Museu da Diversidade Sexual promove seminário sobre construção de novos caminhos e lança novo podcast

Entre os dias 9 e 10 de março, o Instituto Odeon, em parceria com o SESC e apoio da OEI, realiza o evento gratuito “Museu da Diversidade Sexual: a escuta e a construção de novos caminhos“.

O evento acontece de forma híbrida: presencial, no Centro de Pesquisa e Formação do SESC, e online, através da plataforma do Zoom. Para participar é necessário fazer inscrição através do site do SESC. As vagas são limitadas.

INSCRIÇÕES PARA PARTICIPAR DE FORMA PRESENCIAL: clique aqui.
INSCRIÇÕES PARA PARTICIPAR DE FORMA ONLINE: clique aqui.

Serão cinco mesas de debate, que se dividem entre os seguintes principais eixos temáticos: Museologia e Memória, Cidadania e Educação, Territorialidades LGBT+, Artes Dissidentes e Empreendedorismo. Elas serão compostas por mais de 30 convidades pesquisadores, educadores, artistas, empreendedores, entre outros.

Entre os destaques de participação, nomes como Liliane Cuesta, Maria Cristina de Oliveira Bruno, além de representantes de grupos como #Vote LGBT, Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo, Casa 1, Revolta da Lâmpada, Transarau,Casa do Povo. O evento se encerra com uma performance do grupo Batalha Dominação.

PODCAST

Em programação paralela ao Seminário, o Museu da Diversidade Sexual lança um Podcast no dia 7 de março, nas principais plataformas de áudio. Os episódios seguirão diferentes vertentes dos eixos temáticos propostos pelo Museu, cada um com um convidade especialista na área. Em breve mais informações.

PROGRAMAÇÃO


09 DE MARÇO
13h30 – CONFERÊNCIA DE ABERTURA – “Diversidade sexual e de gênero nos
museus”
Convidades:
Liliane Cuesta Davignon
Mediação: Maria Cristina de Oliveira Bruno

15h – MESA 1 – “Memória e patrimônio LGBTQIA+ e interseccionalidades”
Convidades:
Leonardo Arouca
Kido Panotim (Coletivo Queertura)
Helcio Beuclair (Coletivo Arouchianxs)
Yuri Fraccaroli (Acervo Bajubá)
Luca Fuser (Departamento de Patrimônio Histórico / Secretaria Municipal de Cultura)
Mediação: Mauricio André da Silva (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP)

17h30 – MESA 2 – “Desafios e estratégias na captação para equipamentos e coletivos LGBTQIA+”
Convidades:
Ricardo Gomes (Câmara de Comércio LGBT)
Diogo Rodrigues (Mais Diversidade)
Mônica Novaes Esmanhotto (Casa do Povo)
Luis Baron (Associação Eternamente SOU)
Gustavo Torres
Mediação: Carolina Wakiyama Bittar (MDS)

10 DE MARÇO
13h MESA 3 – “O desafio do ensino sobre diversidade e o papel do MDS como instância de acolhimento”
Convidades:
Adelaide Estorvo
Silvane Silva
Ju Bardi
Ellen Nicolau
Luz Sampaio
Mediação: Laís Borges (MDS)

15h – MESA 4 – “O diálogo transversal e a construção de novas territorialidades a
partir de uma abordagem interseccional”
Convidades:
Carla Baker (LGBTQIA+ Regional)
Gui Mohallem (#Vote LGBT)
Sheila Costa (Sapatão BR )
Elvis Justino (Família Stronger)
Luiza Brunah (Grupo Mexa)
Mediação: Bruno Oliveira (Casa 1)

17h30 – MESA 5 – “Artes dissidentes e práticas artístico-culturais LGBTQIA+ na construção de reconhecimento, territorialidades e memória”
Convidades:
Patrícia Borges (TRANSarau)
Bruno Fuziwara (Coletivo Acuenda)
Flip Couto
Letícia Coura
Ericah Azeviche (Revolta da Lâmpada)
Mediação: Rodrigo Alcântara (MDS)

19h30 – ENCERRAMENTO
Performance do Coletivo Batalha Dominação

SERVIÇO

Seminário
“Museu da Diversidade Sexual: a escuta e a construção de novos caminhos”
9 de março, das 13h30 às 19h
10 de março, das 13h às 21h
Inscrições gratuitas.

