O emocionante vídeo de Viola Davis que precisa ser visto por todo mundo

O termo “timing” usado de forma recorrente no jornalismo e na publicidade para se referir a “tempo certeiro” é a única forma de descrever a peça publicitária postada na quinta-feira, 28, pela atriz Viola Davis em seu perfil no Twitter. Com o mote “você vale a pena”, uma variação de “você vale muito”, slogan da marca de cosmético L’Oréal Paris desde os anos 70, Viola discorre por quase dois minutos sobre o valor de cada indivíduo e suas potências.

O que poderia ser só mais uma propaganda motivacional usada por uma marca da indústria da beleza ganhou potência na interpretação visceral da atriz estadunidense e pelo assassinato de George Floyd, um homem negro que foi morto por um policial branco e que tem gerado gigantescos protestos na cidade de Minneapolis, nos EUA, onde aconteceu o crime.

A mensagem “você vale a pena” se tornou de certa forma, uma fala sobre a luta das pessoas negras contra o racismo estrutural e violência que acomete estes corpos e correu em uníssono com a campanha “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam, em livre tradução) que surgiu em 2013, pós a absolvição de George Zimmerman na morte a tiros do adolescente negro Trayvon Martin.

Diante da grandeza da peça, legendamos o vídeo em português, que pode ser visto abaixo:

https://twitter.com/centrocasaum/status/1266535529857855494

Vale lembrar que no mesmo dia da publicação do vídeo da atriz, falamos sobre o racismo na “Aula Aberta: Racismo e Militarização nas Favelas e Periferias durante a Pandemia”, ministrada por Gizele Martins, moradora da MARÉ (RJ),  jornalista e Mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas e pode ser visto aqui:

 

Tire todas as suas dúvidas sobre direitos LGBT em tempos de pandemia

O escritório de advocacia Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados divulgou na última semana uma cartilha informativa sobre direitos LGBT+ durante a pandemia do coronavírus, tendo em vista que o isolamento social impactou o funcionamento de serviços públicos e dificultou o acesso a direitos da população.

A iniciativa do escritório é uma atuação pro bono na contribuição à promoção e à defesa de direitos e contempla serviços nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, visando contribuir com a prevenção e/ou interrupção de toda e qualquer forma de violência motivada por orientação afetiva sexual e/ou identidade de gênero.

A cartilha reponde questões diversas que vão desde situação de violência como: “Estou em isolamento com parentes LGBTQfóbicos, em quais lugares posso buscar ajuda durante a pandemia?” e “Sofri violência LGBTQfóbica no meio da crise. Como posso fazer uma denúncia? Quais as consequências da realização de uma denúncia?” até questões gerais e cotidianas como “Consigo renegociar meu contrato de aluguel?”.

No campo da população trans vale destacar as questões:”É possível acessar o auxílio emergencial do governo quando o meu nome e sexo cadastrados na Receita Federal do Brasil (base do CPF) são diferentes daqueles que constam no registro civil?” e “Posso ter acesso a medicamentos relacionados ao meu tratamento hormonal durante a pandemia?”.

Para acessar a cartilha completa e as respostas clicando aqui.

A Jaqueline Gomes de Jesus se tornou a rainha das lives e a gente só tem a agradecer

A Jaqueline Gomes de Jesus é professora de Psicologia no Instituto Federal do Rio de Janeiro, Pós-Doutora pela Escola Superior de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas e seu foco de produção é pesquisa e aulas nas áreas de saúde do trabalhador, gestão da diversidade, trabalho, identidade social e movimentos sociais, com ênfase em gênero e feminismos, orerientação sexual e cor/raça. Mulher trans, a doutora se destaca por combater diariamente o lugar que é imposto pela sociedade para corpos como o seu.

Com o isolamento social, necessário para o combate ao coronavírus, Jaqueline tem se dedicado a uma produção constante e participações de lives em seu perfil no Instagram. Verdadeiras aulas, as transmissões são mais que necessárias para o momento em que estamos vivendo. Para você não perder nada, listamos aqui 10 lives com a presença de Jaqueline para ver e rever:

1. Saúde mental em tempos de isolamento social

https://www.instagram.com/p/CAdfrAtp2Qw/

2. Utopia é resistência

https://www.instagram.com/p/CAi5EO3JPoD/

3.Questões de Direitos Humanos na Reunião Ministerial

https://www.instagram.com/p/CAg4Lk1pvPQ/

4. Mulheres Tras Negras na Diáspora e na Academia

https://www.instagram.com/p/CAV_lM3JVuI/

5 – Isolados da sociedade antes do confinamento pela Covid-19

https://www.instagram.com/p/CAoOMb6likR/

6 – Dia Internacional de luta contra a LGBTfobia

https://www.instagram.com/p/CATa_Sap0pe/

7 – Representatividade Trans

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Renata Carvalho (@renatacarvalhoteatro) em

8 – História LGBTI+ de Brasília – Parte 1

https://www.instagram.com/p/CAlwjE8JRQb/

9 – História LGBTI de Brasília – Parte 2

https://www.instagram.com/p/CAlzouwJAlB/

10 – Conjuntura Política LGBTI: pautas e desafios

https://www.instagram.com/p/CAbWpsWHyHr/

Espero que tenham gostado e enalteçam essa maravilhosa como ela merece! <3

 

Mais 19 quadrinistas e ilustradores LGBT que você precisa conhecer

Por Angelo Castro, assistente de programação da Casa 1. Colaborou Mario Cesar, organizador da POC CON. 

