Sesc Bom Retiro recebe o espetáculo ‘Brenda Lee e o Palácio das Princesas’ vencedor do APCA de Melhor Espetáculo Teatral de 2022 

Considerada referência na luta pelos direitos LGBTQIA+, a ativista Brenda Lee (1948-1996) foi homenageada em 2022 pelo musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas, vencedor dos prêmios Bibi Ferreira (de atriz revelação em musicais e melhor roteiro), APCA (de melhor espetáculo do ano) e Shell (de melhor atriz) para Verônica Valenttino, primeira mulher trans a ganhar este prêmio. O Sesc Bom Retiro recebe espetáculo nos dias 19, 20 e 21/5 e 2, 3 e 4/6, sexta e sábado, 20h, domingo 18h, parte da programação do Legítima Diferença. 

O musical traz em cena seis atrizes transvestigêneres, Verónica Valenttino, Olivia Lopes, Tyller Antunes, Andrea Rosa Sá, Rafaela Bebiano e Leona Jhovs, além do ator cisgênero Fabio Redkowicz. A orquestra é formada por Rafa Miranda (piano), Juma Passa (contrabaixo), Rafael Lourenço (bateria) e Carlos Augusto (guitarra e violão). Já a preparação de atores é assinada por Inês Aranha e a coreografia, por Gabriel Malo.  

Ao contar a história da travesti Caetana, que ficaria conhecida como Brenda Lee, o espetáculo cria uma discussão sobre a luta das travestis nas ruas de São Paulo, a escassez de oportunidades que as impele à prostituição e como foram apoiadas pela protagonista. Brenda nasceu em Bodocó (PE) em 1948, e mudou-se, aos 14 anos, para São Paulo, onde trabalhou com a prostituição até meados dos anos 1980, quando decidiu comprar um sobrado no Bixiga e abrir uma pensão para acolher travestis em situação de vulnerabilidade, muitas delas infectadas pelo vírus HIV/AIDS. 

O espaço foi muito importante porque, na época, como se sabia muito pouco sobre a epidemia, a maioria das travestis soropositivas estava condenada ao preconceito, à violência, ao abandono e à solidão. E, por esse trabalho essencial, a ativista passaria a ser conhecida como “anjo da guarda das travestis”. Mais tarde, o centro de apoio à população trans seria reconhecido como a primeira casa de acolhimento a pessoas com HIV/Aids no Brasil. Chamada de Palácio das Princesas, a instituição firmou convênios com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e com o Hospital Emílio Ribas e graças a um trabalho conjunto, essas entidades aprimoraram a forma de atender pacientes soropositivos, independente de gênero, sexo, orientação sexual e etnia. 

Aos 48 anos, em 28 de maio de 1996, no auge de seu projeto, Brenda foi assassinada e encontrada no interior de uma Kombi estacionada em um terreno baldio, com tiros na região da boca e no peitoral. O crime teria sido motivado por um golpe financeiro cometido por um funcionário da casa. Em 2008, foi criado o “Prêmio Brenda Lee”, que contempla personalidades que se destacam na luta contra o HIV e prevenção da Aids.  

A criação deste musical é uma continuidade das pesquisas do Núcleo Experimental sobre as possibilidades de interação entre música e teatro. Além disso, consolida a trajetória do grupo como criador de musicais originais brasileiros e comemora os 10 anos da sua sede no bairro da Barra Funda: “Contar a história do Palácio das Princesas é não só manter viva a memória de Brenda Lee, mas retratar uma mulher trans protagonista em sua luta e ativismo. Com a criação deste musical, também pretendemos diversificar o grupo de artistas que trabalham com o Núcleo Experimental, empregando musicistas, atrizes, criativos e técnicos transexuais e transgêneros. Este projeto significa mais oportunidades para uma população discriminada no mercado de trabalho”, conta Fernanda Maia.  

 “O Núcleo Experimental tem consolidado uma obra em que o musical aparece não somente como diversão, mas como uma forma de arte que pode também refletir e discutir a sociedade. Um espetáculo composto por atrizes transvestigêneres, sobre uma importante travesti no panorama do surgimento da Aids e do fim da ditadura militar nos anos 80 significa colocar no centro do processo artístico criativo quem sempre esteve às margens. Fazer isso sob forma de musical significa atingir um tipo de público não habituado às histórias da população trans, contribuindo para a diminuição do apartheid social em que nos encontramos”, completa ba dramaturga. 

