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Levante Feminista Contra o Feminicídio lança campanha nacional

A lei que tipifica o assassinato de mulheres em decorrência do seu gênero – feminicídio, foi criada em 2015 mas, infelizmente, os casos não param de crescer no Brasil. Diante desse cenário assustador e desesperançoso, mulheres de todo o país se uniram para formar o “Levante Feminista Contra o Feminicídio” uma frente suprapartidária que lançou nessa quinta-feira uma campanha nacional contra o assassinato de mulheres. 

No primeiro semestre de 2020, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o assassinato de mulheres cresceu 26%. A pandemia deixou as mulheres ainda mais vulneráveis: em 2020, o país registrou uma denúncia de violência contra a mulher a cada cinco minutos. Foi esse aumento nos dados que fez mulheres de diferentes grupos sociais se unirem para pensar juntas uma frente única contra o feminicídio no país. Entre elas estão a filósofa Marcia Tiburi, a pesquisadora e assistente social Tania Palma e também a socióloga Vilma Reis, integrante do Coletivo Mahin.

Hoje, com quase 200 participantes do Brasil inteiro que se articulam de maneira remota para construir uma ação conjunta pela vida de todas as mulheres. No dia 12 de março, o grupo lançou um manifesto, construído coletivamente, que já tem 25 mil assinaturas. 

O manifesto faz parte do movimento “Nem Pense Em Me Matar” e se apoia na afirmação que “quem mata uma mulher, mata uma humanidade”. A mobilização denuncia a omissão do Estado e exige proteção à vida das brasileiras. 

O movimento Levante pretende atuar, dentro dos próximos anos, em conjunto com mobilizações sociais e cobrar ações dos poderes públicos contra violências e assassinatos de mulheres. A campanha “Nem Pense em Me Matar” contará também com ações pontuais em cada estado, organizadas por mulheres que conhecem a realidade de cada lugar.

Clique aqui para assinar o manifesto ou contribuir na Vakinha.  

Foto de capa: Divulgação

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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