Já destacamos uma lista de 19 quadrinistas, ilustradores e ilustradoras LGBT (que você pode conferir aqui) e falamos um pouco da importância da representatividade e de ecoarmos as vozes e vivências de pessoas LGBT, não somente falando de questões referentes às suas identidades e orientações afetivas sexuais, mas também de seu pontos de vista, desejos e experiências.

Por isso, novamente com a ajuda de Mario Cesar, co-criador da POC CON trazemos mais 19 artistas para você conhecer, apoiar e compartilhar.

POC CON

https://www.instagram.com/p/BzB-U2zgOpz/

Tá, mas o que é POC CON?

No mundo da cultura nerd/geek, é comum desde os anos 70 a realização de convenção de quadrinhos, um espaço livre para se falar desse universo, conhecer as novidades e tendências da área, ou só se divertir com as fantasias dos fãs que escolhem essa arte para demonstrar o afeto que tem pelas suas histórias favoritas.

Mesmo que no Brasil já tenha uma dessas convenções que já atingiu promoções enormes, a ComiCon XP, a falta de um espaço para se falar especificamente de representatividade dos artistas LGBT fez com que Mario César e Rafael Bastos Reis organizassem a POC CON, um encontro onde quadrinistas e ilustradores e ilustradoras pudessem expor e vender seus trabalhos, auxiliando na produção independente desses artistas, além de criar um ambiente babadeiro, onde todos e todas pudessem celebrar a diversidade sexual e de gênero e reafirmar a luta por direitos.

Sua primeira edição que aconteceu em junho de 2019, no sábado pré parada do Orgulho LGBT estava maravilhosa! Reunindo mais de 70 artistas expositores e atraindo mais de 3.000 pessoas.

Confira mais uma parte dessa lista que Mario César preparou. Fique atento porque a princípio todos esses artistas vão estar na segunda edição do evento, que por enquanto, está prevista para o dia 14 de novembro, um final de semana antes da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Marque na agenda para não perder!

Clique aqui para mais informações sobre a POC CON.

 1. Rafael Bastos Reis

https://www.instagram.com/p/B5LEWZ0HP5u/

Rafael Bastos Reis é co-criador e organizador da “POC CON Feira LGBTQ+ de Quadrinhos e Artes Gráficas”. Designer formado pela Universidade do Estado da Bahia. Grande parte de sua produção hoje é dedicada a discutir sexualidade de maneira mais divertida e prática. Dentre os projetos nessa linha, o “Pornolhices”, publicado em 2018 por meio de financiamento coletivo, é uma série de quadrinhos que mostram as desventuras sexuais de Carlos e também ensinam sobre sexualidade.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Rafael Bastos Reis.

2. Alice Pereira

https://www.instagram.com/p/BgJWboOhVrN/

Alice Pereira publicou seu primeiro livro “A História do Petróleo em Quadrinhos ” em 2016. Em 2017 começou a contar a história de sua transição de gênero em tiras semanais nas redes sociais que foram se desenvolvendo para em 2019, se tornar o livro “Pequenas Felicidades Trans”. Também participou da coletânea “Mulheres em Quadrinhos”, lançada pela editora Skript em 2019. Atualmente cursa design de animação no Rio de Janeiro.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Alice Pereira.

3. Amanda Miranda

https://www.instagram.com/p/B-umVbzAf-L/

Amanda Miranda é ilustradora, quadrinista e designer. Seu trabalho autoral aborda temas como violência, feminilidade, sexualidade, neuro atipia e caos. Explora o gênero de horror corpóreo e psicológico com cores destacadas e quentes. Como freelancer já trabalhou para clientes como “Liniker e Os Caramelows”, “The Intercept Brasil” e “Francisco, El Hombre”. É autora dos quadrinhos “Juízo” (2019, Coletânea “Tabu”, editora Mino) e “Sangue Seco Tem Cheiro de Ferro” (2019, Coleção “Des.gráfica”), selecionado pelo edital do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Ganhou o prêmio “Dente de Ouro” de Melhor História em Quadrinhos com “Hibernáculo” (2018, independente).

Clique aqui para conhecer o trabalho de Amanda Miranda.