Foto de capa: Divulgação

Casa 1 e Escritório do Québec no Brasil lançam cursos gratuito de costura e cabelo para a comunidade LGBT+

Com duração de três meses, as aulas contarão com atividades teóricas e práticas, que poderão abrir portas para o mercado de trabalho.

Filme sobre transfobia no interior estreia na Netflix

A produção brasileira “Madalena”, que narra a história do desaparecimento de uma transexual no interior do Mato Grosso do Sul chegou essa semana no catálogo da plataforma Netflix.

O filme, dirigido por Madiano Marcheti, já participou de mais de 30 festivais desde o seu lançamento em 2021 e chegou a receber o Coelho de Prata de “Melhor Direção” do Festival Mix Brasil. Queria falar sobre meu lugar de origem no Brasil, o estado do Mato Grosso do Sul (…), região muito conhecida e importante no país pelo agronegócio. Queria falar sobre os impactos do agronegócio na natureza e na vida das pessoas”, explica o diretor.

O filme conta com Natália Mazzarim, Rafael de Bona e Pamella Yule no elenco.

Serviço

Filme: “Madalena”, de Madiano Marchetti
Onde: Netflix
Sinopse: Luziane, Cristiano e Bianca não têm quase nada em comum, além do fato de morarem na mesma cidade rural cercada por plantações de soja no oeste do Brasil. Embora não se conheçam, cada um deles é afetado pelo desaparecimento de Madalena. Em diferentes partes da cidade, cada um à sua maneira, eles reagem à ausência dela.

Danny Bond: “Quero cada vez mais furar a bolha”

Hoje, é quase impossível conhecer alguém que não saiba de cabeça um hit do fenômeno Danny Bond. Daniela Barros, a “Rainha do Jacintinho”, está presente em quase todos os espaços. Desde de palcos de festivais, festas de carnaval e com participações em grandes hits do momento.  

Daniela se mudou de Maceió para São Paulo durante a pandemia, para morar com Kaya Conky sua amiga de longa data. “Minha amizade com a Kaya é de muito tempo, a mudança pra cá foi uma ideia dela, e como ela mesmo fala com o passar do tempo a gente se aproxima cada vez mais, a gente não consegue ficar sem se ver. Somos muito ligadas, e uma equilibra a outra nessa união.”

A alagoana considerou a mudança um movimento arriscado, e apesar da saudade que sente do ambiente familiar, ressalta que mudar de endereço foi um passo importante para sua carreira. 

“Esse ano estou fazendo shows maiores, dividindo palco com artistas grandes, é uma coisa que eu sempre almejei e para mim está sendo muito bom, estou muito feliz e realizada. É bem agitado mas estou conseguindo conciliar tudo”, diz sobre a agenda de shows lotada com a volta dos eventos presenciais. 

Com uma carreira curta, mas recheada de eventos, a cantora relembra uma das suas lembranças favoritas em cima do palco, durante a participação no bloco da Pabllo Vittar em São Paulo “com todo mundo gritando meu nome e cantando minhas músicas foi bem surreal”. 

Não é segredo para ninguém que Nicki Minaj e Doja Cat são suas grandes inspirações, mas Danny é uma pessoa bem eclética. Suas playlist passeiam entre diferentes gêneros musicais do pop ao forró e ao pós punk: a banda de russa Molchat Doma é uma inspiração para seu novo álbum, que também terá muita influência nordestina. “Tem bastante sentimento e história nesse álbum, ele é bem intimista”, revela por email. “Também gosto de trabalhar com outros públicos e quero cada vez mais furar a bolha”.

Nesse segundo álbum, a cantora irá mostrar uma nova Danny bond, “uma Danny bond mais profissional, mais detalhista, com músicas que falam de amor, sofrência, mas ainda tem a pitada de safadeza que eu sempre coloco”.

Seus desejos profissionais ainda não realizados, além de um featuring com a artista que auxiliou no sucesso da rapper brasileira Nicki Minaj, são participações musicais com as grandes artistas do pop nacional Gloria Groove, Pabllo Vittar, Luísa Sonza e Anitta. 

“Sempre estivemos aqui e sempre vamos estar”

Com a projeção nacional, o número de haters também aumentou. “Eu sabia que uma hora ou outra isso chegaria. Não ligo para quem critica minhas músicas falando que são pesadas. Se eu consigo realizar meus sonhos e alcanço minhas conquistas, isso não me afeta. Ainda mais porque vem de pessoas que não me consomem”.