Considerada referência na luta pelos direitos LGBTQIA+, a ativista Brenda Lee (1948-1996) foi homenageada em 2022 pelo musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas, vencedor dos prêmios Bibi Ferreira (de atriz revelação em musicais e melhor roteiro), APCA (de melhor espetáculo do ano) e Shell (de melhor atriz).   

CONCEPÇÃO 

A dramaturgia alia três planos: O primeiro é o dos números musicais, que faz uma homenagem às antigas boates da noite paulistana que nos anos 80 foram um porto seguro da população transgênero e geraram oportunidades de trabalho para as travestis. Neste plano, as meninas da casa da Brenda contam suas histórias pregressas e falam de seus sonhos e objetivos através de canções. Há também o plano da história cronológica em que Brenda abre mão do sonho de ter seu “Palácio das Princesas” para poder acolher as amigas que estavam doentes e o plano das entrevistas.  

“Na dramaturgia, inserimos transcrições de entrevistas reais de Brenda Lee colhidas de registros em vídeo na internet. Nestas entrevistas ela conta quem é, fala sobre sua família, sobre a prostituição, sobre como amealhou um patrimônio e o colocou à disposição de outras amigas. Fala sobre o trabalho na casa e sua relação com a morte. As moradoras da casa de Brenda Lee (Isabelle Labete, Ariela del Mare, Blanche de Niège, Raíssa e Cynthia Minelli) foram inspiradas pelas princesas de contos de fadas, numa alusão ao apelido da casa. Suas histórias foram construídas a partir dos relatos de travestis reais através da nossa pesquisa”, explica Fernanda Maia. 

“Conseguimos um material bibliográfico de apoio, além de depoimentos de pessoas que conheceram pessoalmente Brenda Lee, foram moradoras ou trabalharam na casa. Duas dessas pessoas foram os médicos Jamal Suleiman e Paulo Roberto Teixeira. O Dr. Jamal Suleiman é infectologista e ainda trabalha no Hospital Emílio Ribas. Ele conheceu Brenda Lee quando ela levava suas moradoras ao hospital, no início da epidemia. Como o Hospital ainda não possuía uma estrutura especializada no atendimento de HIV/Aids e como os médicos e enfermeiros não possuíam preparo para o atendimento da população transvestigênere, ainda muito marginalizada, ele se ofereceu para atender dentro da casa de Brenda. O Dr. Paulo Roberto Teixeira, infectologista, atualmente aposentado, foi um dos pioneiros no enfrentamento da epidemia de Aids no Brasil. Graças ao seu esforço incansável e à sua luta pela quebra de patentes, os medicamentos antirretrovirais são distribuídos gratuitamente pelo SUS”, acrescenta. 

As canções originais do musical têm elementos de brasilidade aliados à contemporaneidade, tendo como referência compositores queer, transgêneros e não binários. Bases eletrônicas deverão aludir à boate, mas as canções das personagens terão contornos melódicos elaborados e harmonias que reforcem o aspecto afetivo da canção. Num grande número final, as “filhas de Caetana”, cantam suas vitórias e celebram sua grande protetora, que abriu caminho para que elas pudessem ter uma vida melhor.  

SINOPSE 

O musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas traz um pouco da história de Brenda Lee, chamada de o “anjo da guarda das travestis”, ativista que fundou a primeira casa de apoio para pessoas com HIV/Aids, do Brasil. Ela tem uma pensão para travestis que, em sua maioria, vivem da prostituição. Apesar da realidade de violência em que vivem, dentro da casa as travestis são acolhidas por Brenda, que lhes ensina a querer mais da vida. Ficha Técnica Dramaturgia e letras: Fernanda Maia Direção e figurinos: Zé Henrique de Paula Direção musical, música original e preparação vocal: Rafa Miranda Elenco: Verónica Valenttino, Olivia Lopes, Tyller Antunes, Andrea Rosa Sá, Rafaela Bebiano, Leona Jhovs e Fabio Redkowicz Orquestra: Rafa Miranda (piano), Juma Passa (contrabaixo), Rafael Lourenço (bateria) e Carlos Augusto (guitarra e violão) Preparação de atores: Inês Aranha Coreografia: Gabriel Malo Assistente de direção: Rodrigo Caetano Assistente de direção musical: Guilherme Gila Iluminação: Fran Barros Cenografia: Bruno Anselmo Visagismo (cabelos e maquiagem): Diego D’urso Coordenação de produção: Laura Sciulli Assistente de produção: Cauã Stevaux 