4. Aureliano

https://www.instagram.com/p/B6sjWqkH87Q/

Aureliano começou a fazer quadrinhos em 2015 e logo ganhou notoriedade nas mídias sociais com sua página de HQs autobiográficas, a “Oi, Aure”. Entre os anos de 2015 e 2019 desenvolveu reflexões ilustradas sobre corpo, cotidiano e saúde mental, com um personagem peladinho, que acabou por se despedir de seu público no fim de 2019. Nesse meio tempo, o personagem esteve presente em diversas publicações independentes e pouco convencionais. Em 2016, Aureliano iniciou a coleção de zines que começa com “Sobrepeso”, passando por “Elevador”, “Conexão” e “Até Mais Ver”. No ano de 2017, a editora Lote 42 reuniu boa parte de sua jornada ilustrada em “Mercúrio Cromo”. Em 2018 o artista desenvolveu uma história em quadrinhos inteira em acrílico, o “Glitch”, e um baralho de tarô inteiro ilustrado com quadrinhos seus. Em 2019, o quadrinista fala sobre sua infância, com o livro ilustrado “O Menino Que Desaprendeu a Chorar”. Agora em 2020 começa a contar virtualmente a história de uma estrela que quer convencer os confins do universo, em “Supernova”.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Aureliano.

5. CahLac

https://www.instagram.com/p/BtqY_fFFBhD/

Camila Abdanur é ilustradora e designer gráfica mineira. A temática queer está muito presente em seu trabalho, complementada por seu estilo fofo e colorido. Em 2019 desenvolveu “Um Página Só “e “Fada Sapática” e seu último projeto, “Treze” que se viabilizou graças a um financiamento coletivo. Quando não está rabiscando em qualquer superfície disponível, você pode encontra-la tagarelando no Twitter ou tentando receber afeto do seu gato preto mimado.

Clique aqui para conhecer o trabalho de CahLac.

6. Chairim Arrais

https://www.instagram.com/p/BzNrY8YJ_73/

Chairim é paulista, formada em Design Gráfico pela UNIP de Campinas, trabalhou em agências de publicidades por vários anos, atualmente trabalha como ilustradora, colorista e com tatuagem.  Criadora das webcomics “Purple Apple” e “As Aventuras da Bruxinha Mô”, Chairim sempre foi apaixonada por quadrinhos e animações, desenhando e ilustrando sempre, em vários estilos, do infantil ao adulto. Entre suas publicações impressas pode-se destacar: “A Última Lenda” (2008), “As Aventuras da Bruxinha Mô” (2013), “Livro de Conselhos do Gato Darazar (2015)”, “Red+18” (2018), “E8” (2019) e “#EuSóQueroDesabafar” (2019).

Clique aqui para conhecer o trabalho de Chairim Arrais .

7. Dani Franck

https://www.instagram.com/p/B40DATODZAV/

Dani Franck é quadrinista de São Paulo e formada em Animação. Desde 2017 vem concluindo sua missão de contar o máximo possível de histórias fofas, publicando quadrinhos com historias leves e positivas sobre mulheres que gostam de mulheres. Alguns exemplos são “Deu Ruim Na Cozinha”, a historia “Crushes” incluída na coletânea “Melaço”, sua webcomic semanal “A Vida de Nina” e a historia “Primeiro Date” incluída na coletânea “Historias Quentinhas Sobre Existir”.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Dani Franck .

8. de Merda

https://www.instagram.com/p/B7Ww-MJJrZq/

João Victor, João, Jão, Jão de Merda ou só de Merda, é formado em Design Gráfico, Artes Visuais e Comunicação Visual. Trabalha como designer e social mídia, além de ilustrador e quadrinista. Atualmente tem voltado seu trabalho para charges e tirinhas políticas e antirracistas, utilizando de humor para retratar certos assuntos que acontecem no país e no mundo, além de ilustrações performáticas na série “Chifre”(2018 e atualmente) e o zine “SELF”(2018), que fala sobre saúde mental e os males da mente. Ainda mantém seus fanzines de humor e sátira, dentre eles estão, “Eu não me Orgulho desse Zine” (2015), “Cuadrinhos Decadentes” (2016), e outros, além de participações no “Rolezine”(2014), “A Zica #5”(2018), “Café-com-Leite Zine #1” (2018) e o Livro Levantes da Resistência (2019). Como zineiro, ilustrador, fotógrafo e artista Jão de Merda já participou de diversos eventos expondo suas séries fotográficas, participou de publicações de coletânea e de publicadores independentes e seleção e premiação dentre outros trabalhos e projetos.

Clique aqui para conhecer o trabalho de De Merda.

9. Dika Araújo

https://www.instagram.com/p/BwzaZV-hmSo/

Dika Araújo faz trabalhos de ilustração, quadrinhos e character design desde 2012. Ilustrou para FTD, RedBalloon, Think Olga, Estadão, Hyundai e Itaú. Trabalhou como desenhista/arte-finalista em “Quimera” (Pagu Comics), participou das coletâneas independentes “Amor em Quadrinhos” e “Melaço”, e coloriu “Cangaço Overdrive” (Editora Draco). Trabalhou também nas séries “Oswaldo” (Cartoon Network/TV Cultura) e “Clube da Anittinha” (Gloob/Gloobinho)

Clique aqui para conhecer o trabalho de Dika Araújo.

10. Eu sou infinito (Sandro Manesco Jr.)

https://www.instagram.com/p/B5F82RxDGYR/

Sandro Manesco Jr. começou seu trabalho como autor de web-quadrinhos e ilustrador em 2017 pelo pseudônimo “Eu sou infinito”. Aborda mais profundamente a temática da comunidade “bear”. Seus quadrinhos abordam sempre de forma descancarada e pouco idealizada os problemas sociais contemporâneos, fazendo críticas a formas de preconceito sexual e de gênero vividos pela comunidade LGBT+ no Brasil e motivado por isso, cria suas artes para expor o infinito que há dentro de cada um de nós.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Eu Sou Infinito .

