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8 Documentários LGBT para assistir durante a quarentena. Parte 2

Continuamos com nossa série de posts dando dicas de conteúdos LGBT para tempos de quarentena (e para vida toda). Para quem está chegando agora, já publicamos 40 filmes LGBT brasileiros para ver e rever, depois a parte 1 da lista de curtas LGBT nacionais seguido da parte 1 de documentários LGBT para assistir em casa. O que acharam? Conte-nos também!

E aqui, a parte 2 com mais 8 documentários LGBT para assistir durante a quarentena dando prioridade aos nacionais! Eles estão disponíveis no Netflix ou no Stremio (um aplicativo totalmente gratuito que reúne filmes e documentários e que pode ser baixado no seu computador – seja PC ou Mac – e no celular).

Vou começar com o brasileiríssimo Laerte-se, produzido pela Eliane Brum, onde documenta a narração da Laerte sobre a trajetória na qual aos dos 60 anos decidiu externalizar sua identidade de mulher trans! É uma das artistas mais célebres e respeitadas do país. Um maravilhoso documentário! Tem disponível no Netflix, viu!?

Laerte Coutinho, a cartunista mais conhecida do país.

E tem o Bichas, um pequeno documentário produzido por Marlon Parente , que traz uma coletânea de depoimentos de experiências vividas por jovens bichas (!!) e a intuição é fazer com que entendam a importância do amor próprio, de respeitar os LGBT. São depoimentos lindíssimos que, inclusive, tem no YouTube e tem legenda para quem é surdo, autista ou pessoa com perda auditiva. <3

O documentário Cássia Eller também é muito bom de se assistir pois é uma biografia que retrata o ícone do cenário musical dos anos 90. Em sua pequena trajetória, a cantora deixou uma marca difícil de se esquecer. Além da projeção musical, o documentário mostra como era a vida dela, os tabus que rolavam e como ganhou repercussão nacional após falecer, além das questões com a guarda do filho, entregue para sua companheira. Também traz relatos de pessoas queridas como o Nando Reis, Zélia Duncan e a parceira dela, Maria Eugêniaa. Está disponível no Stremio!

a cantora Cássia Eller.

Tem o Divinas Divas que aborda a primeira geração de artistas travestis do Brasil. Rogéria, Valéria, Jane Di Castro, Camille K, Fujica de Holliday, Eloína, Marquesa e Brigitte de Búzios formaram, na década de ’70, o grupo que testemunhou o auge de uma Cinelândia repleta de cinemas e teatros. Um dos primeiros palcos a abrigar travestis no Brasil, o Teatro Rival era, então, produzido por Américo Leal, avô de Leandra Leal, diretora do documentário. O filme irá mostrar o reencontro das artistas para realização de um espetáculo, trazendo as histórias e memórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral daquela época. O documentário também está disponível no Stremio. ?

as Divinas Divas, as travestis que revolucionaram e peitaram a moral daquela época.

E o Diz Croquettes, um maravilhoso documentário, que mostra a trajetória do irreverente grupo carioca que marcou o cenário artístico brasileiro nos anos 70, trazendo a história de atores/bailarinos que se tornaram símbolos da contracultura ao confrontar a ditadura usando a ironia e a inteligência. Os espetáculos revolucionaram os palcos com performances de homens com barba cultivada e pernas cabeludas, que contrastavam com sapatos de salto alto e roupas femininas. O grupo se tornou um enorme mito na cena teatral brasileira e parisiense nos anos 70. Vale a pena assistir! Tem no Stremio.

Os Dzi Croquettes.

Não Gosto Dos Meninos é um documentário inspirado na campanha internacional “It Gets Better” que reuniu, durante 12 horas, 40 pessoas de backgrounds e histórias de vida completamente distintas com um objetivo comum: se mostrar. É uma iniciativa brilhante e que não acontece isolada, a temática já não é mais tão tabu como já foi, por exemplo: nos anos ’90, existe uma produção considerável de conteúdo desse tipo sendo realizada no Brasil, a fim de desmistificar, descontruir e desestigmatizar a homossexualidade nesse país. O curta é uma obra de André Matarazzo e Gustavo Ferri em uma emocionante iniciativa. Não tem nas plataformas de streaming mas é possível encontrar para download.


Inspirado no livro de Paula Dip, Para Sempre Teu, Caio F. traz a biografia do escritorCaio Fernando Abreu, morto aos 47 anos vítima de HIV e marcado por laços afetivos tão intensos quanto obras emblemáticas como “Morangos Mofados”. Com mistura de linguagens inerentes à obra de Caio F. – cinema, teatro, música e literatura –, a linha narrativa é conduzida através de depoimentos de amigos, editores e estudiosos que mantiveram relação com o autor. Um belíssimo documentário. Não tem no Netflix nem no Stremio, mas é possível fazer download na Internet.

O poster do filme.

E por fim, tem o Favela Gay, um documentário dirigido por Rodrigo Felha, um dos diretores revelados em “5X Favela, agora por nós mesmos”. O principal tema abordado é a homossexualidade nas favelas cariocas, a partir da perspectiva de lésbicas e gays e como eles são vistos dentro da favela. É um filme necessário para se assistir. Tem no Stremio!

Uma das cenas do documentário Favela Gay.

Espero que tenham gostado das indicações e se tiver recomendações é só deixar nos comentários!

 

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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