Serviço
Brenda Lee e o Palácio das Princesas
Com Núcleo Experimental
Dias 19, 20, 21/5 e 2, 3 e 4/6.
Sextas e Sábados, 20h. Domingos 18h
Valores R$ 12 (Credencial Plena), R$ 20 (Meia) e R$ 40 (Inteira)
Ingressos à venda pelo Portal Sesc (sescsp.org.br) a partir de 9/5, às 12h, e presencialmente nas unidades a partir de 10/5, às 17h
12 anos. Local: Teatro (291 lugares)

Foto de capa: divulgação

Espetáculo que aborda dramas enfrentados pela comunidade LGBTQIAPN+ terá apresentações gratuitas em lonas culturais no RJ

Uma história de amor, que fala de aceitação, acolhimento, visibilidade e distorção de valores. A peça “Cama de gato”, escrita por Max Mendes e dirigida por Marcio Vieira, aborda temas inquietantes e abre espaço para um debate mais amplo sobre transfobia. O espetáculo esteve em cartaz em 2017, no Rio de Janeiro, em duas temporadas, na Sala Municipal Baden Powell, em Copacabana e no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes. Agora, apoiado no Fomento de Cultura Carioca (FOCA 2022), fará uma breve circulação, com apresentações gratuitas, por bairros da cidade.

A exemplo da brincadeira feita com barbantes, “Cama de gato”, tece uma trama que envolve três amigos, garotos de programa, que moram num condomínio em Copacabana. Com a chegada de uma misteriosa trans, hostilidade e discriminação se tornam evidentes, mesmo sendo eles gays, revelando a vulnerabilidade de pessoas transexuais e travestis dentro da comunidade LGBTQIAPN+.

“O machismo é pesado. É ele que pesa na nossa sociedade patriarcal. Mostrar a um público diverso que a ‘cultura do macho’ também está presente na comunidade LGBTQIAPN+ escancara o quanto esse horror a tudo que se aproxima do feminino é nocivo. Quando um gay que conserva padrões heteronormativos demonstra repulsa a um gay afeminado, o machismo é a raiz dessa ambiguidade. Quando pessoas trans são discriminadas dentro da comunidade que deveria abraçá-las, o machismo está presente. E o machismo é um mal que deve ser discutido, refletido e calado por todes. Se toda população abrir os olhos para os padrões patriarcais que estão impregnados na nossa maneira de pensar, agir e viver, construiremos uma sociedade igualitária, na qual ‘o macho’ não será mais o centro de tudo. A diferença será respeitada, inclusive entre seus iguais”, pontua Max.

Para o diretor Márcio Vieira, trazer esse assunto à tona é fundamental.

“A principal proposta, acredito eu, dos produtores, do autor, minha e do elenco, seria desmistificar através da arte esse conceito tão negativo, às vezes, marginalizado de um tema ainda pouco falado e, até mesmo, entendido por muitos”.

Quem interpreta a personagem transexual Lois Lane é a atriz Ava Simões, Miss Trans Star Internacional 2019, Miss Brasil Gay 2009 e cirurgiã dentista, que já fez participações em programas de TV, como “Amor e sexo” e a novela “Toma lá, dá cá”, da Rede Globo de Televisão.  No Cinema, participou do curta-metragem “Meu preço”, de Fabrício Santiago, dirigido por Hsu Chien. Sua história já foi contada no documentário “Minha Vida – Ava Simões”, dirigido por Marcone Felix.

“Estou honrada em emprestar meu corpo para essa grande mulher.  Está sendo um desafio iniciar minha carreira no teatro falando de amor e das dores de uma mulher trans apaixonada. Em muitos momentos, dói ouvir o que a personagem escuta do seu amado e do mundo a sua volta. Eu escolho ser tão forte como Lois Lane é”, conta.

O espetáculo será apresentado em quatro arenas cariocas por bairros do subúrbio do Rio.

“O caminho comum das produções teatrais no Rio de Janeiro é começar pela Zona Sul/Centro da cidade e depois fazer um pouco de “democratização de acesso” nas demais regiões. Nós também começamos assim. Em 2017, foi esse o nosso percurso. Mas entendemos que a sociedade é a cultura. Portanto, estão juntos em todos os lugares. Por isso a decisão de circular com o espetáculo CAMA DE GATO por todo o Rio de janeiro”, ressalta Max.

Democratizar e popularizar cada vez mais a cultura e a arte

“Além do prazer de estarmos podendo fazer esse projeto, estamos na torcida para que as Lonas entrem nessa com a gente e divulguem para que a comunidade ao seu redor e adjacências estejam presentes nas apresentações”, conclui Márcio.