11. Guilherme Smee

https://www.instagram.com/p/BptD7Pgjvt7/

Guilherme “Smee” Sfredo Miorando é Mestre em Memória Social e Bens Culturais, pela Universidade LaSalle e é pesquisador dos assuntos quadrinhos e sexualidades. É especialista em Imagem Publicitária e bacharel em Publicidade e Propaganda, ambos títulos pela PUCRS. Ministra aula de quadrinhos e trabalha com design editorial e roteiros. É professor conteúdista na Especialização EaD em Histórias em Quadrinhos das Faculdades EST. É pesquisador associado do Cult de Cultura e da ASPAS (Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial). Foi criador e faz parte do conselho editorial da Não Editora. Co-roteirizou o premiado curta-metragem “Todos os Balões vão Para o Céu”. Seu livro de contos “Vemos as Coisas como Somos” foi selecionado e publicado pelo Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul em 2012. A partir de 2014, publicou ao menos um quadrinho independente por ano. Em 2019 lançou o quadrinho “Bem na Fita” com roteiros seus e desenhos de um dúzia de artistas, também lançou “Só os Inteligentes Podem Ver”, quadrinho-autobiografia, resultado de sua dissertação de mestrado. Também escreve os roteiros para os super-heróis portoalegrenses “Super Tinga & Abelha-Girl”. Mantém o blog sobre quadrinhos Splash Pages (splashpages.wordpress.com) há mais de 10 anos.

Clique aqui para conhecer o trabalho de .

12. Ing Lee

https://www.instagram.com/p/B_Q-885HMHq/

Ing Lee é artista plástica, quadrinista e pesquisadora, graduada em Artes Visuais pela UFMG. É filha de pai norte-coreano e mãe brasileira, e possui deficiência auditiva moderada bilateral. Atuante em artes visuais desde 2015, entrou no cenário de publicações independentes em 2016 e faz quadrinhos desde 2018. É cofundadora do “Selo Pólvora” e “O Quiabo”, selos editoriais de publicações independentes. Teve sua HQ “Karaokê Box” recentemente publicada pela revista Piauí de dezembro de 2019. Sua pesquisa artística explora o pensamento da colagem e seu hibridismo em diversas linguagens, atravessando o desenho, assemblages, publicações independentes e porcelanas; mesclando tudo isso à sua pesquisa envolvendo identidade, geopolítica leste-asiática e memória.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Ing Lee.

13. Johncito

https://www.instagram.com/p/BxFFoupl-Jc/

Nascido em  São Paulo, Johncito é formado em Marketing e atualmente trabalho como designer gráfico, além de ser autor, ilustrador e quadrinista. Você pode encontra-lo no twitter comentando sobre coisas aleatórias ou ver alguns desenhos que compartilho no seu perfil do Instagram, “Meus Olhos São Castanhos”.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Johncito.

14. Lukas Werneck

https://www.instagram.com/p/B4WYjzJlbrN/

Lucas Werneck é quadrinista, ilustrador e professor de desenho. Estreou no mercado internacional em 2016, e já tem trabalhos publicados em importantes editoras como Marvel e Dc Comics, Entre seus trabalhos já desenhou títulos como “Harley Quinn”, “Sons of Anarchy”, “Power Rangers”, “X-men”, “Capitão América”, entre outros.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Lukas Werneck.

15. Lovelove6

https://www.instagram.com/p/B8P4NMABw2I/

Lovelove6 é autora de histórias em quadrinhos e publicadora independente desde 2013, abordando temas relacionados ao movimento feminista, gênero e sexualidade. Autora de “Garota Siririca” (finalista em Melhor Publicação Erótica no Troféu HQMix 2016), “Gastrite Nervosa” (premiada no concurso Des.Gráfica, em 2017), “Lombra” (publicada pela Ugra Press em 2019), e agora lança a HQ “Sheiloca”. Seus quadrinhos e zines já integraram exposições no MASP, MIS e Biblioteca Mario de Andrade. Também produz, desde 2015, a “Dente Feira de Publicações” (DF) e o “Prêmio Dente de Ouro”, que premia desde 2016 zines e quadrinhos.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Lovelove6.

16. Sasyk

https://www.instagram.com/p/BkqQ3_TBbgs/

Sasyk é designer gráfica por formação e trabalha no ramo editorial há mais de cinco anos e experimentando na área de quadrinhos há cerca de dois. Em 2018, lançou o primeiro livro de seu quadrinho “Pillow Talks” — onde traz personagens LGBT+ e aborda a humanidade de maneira simbólica, tendo alcançados leitores dentro e fora do Brasil. Atualmente, está planejando o terceiro livro de “Pillow Talks” e sempre pensando em novas histórias nas quais possa explorar os simbolismos de que tanto gosta.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Sasyk.