Para realizar seus projetos ela busca pessoas invisibilizadas na cena musical, como pessoas LGBTQIA+ “ […] Estamos aqui, sempre estivemos e sempre vamos estar,ocupando todos os espaços seja no underground ou no mainstream”. 

Foto de capa: Divulgação/ Assessoria

Curso gratuito busca aumentar a atuação das mulheres no mercado de tecnologia

A iniciativa Meninas in Tech surgiu em 2020 com o propósito de ampliar oportunidades para mulheres a partir de uma formação em programação.

Em 2022, além da intenção de aumentar o número de mulheres no mercado de tecnologia, o programa também busca abrir uma turma exclusiva para pessoas que se identificam como mulheres e façam parte da comunidade LGBTQIAP+: cis, trans, lésbicas, bissexuais e não-binárias. 

O objetivo do programa é proporcionar mais oportunidades de inclusão, diversidade e acesso da comunidade ao mundo Tech, um mercado ainda predominantemente masculino. Afinal, os altos índices de desigualdade de gênero na área são reflexo do papel central do machismo e lgbtfobia estruturais da nossa sociedade. Há um déficit de uma rede de apoio estruturada para mulheres LBTQ+ e nesse aspecto o Meninas in Tech é fundamental,  pois além de buscar capacitá-las com um conjunto de hard skills necessários para ingressarem no mercado de trabalho, visa empoderá-las e instrumentalizá-las emocionalmente com as soft skills necessárias para lidar com a injustiça social que se faz presente, inclusive, nas empresas que irão empregá-las.

A Alura, plataforma de ensino que acredita no poder da educação e da tecnologia para transformar as pessoas e suas carreiras,é parceira da Fly neste projeto. Essa união permitiu expandir as experiências das alunas, mentores e professores pois oferece um ambiente completo para o estudo e desenvolvimento nas diversas vertentes da tecnologia.

Com co-realização da iFood e o apoio da Droga Raia, esse projeto foi viabilizado por meio de um processo de Matchfunding, um modelo de financiamento coletivo em que ocorre o aporte de uma instituição. Para esta campanha, o Fundo Todo Cuidado Conta colaborou com R$ 1 para cada R$1 investido no projeto. Ao final da campanha a meta de arrecadação foi batida em 144,5%. 

Inscrição 

O curso tem duração de 4 meses e prepara as alunas para uma carreira promissora em Desenvolvimento web.​ As aulas consistem em encontros semanais online e realização de projetos. Acreditamos ser a melhor maneira de aprendizado, pois, ainda durante o programa, você estará formando seu portfólio.

O processo seletivo é formado por 4 etapas e todas são obrigatórias e eliminatórias, começando pela inscrição (08/02 – 08/03), etapa cognitiva e entrevista. Sabemos que muitas pessoas da comunidade enfrentam situação de vulnerabilidade social, por isso selecionaremos 3 alunes para receber notebooks e auxílio Internet durante 3 meses (período de duração do módulo de tecnologia). 

Sobre o Curso

O curso é gratuito, com metodologia socioemocional exclusiva da Fly combinada à metodologia cognitiva da Alura. Dividido em três módulos, as aulas consistem em encontros semanais online e realização de projetos, onde será possível a formação do portfólio dos alunes. Além disso, todos os participantes terão uma rede de apoio muito grande com ex-alunas, mentoras, professoras e as mais novas embaixadoras.

Para mais informações acesse o site: https://www.flyeducacao.org/inscricao-meninas-in-tech

Sobre a Fly 

A Fly Educação é uma organização sem fins lucrativos que promove a educação experiencial para resolver problemas reais e desenvolver as competências socioemocionais dos alunos. Além disso, A Fly acredita que é necessário promover uma educação que (re)conecta as pessoas consigo mesmas, criar empatia e vínculos saudáveis com o outro e encorajar cada um a usar todo seu potencial criativo para transformar o mundo. Até hoje, seus projetos Semente, Meninas in Tech, Superprofs e Fly Talks impactaram mais de 3000 pessoas diretamente; e mais de 30 escolas já utilizam a Metodologia da Fly. 

Quem quiser saber mais sobre os demais projetos, acesse o nosso site: https://www.flyeducacao.org/ 

BBB22: Lina e Scooby conversam sobre identidades de gênero na piscina

Enquanto curtiam um dia de sol na beira da piscina da casa do BBB, Lina Pereira e Pedro Scooby Linn conversaram sobre identidas de gênero e orientação sexual.