Serviço

Apresentações:

14/4, às 19:00 – Arena Carioca Jovelina Pérola Negra –  Praça Ênio, s/n – Pavuna

19/4, às 19:30 – Areninha Carioca Gilberto Gil –   Av. Marechal Fontenele, 5000 – Realengo

21/4, às 17:30 e às 19:30- Arena Carioca Fernando Torres –  R. Bernardino de Andrade, 200 -Parque Madureira

09/5, às 20:00 – Areninha Carioca Renato Russo –  Parque Poeta Manuel Bandeira, SN – Aterro do Cocotá – Ilha do Governador

Foto de capa: Divulgação

Verónica Valenttino é a primeira travesti vencedora do prêmio Shell de teatro

Um dos mais importantes prêmios do teatro brasileiro, o Shell, anunciou na terça-feira (21), os vencedores da sua 33ª edição. Verónica Valenttino foi escolhida a melhor atriz dos palcos paulistanos de 2022, pelo trabalho de protagonista do musical “Brenda Lee e O Palácio das Princesas”, se tornando a primeira travesti a ganhar este troféu.

Nascida no Ceará e radicada em São Paulo desde 2015, Verónica é atriz e cantora e foi vocalista da banda Verónica Decide Morrer. Ela se formou em teatro pelo Instituto Federal do Ceará, em Fortaleza, e já atuou em coletivos como As Travestidas e Motosserra Perfumada. Em 2022, também recebeu o prêmio por sua atuação em “Brenda Lee”.

Esta foi a primeira vez que o Prêmio Shell teve pessoas transgênero como finalistas. Na versão paulista da premiação, além de Verónica Valenttino, a cantora e atriz Assucena também foi pelo trabalho em “Mata Teu Pai — Ópera Balada”. Já o CATS (Coletivo de Artistas Transmasculines) foi indicado àa categoria Energia que Vem da Gente (antes chamada de Inovação), “pela pesquisa histórica e ações de visibilidade e inclusão dos artistas transmasculines no Brasil”.

No Rio, as irmãs gêmeas Vitória e Vini Xtravaganza, as Travas Brasil, também disputam o Prêmio Shell de Melhor Atriz. As duas atuaram no espetáculo “Sem Palavras”, da companhia brasileira de teatro, inspirado no livro “Um Apartamento em Urano”, do filósofo espanhol transgênero Paul B. Preciado, e em textos da escritora e jornalista Eliane Brum.

O anjo

Verónica Valenttino interpretou Brenda Lee, que nasceu no dia 10 de janeiro de 1948 na cidade de Bodocó, em Pernambuco. Na adolescência, Brenda foi para o Rio com a mãe e os irmãos para estudar e trabalhar, mas acabou fugindo para viver quem de fato era.

Anos depois, já em São Paulo, arranjou trabalho e contou que se tornava funcionária de destaque assim que pisava em qualquer empresa, mas, por ser travesti, nunca era promovida.

Foi então que decidiu trabalhar nas ruas com outras meninas. Juntou dinheiro, prosperou, abriu estabelecimentos, comprou imóveis e foi em um deles, no bairro do Bixiga, que ela criou a primeira casa de acolhimento a transexuais e travestis com HIV/Aids do Brasil, na década de 1980, quando havia ainda mais preconceito e ainda menos informações sobre a doença.

A luz de Brenda se apagou em 1996, quando foi morta a tiros, no interior de uma Kombi, na capital paulista. Dois homens foram presos pela polícia acusados de cometer o crime: os irmãos Gilmar Felismino, 20, e José Felismino, 20. Gilmar era funcionário da casa de acolhimento e, segundo pessoas próximas, tinha um relacionamento com a ativista.

A história da ativista foi contada no musical “Brenda Lee e Palácio das Princesas”, que estreou em 2021, primeiro online e depois nos palcos de São Paulo.

Foto de capa: A atriz Verónica Valenttino, em Brenda Lee/ Divulgação

Acesse o site da Agência Diadorim.

Senhora X, Senhorita Y parafraseia clássico de August Strindberg para refletir sobre a condição da mulher e os estereótipos de gênero   

Montagem subverte a peça ‘A Mais Forte’ com um humor ácido, debochado e ingênuo, uma marca do coletivo Damas Produções; a dramaturgia dá voz a uma personagem que não tem falas no texto original, e coloca em cena o corpo lésbico

Renata Peron estreia solo em monólogo “Bendita Sois Entre as Mulheres”

Com estreia marcada para o dia 08/03 às 20h, no Núcleo Experimental, Bendita Sois Entre as Mulheres é o solo de Renata Peron, onde a artista revisita parte de sua história, entrelaçado por canções da cultura popular. A temporada seguirá sempre as quartas e quintas, 21h, até 30/03.