17. Verônica Berta

https://www.instagram.com/p/CAIz5S6n8ee/

Autora do livro “Ânsia Eterna” finalista dos Prêmios Jabuti e Ângelo Agostini, Verônica Berta é ilustradora e professora de desenho na Quanta Academia de Artes.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Veronica.

18. Vitorelo

https://www.instagram.com/p/B7Beu1kHS4b/

Vitorelo é artista, designer e pesquisadora. Seu trabalho autoral aborda temas como gênero e resistência, fazendo uso de experimentações gráficas e narrativas. Finalista do Prêmio Dente de Ouro e indicada ao Prêmio Grampo pelo quadrinho “TILT”, que mistura colagens, desenhos e pinturas para retratar a experiência da enxaqueca crônica, da ansiedade e depressão. Autora de “Tomboy,” publicado no Brasil em 2017 e em Portugal pela “Sapata Press” em 2019. As ilustrações de “Tomboy” foram contempladas pelo edital da III Mostra Diversa do Museu da Diversidade Sexual, e estão agora em exposição itinerante pelo estado de São Paulo.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Vitorelo.

19. Yuri Andrey

https://www.instagram.com/p/B2QAaiMp22W/

Yuri Andrey é escritor, pesquisador e roteirista. Formado em jornalismo, lançou “Fujie e Mikito”, épica história real de uma família de imigrantes japoneses. O projeto começou em 2008 e foi desenhado por Marcelo Costa, sendo lançado durante a CCXP de 2019. Pesquisou e escreveu o livro “Lendas”, sobre 50 personagens do folclore brasileiro, publicado em 2018 e ilustrado pelos artistas da Chiaroscuro Studios. Participou da antologia de contos de terror “Atmosfera Fantasma – Livro das Criaturas e Psicopatas com o conto Busca Macabra”. Na Revista “Menisqüência”, publicação produzida pelo “Instituto Sala 5”, projeto social na região da Brasilândia, periferia de São Paulo. Em 2020 pretende lançar um fanzine com fatos reais sobre os diversos tipos de violência que ameaçam as pessoas LGBTQI+.

Clique aqui para conhecer o trabalho de Yuri Andrey.

Como sempre muita gente incrível acaba ficando de fora das listas, então ajuda a gente indicando a galera para novos posts e não deixe de seguir procurando, conhecendo e apoiando artistas LGBT independentes próximos a você.

Hoje será votada a federalização da investigação do caso Marielle e Anderson e precisamos lutar contra

Está marcado para hoje, 27 de maio, a votação do Superior Tribunal de Justiça do julgamento do pedido de federalização da investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em março de 2018. A votação deveria acontecer no dia 31 de março, mas por conta da pandemia do coronavírus, o STJ suspendeu as sessões por um período.

O ponto central da votação é definir  se as investigações do crime deixam de ser comandadas pelas autoridades estaduais (Polícia Civil, Ministério Público estadual, Tribunal de Justiça) e passam a ser responsabilidade de autoridades federais (Polícia Federal, Ministério Público Federal, Justiça Federal).

Com o curso das investigações atuais se aproximando cada vez mais da família Bolsonaro e a recente abertura do inquérito do STF, Supremo Tribunal Federal, feita por conta das acusações do ex-ministro Sérgio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentava interferir na Polícia Federal fez com que o Instituto Marielle Franco, dirigido pela família de Marielle, as companheiras de Marielle e Anderson, Monica Benicio e Agatha Reis, e a Coalizão Negra por Direitos, com mais de 150 movimentos e organizações negras, com o apoio de dezenas de organizações da sociedade civil, lançassem uma mobilização contra a federalização. 

Com todo esse juridiques e esferas institucionais não tão conhecidas por todo mundo, pedimos para Lucila Lang Patriani de Carvalho e Pamela Michelena De Marchi Gherini, advogadas responsáveis pelo Grupo de Trabalho Jurídico da Casa 1 explicarem alguns pontos para nós:

Como funciona o nosso Judiciário e onde se encaixa o STJ?

O Poder Judiciário possui a principal função de: julgar! Isso parece óbvio, pois a rotina se resume, basicamente, a decidir os casos que são apresentados (muitas vezes envolvendo investigações anteriores) a ele a partir da aplicação das leis e das regras presentes no nosso sistema jurídico. Para garantir que este sistema atenda não apenas o critério da lei e do Direito, mas também tente se aproximar da justiça (afinal, cada caso é um caso e precisa de um julgamento próprio) é criada toda uma estrutura dentro do que chamamos “judiciário”.

Esta estrutura é organizada pela nossa maior lei: a Constituição Federal (ou “CF” e sendo a última de 1988, mas que já foi bastante alterada ou “emendada”) e se divide, de modo geral, em duas: a da União (ou “Federal”) e a dos Estados (e do Distrito Federal). No sistema da União temos a Justiça Federal  e a Justiça Especializada (que abrange casos específicos, tais como Justiça de Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar). Já a Justiça dos Estados (Justiça Estadual ou “Justiça Comum”) é, geralmente, mais próxima do nosso cotidiano e envolve o maior número de casos, uma vez que é apresentado a ela tudo o que não se encaixa na Justiça Federal, na do Trabalho, na Eleitoral e na Militar pois, justamente, não possui uma especialização.

