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Eis a melhor defesa do Gilberto do BBB, a poc mais empolgada do Brasil

Como não poderia deixar de ser, o assunto da semana está sendo a estreia da 21° edição do reality “Big Brother Brasil”. Com uma quantidade recorde de pessoas LGB: são três homens gays e duas mulheres bissexuais, todos e todas negras. Ainda que chama atenção o fato de em vinte e uma edições apenas uma participantes trans, Ariadna, na 11ª edição, ter participado, é bem interessante perceber o quanto o programa tem pautado e sendo pautado pelas lutas identitárias.

E não cabe aqui uma análise sobre a qualidade do programa, ou então apontar as (muitas) falhas identitárias e de representatividade, o que interessa  é: o programa, querendo ou não, movimenta debates sociais de forma recorrente e sistemática, e não tem porque a gente fugir disso.

Posto isso, já deu pra sentir que Gilberto já ganhou igualmente uma quantidade de fãs e haters, e olha que foram só três dias de exibição e nos chamou atenção a defesa da drag queen, youtuber, palestrante, performer e oradora Melissa L’Orange no Facebook.

Entramos em contato com a Melissa pedindo autorização para reprodução do seu texto aqui no blog da Casa 1 (ele pode ser lido também aqui direto no perfil de Melissa)

“O #BBB21 literalmente acaba de começar e muita gente já tá com raiva e de saco cheio do Gilberto. Daí eu me senti bem defensora pública pra vir aqui proteger o menino.

Que ele fala muito, pula muito, grita muito, tá muito empolgado? Sim. Isso é irritante pra quem tá assistindo? Pode ser. Mas olha só.

A guei nasceu numa família pobre nos cafundó do Judas e pensou: “Não, eu vou estudar pra vencer na vida!”.

Isso lá uns 15 anos atrás quando o Brasil era um projeto de pais, e não um rascunho de filme distópico com restrições orçamentárias.

Ainda tem o episódio de protagonizar sua própria versão de “The Book of Mórmon” por causa da nossa boa e velha homofobia institucionalizada.

Se livrou disso (mas não dá escravidão do doutorado, então mais um motivo pra tá feliz na casa), assumiu sua bicheza galopante e tá feliz da vida.

Alias….Eu sempre desconfio de quem não gosta de uma boa bisha que se libertou do preconceito e do nojo que sentia por si. Por que será?

Daí agora imagina essa homossexual intelectual que estuda ECONOMIA num governo Bolsonariano no ano de 2021 com onda anticientífica e Paulo Guedes ministro…

Essa poc conseguiu entrar no programa mais assistido e disputado do Brasil!

É claro que Gil tá feliz! ULULANTE! Uma libélula entorpecida! Ele venceu num jogo que nunca esteve a seu favor em um momento que tinha tudo pra tá se estrepando.

Vendo isso, eu vou ter bastante paciência com a Bilu, porque ela merece várias segundas chances pra mostrar a si e ganhar coisas, sabe?

Deixa ele ser FELIZ, só por enquanto.

Suas amargas do cacete.”

Agora, vamos esperar para ver o que a tal “casa mais vigiada do Brasil” vai nos mostrar do Gilberto e de todos e todas as outras participantes LGB!

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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