A partir do texto escrito por Vana Medeiros, Rodolfo e Renata costuraram novas possibilidades de leitura da trajetória da artista. Da morte da mãe, a juventude em Juazeiro da Bahia, o episódio de transfobia e violência vivenciados em São Paulo e os percalços para se estabelecer como uma artista transexual no país que mais mata transexuais no mundo, perfaz momentos do solo, que de forma simbólica e musical, relê esses momentos em diálogo com o conceito de Biodrama, onde o conteúdo cênico é elaborado a partir de informações e fatos reais. Na parte musical, Renata canta musicas que ficaram conhecidas na voz de Ney Matogrosso, Maysa, Marisa Monte, Roberto Carlos, entre outros e dá voz a composições recentes, como a da cantora Ayô Tupinambá. Este é o segundo trabalho que Renata desenvolve com Rodolfo Lima, que já dirigiu a artista em 2022 na reestreia de “Les Girls – uma diva perto de você”, da qual a artista faz parte do elenco.

Serviço

Bendita Sois Entre as Mulheres
Quando: 08 a 30/03, quartas e quintas-Feiras, 20h
Quanto: R$60 (Inteira) e R$30 (Meia)
Onde: Núcleo Experimental
Rua barra funda, 637 – Barra Funda
90 minutos – 50 lugares – 14 anos

Ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla
https://www.sympla.com.br/evento/bendita-sois-entre-as-mulheres/1877923

Sobre Renata Peron
Paraibana, radicada em São Paulo, é artista e cantora, tem 4 CDs gravados e um
DVD em homenagem ao Noel Rosa. Graduada em Serviço Social e Ativista da causa
trans, Renata já esteve envolvida em momentos emblemáticos da luta por direitos da
causa trans. Já foi candidata a deputada federal e participou de diversas peças de teatro.
Atualmente integra o elenco da peça “Les Girls…”, circula com seu projeto de Roda de
Samba da Diversidade e é Diretora de Divisão Técnica da Secretaria Municipal de
Esportes e Lazer. “Bendita Sois…” é seu primeiro monólogo.

Foto de capa: divulgação

“Cantigas para Ninar Insones” leva poesias de Caio Fernando Abreu para o teatro

Cantigas para Ninar Insones é um recital de poesia, a partir dos poemas de Caio Fernando Abreu (1948-1996), publicadas no livro lançado em 2012, pela Editora Record que entra em cartaz dia 04/03 às 19h. Lima, trabalha com os textos do autor há 20 anos e esse trabalho é uma versão apresentada dentro de outro trabalho com textos do Caio, encabeçado pelo ator, e que foi apresentado em 2019, com o nome de “caio em três atos”. A temporada seguirá até 02/04. Em sua escrita, Caio, aborda temas contundentes ao homem contemporâneo e embora os textos tenham sido escrito no século passado, sua atualidade permanece intacta. Solidão, busca de afeto, vazio e a rotatividade das relações, além da morte, saudade e o sexo, fazem parte do universo do autor e consequentemente do ator.


Serviço

Cantigas para Ninar Insones
Quando: 04/03 a 02/04- Sábados e Domingos, 19h
Quanto: Contribuição Voluntária (Formas de pagamento: dinheiro ou PIX 11974974207)
Onde: Teatro de Arena Eugênio Kusnet
Rua Teodoro Baima, 94 – Vila Buarque/Centro – (11) 3256-9463
99 lugares – 60 minutos – Livre

Sobre Rodolfo Lima

Ator, Diretor, Produtor Cultural, graduado em Jornalismo, Mestrado no LABJOR/UNICAMP, Pós Graduação CELACC/USP e Doutorando da ECA/USP, tem
20 anos de carreira e com seu Núcleo Teatro do Indivíduo, desenvolveu diversos trabalhos e atividades que se debruçaram sobre as questões de gênero, identidade e sexualidade. Entre eles: “Réquiem para um Rapaz Triste”, “Bicha Oca” e “Em busca de um teatro gay”. “Bendita Sois…” é o terceiro trabalho em que dirige mulheres transexuais/travestis. O primeiro foi “Entrega para Jezebel” (2019) e “Les Girls – uma diva perto de você” (2022), ambos contemplado pelo PROAC Cidadania/Cultura LGBTQIA+

Foto de capa: Divulgação/Ciro Cavalcante