Em regra geral o caminho de cada caso submetido ao Judiciário é comum: os processos são apresentados aos juízes da primeira instância e podem chegar, através dos recursos das decisões destes juízes, à segunda instância (os Tribunais) para que aí os desembargadores avaliem pontos das decisões anteriores, aquelas feitas pelos juízes.

Mas, nisso tudo, onde entra o Superior Tribunal de Justiça (STJ)?

O STJ, assim como o STF (Superior Tribunal Federal), são os nossos Tribunais Superiores. O STF possui a última palavra quando o assunto que foi apresentado para decisão possui relação direta com a Constituição Federal (por isso que dizem que “a função do STF é guardar a Constituição”). Já o STJ possui a função de decidir, de modo geral, todos os outros assuntos legais que não estão previstos na Constituição – além de receber recursos originários da Justiça Comum Estadual e da Justiça Federal – de modo a garantir, num país tão grande e diverso como o Brasil, que as decisões sejam minimamente uniformizadas.

O que define quem investiga e julga um caso?

Com uma estrutura tão complexa quanto o nosso judiciário, há a necessidade de se estabelecer regras para entender qual justiça é responsável por qual caso. Para entendermos melhor isto é importante compreender o conceito de “competência” que, dentro do direito, significa quem é responsável pelo quê e quais são os limites deste poder.

Assim, cada autoridade judiciária (juiz, desembargador ou ministro) assim como outras atividades dentro do Estado brasileiro (como Ministério Público, Polícia Civil, Militar e Federal, dentre outros) possuem, em razão do cargo que ocupam, uma competência, um poder. Essa competência é baseada no que a Constituição determina e atribui para cada um dos cargos (e, consequentemente, para cada braço do Judiciário, assim como para outros Poderes como o Legislativo e Executivo). Assim, são estabelecidos critérios e requisitos para esta organização ocorrer, a partir da divisão do território (ex. Tribunal de São Paulo e o do Ceará), da matéria (ex. uma causa que envolva uma relação de consumo para a Justiça comum ou um vínculo empregatício na Justiça Trabalhista), entre outros.

Como o sistema jurídico é vivo (e acompanha as nossas mudanças sociais e culturais) volta e meia surgem questões sobre a competência, de modo que o Judiciário tem que decidir quem é responsável por uma decisão ou uma poder, por exemplo. Recentemente, o STF decidiu a competência (ou “o limite do poder”) dos Estados e dos Municípios no combate ao COVID-19. Já no caso da federalização, é o STJ que participa, como explicaremos adiante.

O que significa a federalização da investigação?

Federalizar uma investigação significa tirar o poder de investigar um crime específico de um Estado brasileiro (portanto, da Justiça Estadual) e transferir esse poder para a Justiça Federal ou seja, há uma alteração na competência da autoridade que teria, originalmente, o poder para julgar um caso apresentado a ela, assim como qual autoridade policial e Ministério Público que atuará no caso

Isso é raro de acontecer e precisa seguir alguns requisitos, como se tratar de uma grave violação de direitos humanos e que essa transferência seja para garantir o cumprimento da investigação, principalmente para seguir normas internacionais de Direitos Humanos. Quem faz o pedido para que isso ocorra é o(a) Procurador(a) Geral da República. O trabalho do STJ nesse caso é definir se aceita ou não o pedido por federalização. E isso que ocorrerá nesta quarta, dia 27 de maio de 2020.

Parece um pouco confuso mas vamos lá: Infelizmente, o Brasil é um país com altos índices de violações a direitos humanos, principalmente contra ativistas, como foi o caso da Marielle e do Anderson. Isso significa que muitos crimes ocorrem contra pessoas e grupos que estão buscando transformação social. Em vários casos, a estrutura judiciária e política  daquele local específico pode ter interesses políticos, econômicos, pessoais, dentre outros, para interferir e, às vezes, impossibilitar as investigações e um julgamento adequado. Isso faz com que muitos crimes graves fiquem impunes, gerando uma injustiça.

Mas se, aparentemente, a federalização parece algo bom, por que existe uma mobilização para impedir que a investigação do caso da Marielle e do Anderson passe a ser realizadadeste modo?

Em alguns casos ela até pode ser uma boa ideia, contudo, temos alguns problemas. Se as pessoas que querem interferir nessa investigação são líderes do próprio Governo Federal, isso significa que federalizar uma investigação pode reproduzir as mesmas condições de influências externas sobre o curso daquela investigação, dificultando ainda mais a busca por justiça.

Conforme estamos vendo no noticiário, é ilegal que o Presidente da República interfira com assuntos da Polícia Federal. É muito importante que esta Instituição tenha autonomia para conduzir as investigações em curso de forma independente, para que possa haver imparcialidade e nenhum crime ser acobertado.

Contudo, o povo brasileiro está sendo informado por diversas fontes, inclusive pelo ex -inistro da Justiça, Sérgio Moro, de que o Presidente quer ter informações e alterar as lideranças da Polícia Federal. Se a investigação da morte de Marielle e Anderson for federalizada, isso significa que passará ser feita pela Polícia Federal (e não mais pelo Estado do Rio de Janeiro) e estão surgindo indícios de que o Bolsonaro está tentando manipular a Polícia Federal para proteger a sua família e amigos e, pior, indícios de que a família Bolsonaro pode estar envolvida nesses homicídios e por isso tenha interesse em interferir na Polícia Federal.

