A terceirização é inimiga das mulheres

O Coletivo dos Trabalhadores Terceirizados das Políticas Públicas Trabalhadoras, que se mobiliza na luta contra a precarização e privatização dos serviços públicos de saúde, educação, cultura e assistência social e em defesa dos interesses da classe trabalhadora, emitiu uma nota contra as propostas de terceirização de três Centros de Referência das Mulheres da cidade de São Paulo.

Os CRMs, fruto da luta feminista organizada, são importantes políticas públicas de atendimentos as mulheres em situação de violência na cidade de São Paulo. O serviço e o atendimento das profissionais se estende para para mulheres trans e, em alguns recortes específicos, para homens trans.

A Casa 1 se une ao CTP contra a terceirização deste serviço tão importante para pessoas em situação de vulnerabilidade. Leia abaixo a nota completa do coletivo.

“A Terceirização é INIMIGA das Mulheres!

No último dia 27/07 foi publicado no diário oficial da Cidade de São Paulo, chamamento público para envio de propostas de TERCEIRIZAÇÃO (e continuidade) de três Centros de Referência das Mulheres da cidade, dentre eles, a histórica Casa Eliane de Grammont que há tempos vem sendo sucateada por sucessivos governos municipais no último período, assim como grande parte dos serviços indiretos (administrados por ONG´s) e os diretos (administrados pela prefeitura). Sucateamento intensificado pelo enxugamento de recursos também em decorrência da pavorosa EC 95. Vale lembrar que os CRM´s, são importantes políticas públicas de atendimentos as mulheres em situação de violência na cidade, fruto da luta feminista organizada.

O processo de precarização e sucateamento destes serviços, há tempos, vêm sendo denunciado pelo conjunto de trabalhadoras que compõe as Redes de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres/SP e o CTP faz coro nessa luta, pois sabemos bem o que significa a terceirização dos serviços públicos, seus reflexos e consequências para usuárias e trabalhadoras. Embora o próprio edital aponte o importante interesse social destes serviços, ressaltando suas características essenciais e contínuas, “não podendo sofrer paralisações”, sabemos que o processo de terceirização caminha na contramão do que proclama a prefeitura privatista de Ricardo Nunes: Rotatividade de trabalhadoras, baixos salários, assédios, demissões e descontinuidade sucessiva nos atendimentos às mulheres atendidas, esse é o resultado da privatização destes serviços e nesse caso, escancara sua faceta perversa de DESPROTEÇÃO a elas.

O CTP NÃO SÓ REPUDIA A PRIVATIZAÇÃO DESTES SERVIÇOS, COMO SE COLOCA OMBRO A OMBRO COM AS MULHERES TRABALHADORAS, AO MOVIMENTO FEMINISTA E AS APOIADORAS NO INTUITO DE BARRARMOS E DENUNCIARMOS AS TERCEIRIZAÇÕES EM CURSO E INSTALADAS NOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTOS ÀS MULHERES E DEMAIS SERVIÇOS PÚBLICOS DA CIDADE DE SP.

Reafirmamos a nossa luta:
• Pelo FIM da Terceirização dos serviços públicos;
• Efetivação de todos os trabalhadores terceirizados dos serviços públicos;
• Abaixo à PEC32 – a contra reforma administrativa que ataca os serviços e servidores públicos;
• Abaixo a EC95- Teto de Gastos;
• Abaixo a todas contra reformas da previdência e trabalhista”.

Entre em contato com o CTP através das redes Instagram e Facebook.

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