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Em “Reintegração de Posse”, AGLEI canta o despertar de um corpo negro dissidente

Artista transmídia queer, AGLEI lançou em março seu primeiro EP solo, “Reintegração de Posse”, nas plataformas de streaming. O registro fonográfico, composto de três canções autorais, narra o despertar de consciência, a insurgência, a construção da autoestima e o empoderamento de um corpo negro dissidente, em um manifesto contra o sexismo, a lgbtfobia e o racismo estrutural.

O EP traz experimentações sonoras oriundas das vivências musicais de AGLEI e do produtor musical Gabriel Carneiro, misturando samples eletrônicos e experimentais, pagode, trance e trap. A captação, a mixagem e a masterização das gravações ficaram por conta de Lucas Catu.

A primeira faixa, “Xegay”, foi disponibilizada como single do projeto, em 2021, e ganhou videoclipe. A música aborda a fricção entre a realidade criada e imposta aos corpos dissidentes e o início da criação de si e da realidade desejável. A canção seguinte, “Pra me defender”, conta a história de uma bixa preta baiana, que se põe em estado de defesa diante dos algozes, levantando a discussão sobre o ir e vir de corpos não normativos. Já a terceira e última faixa, “Não vão nos parar”, tem a participação do duo perfo-político-musical As Mambas, ratificando a necessidade de aquilombamento. 

Digital Show

O lançamento de “Reintegração de Posse” conta também com um digital show disponível no YouTube no canal canal do artista. O vídeo está estruturado em capítulos – Despertar, Insurgir e Reintegrar – e trabalha com iluminação, dança, maquiagem e figurinos para compor um ritual de libertação, no qual AGLEI performa as três canções do EP. 

A direção audiovisual é compartilhada pela artista e Maria Mango, que assina também a concepção geral e divide a direção de fotografia com Wendel Assis. A edição e a finalização ficaram a cargo de Felipe Dias, o stylist é de Vinícius Encarnação, o still de Caique Silva, design gráfico de Mário Oliveira, design de luz de Fred Alvin e produção executiva da Essa Vibe Planejamento Cultural, com direção de produção de Nathália Luna.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB) via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Sobre AGLEI

Natural de Santaluz, no interior da Bahia, e residente em Salvador há 12 anos, AGLEI é ator, roteirista, produtor, escritor, cantor, compositor e ativista pelos direitos LGBTQIA+. É bacharel em Interpretação Teatral pela UFBA e integra o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades (NuCuS) da mesma instituição. Sua trajetória artística incluiu dezenas de trabalhos premiados no teatro, cinema e televisão. Na música, integrou a gayband Diva Box e estreou carreira solo em 2020.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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