Portanto, familiares das vítimas e organizações da sociedade civil estão se mobilizando para que a investigação continue sendo feita pelo Estado do Rio de Janeiro, apesar de toda a demora e falta de respostas. Eles acreditam que não federalizar seria a melhor alternativa neste momento.

Legalmente como está o processo de investigação atualmente?

Estamos há 2 anos sem respostas. São mais de 800 dias que continuamos nos perguntando: Quem mandou matar Marielle e Anderson?

É verdade que as investigações continuam sendo feitas pela Justiça Estadual do Rio de Janeiro, mas a ausência de respostas é alarmante. Até o momento, não foi possível chegar aos mandantes do crime, mas pessoas suspeitas por envolvimento no caso já foram presas e devem ser julgadas em breve por júri popular. São eles o policial militar da reserva Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Ambos são acusados de terem cometido os crimes, porém, não se sabe ainda a motivação e quem foram as pessoas que ordenaram o crime.

Como o caso segue sob sigilo, é difícil de sabermos exatamente como as coisas estão sendo feitas.

Nesse momento é importante nos mantermos informados e cobrarmos respostas, já que a pressão popular é importantíssima para que haja responsabilização, para que as autoridades não se acomodem e as interferências de políticos e de outros interesses externos sejam barrados.

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Lucila Lang Patriani de Carvalho – Advogada, Professora e Doutora em Filosofia pela USP, Sócia do Escritório Lang & Michelena Advogadas e Coordenadora do Grupo de Trabalho Jurídico da Casa 1.

Pamela Michelena De Marchi Gherini – Advogada, formada em Direito pela USP, Sócia do Escritório Lang & Michelena Advogadas e Coordenadora do Grupo de Trabalho Jurídico da Casa 1.

Este teste político dos oito valores pode te ajudar a esclarecer onde você se encaixa

Confessamos que o site IDRlabs não é lá a coisa mais confiável do mundo, no entanto, é bastante interessante ver os resultados do chamado “Teste Político dos 8 Valores” que procura medir o ponto de vista político de uma pessoa de acordo com oito valores políticos centrais e é conhecido também como teste de coordenadas políticas, vira e mexe se tornado febre nas redes sociais.

Neste caso, o teste avalia quatro frentes: Eixo Econômico: Igualdade vs. Mercados, Eixo Diplomático: Nacionalismo vs. Globalização, Eixo Civil: Liberdade vs. Autoridade, Eixo Social: Tradição vs. Progresso, que depois da resposta de 70 questões te dá percentualmente qual perfil você se encaixa melhor.

Obviamente ,tanto resultado quanto os conceitos abordados são bem superficiais, porém é uma forma bem legal de você começar a perceber alguns temas que regem a nossa sociedade e também abrir portas para você pesquisar e entender as terminologias que vem ao final do teste.

Animou? Então basta clicar neste link e fazer o teste gratuitamente, lembrando que não é necessário nenhum cadastro, a não ser que você queria compartilhar o resultado nas suas redes sociais, neste caso, leia com atenção os termos de uso da plataforma.

[Opinião] Falas de Ricardo Salles e ministros mostra a urgência em se lutar por políticas identitárias

A jornalista Rashmee Kumar explica nesta matéria do The Intercept que “o conceito de política identitária foi originalmente criado em 1977 pelo Coletivo Combahee River, um grupo de feministas socialistas lésbicas negras que reconheciam a necessidade de uma política autônoma própria, uma vez que se confrontavam com o racismo no movimento das mulheres, o sexismo no movimento de libertação negra, e o reducionismo de classe […] As mulheres de Combaheem defendiam a construção de alianças em solidariedade a outros grupos progressistas para erradicar todas as formas de opressão, ao mesmo tempo em que traziam a que elas próprias sofriam para o primeiro plano”.

A Wikipédia por sua vez explica que “política identitária refere-se a posições políticas baseadas nos interesses e nas perspectivas de grupos sociais com os quais cidadãos se identificam. Políticas identitárias visam a moldar ações de agentes públicos e privados para que determinados grupos tenham suas reivindicações atendidas e ganhem visibilidade social. Tais grupos podem ser formar a partir de uma grande quantidade de sinais identitários, tais como idade, gênero, orientação sexual, religião, classe social, etnia, raça, língua, nacionalidade etc.”.

Ou seja, política identitárias são as políticas criadas para resolver problemas que acometem determinados grupos por suas características. Ora, mas se estamos em uma democracia e o governo é para todos, porque falar sobre políticas para determinados grupos? A resposta é simples: a desigualdade.

Ainda que em tese todos e todas temos os mesmos direitos, na prática sabemos das muitas desigualdades que acometem a nossa sociedade que vão de pessoas que são mortas por suas orientações afetiva sexuais e identidade de gênero até mulheres que ganham menos do que homens exercendo as mesmas funções, passando pela seletividade do estado que prende e mata muito mais pessoas negras do que brancas, por exemplo.