Depois de corrigir o surfista que perguntou se “trans é o mesmo que o travesti?”, Lina explicou que “A transgeneridade é um guarda-chuva, que fala sobre as identidades trans, com muitas identidades”. Scooby interrompeu perguntando se isso valia mesmo para as pessoas que “não são operadas”, se referindo a cirurgia de redesignação sexual.

A cantora explicou que não é a genital que define a identidade e que as pessoas não perguntam para pessoas cis que cirurgias ela fez. Também disse que estava falando pela experiência dela, e não poderia falar por outras pessoas.

“E ninguém pergunta pra uma pessoa cis: ah, você tem prótese, seu peito é natural? Você fez cirurgia do apêndice ou sei lá, qualquer outra coisa”, exemplificou a artista. “Até porque não são essas cirurgias que nós fazemos que nos definem.”

“Teve uma coisa, que eu tive uma conversa com a Carol [Marra] uma vez sobre, tipo… Porque tem um preconceito e assim, ela é gatona, pega geral, e tem homem que fala que tem que avisar [sobre ser trans]. E cara, não tem que avisar”, contou Pedro sobre a experiência da amiga. “Exato, eu acho isso muito escroto”, concordou Lina. “Mas isso já aconteceu com pessoas que eu conheço, tipo, ficaram com uma amiga minha… E é isso, eu acho que é paia esse lugar de ter que avisar porque assim… Não teve interesse por mim, já que ficou comigo? Eu não tenho que te avisar. Tem pessoas que são mais passáveis, né, que tem mais uma passabilidade, que parecem um pouco mais com o gênero. Que parece mulheres cis, que agem como mulheres, que tem o padrão estético de mulheres cis. E tem mulheres cis, com buceta, com vagina, que pra sociedade não parecem com mulheres, não se comportam como mulheres, não se vestem como mulheres”, completou a cantora.

Para concluir, Lina explicou que não existe uma divisão concreta entre as identidades “Fez isso, é trans, fez isso é travesti. Existem diferenças, mas pra mim existem muito mais aproximações. Pra mim a grande diferença entre a travesti, é que ela se constrói. Como eu vejo, porque posso estar equivocada também, não posso falar por muitas outras pessoas e nem quero fazer isso. Mas as travestis surgem numa determinada época, num determinado contexto político, como uma categoria que vem das ruas, marginalizada. É uma classe social. Elas pertencem a um grupo social, um contexto social”.

Ao fim da conversa, o esportista amarrou a boia de Linn no corpo e carregou a cantora na piscina.

Foto de capa: Reprodução/ Rede Globo

“A Doença do Outro”: peça sobre HIV e sorofobia estreia em São Paulo

Vencedor do sétimo edital da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo “A Doença do Outro”, espetáculo de Ronaldo Serruya dirigido por Fabiano Dadado de Freitas, volta aos palcos para uma temporada presencial com estreia marcada para sábado (5), às 20h30 no Teatro de Contêiner.

A peça traça um diálogo sobre pessoas que vivem com HIV, suas conquistas sociais e as estigmatizações que enfrentam. Em formato de palestra-performance, a obra é um processo autoral de Serruya, autor e ator do monólogo.

“Para a maioria, o corpo portador do HIV é um corpo perigoso, recusado, fracassado e sigiloso. Escrever a peça era um sonho antigo, agora materializado como forma de recusar o silêncio e a culpabilização”, diz o ator. 

Para ele, que recebeu o diagnóstico posivito em 2014, nos 40 anos da descoberta do vírus, os avanços científicos foram enormes, mas a sorofobia ainda é muito presente, transformando o HIV em uma doença social. O ator encontrou nos discursos artísticos uma maneira de criticar, debater e confrontar toda a construção dos estigmas em torno da doença.

Na direção, Fabiano Dadado traz para a encenação as questões abordadas na construção textual. Apostamos no formato de palestra-performance, mas em uma construção conjunta com a plateia”, adianta. Ele ainda conta que a opção pelo uso de várias projeções ajudará nesse contato mais direto com o público. “Ao longo do espetáculo a performance invade a palestra”, pontua o diretor.

Serviço

“A Doença do Outro”, de Ronaldo Serruya
Quando: de 5 a 21 de março – sábado, domingo e segunda-feira -, às 20h30;
Onde: Teatro de Contêiner Mungunzá – Rua dos Gusmões, 43 – Santa Ifigênia (estação de metrô Luz);
Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada), na bilheteria no Teatro ou antecipadas pelo site ciamuzunga.com.br

Foto de capa: Jonatas Marques