1 faz parte dessa rede, venha nos visitar!

Caio Fernando Abreu nasceu em Santiago, interior do Rio Grande do Sul, em 1948. Escreveu seu primeiro texto aos 6 anos e ainda jovem, aos 16, teve sua primeira publicação, o conto “O príncipe sapo”, pela revista Cláudia.
Formado em Letras e Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), colaborou em revistas como Veja e Manchete, Nova, e jornais como Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.
Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), se refugiou no sítio da amiga Hilda Hilst em Campinas, migrando posteriormente para a Europa. Ao retornar para o Brasil morou em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Recife, retornando para França em 1994 e voltando para o Brasil ao descobrir-se portador do vírus HIV.
Caio faleceu em 25 de fevereiro de 1996 no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, deixando 6 livros de contos, duas novelas, dois romances publicados, além de três peças teatrais e uma dezena de antologias e coletâneas.
Foi escolhido para dar nome à Biblioteca Comunitária da Casa 1 por seu importante papel na literatura e ainda por muitas das suas tramas trazerem temáticas homoafetivas, algo corajoso em tempos de ditadura militar.