Com a pandemia do Coronavírus e a necessidade de isolamento social, grupos que nos últimos anos exerciam um trabalho recorrente nas ruas para fortalecer suas lutas acabaram impedidos de visibilizar suas pautas como vinham fazendo. Além disso, a presença das pautas nas mídias tradicionais (jornais, programas de tv, revistas etc) e internet acabaram se voltando para o vírus por motivos óbvios: era, e ainda é, preciso informar e educar a população para o cuidado e a manutenção da vida, tendo em vista que o governo federal tem ido contra as recomendações técnicas de especialistas brasileiros e do mundo todo, causando uma guerra de desinformação enquanto milhares de pessoas morrem em decorrência do Coronavírus.

Porém, perverso que é, o governo tem planos de gestão muito bem definidos, ao contrário do que diz muita gente ao chamar de “desgoverno”, as políticas propostas por Bolsonaro e sua equipe aproveitam do momento de fragilidade da população para realizar seus desmandos. Se tal prática já era sabida, ficou ainda mais escancarada com a divulgação do vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril de 2020.

Na reunião que se tornou pública por decisão do Supremo Tribunal Federal, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles afirmou: “Então, para isso, precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”.

Por mudar regramento e simplificar normas, Ricardo entende desmantelar as políticas que regem órgãos como o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), por exemplo, que cita nominalmente na reunião. Isso significa retroceder em muitos direitos conquistados a dura penas, como o direito de pessoas indígenas à terras.

A população indígena inclusive foi atacada por outro ministro durante a reunião, Abraham Weintraub, responsável pela educação, que afirmou: “Ele tá querendo transformar a gente numa colônia. Esse país não é… odeio o termo ‘povos indígenas’, odeio esse termo. Odeio. O ‘povo cigano'”, disparou.

Tais posicionamentos que refletem as práticas dos ministros e do executivo, tornam urgente a necessidade de lutarmos pelas políticas identitárias com muita produção de conteúdo sobre o tema, diálogos com quem está por dentro do assunto e também com quem está distante, pressão aos congressistas e tudo que for possível para frear o avanço do obscurantismo.

 

ERRAMOS: a reunião ministerial aconteceu em 2020 e não 2016 como constava anteriormente

Parque do Bixiga abre canal no YouTube

O movimento pelo Parque do Bixiga ganhou ontem mais um reforço. A partir de agora, o Parque abre seu canal no YouTube, com o objetivo de ampliar esforços de comunicação e manter acesa a luta pela transformação do último terreno vazio no centro de São Paulo em área verde. Em tempos de isolamento social, membros do movimento a favor do parque inauguram esta nova etapa na reivindicação política e no fomento do desejo social pela implantação do projeto, com uma programação virtual voltada para conversas, encontros, reflexões e engajamentos.

De acordo com o movimento “neste momento, nós, do Parque Do Bixiga em movimento, aos poucos e com o fôlego das alianças vitais, damos início a uma série de ações para regeneração da vida, fazendo coro às muitas ações que estão agora em curso, no combate às pandemias da saúde, da especulação imobiliária compulsória, do abandono das políticas públicas, dos crimes ambientais, das violências urbanas, do autoritarismo vigente, e tantas outras”.

E entregam que “como parte das ações do Parque em tempos de pandemias, daremos início a um circuito magnético-afetivo de lives. Serão espaços para o encontro, a troca e o exercício da imaginação cosmopolítica para invenção da vida, guiados pelo Parque do Bixiga. A COVID-19 é um abalo sísmico no modo como estávamos levando a vida, e a vida política. O Bixiga, que é o bairro com o pior índice de área verde por habitante de toda a capital e está agora também sofrendo violentamente a pandemia”.

https://www.instagram.com/p/CAjGuejneDA/

 

Croqui do mais recente projeto do Parque do Bixiga, que tem o Rio do Bixiga, que corre a 4 metros de profundidade, como protagonista. Fonte: Teatro Oficina

 

O Parque, que virou PL – Projeto de Lei (805/2017) em 2017 e que tem co-autoria de outros 25 vereadores dos mais variados partidos, teve a segunda votação aprovada no dia 12 de fevereiro na Câmara Municipal de São Paulo mas foi vetado pelo prefeito em exercício Eduardo Tuma no dia 13 de março (saiba mais aqui). Mesmo com forte reivindicação da sociedade para que o prefeito Bruno Covas reavalie o veto, o Projeto segue parado.

A Casa 1, vizinha ao Parque do Bixiga, reitera o apoio para a criação deste espaço de natureza, cultura e lazer e soma forças a esta luta, pois entende o salto social e cultural que a chegada de um parque aberto à todas as pessoas pode dar. Temos uma vivência total e diária com as demandas e potências da região e conseguimos enxergar os inúmeros benefícios que a materialização deste projeto pode trazer para o Bixiga e toda a cidade de São Paulo.

Faça parte desta luta. Siga as redes oficiais do Parque do Bixiga (Facebook, Instagram, Twitter, YouTube), acompanhe de perto os passos do Parque, compartilhe nas suas redes, venha colaborar com a conjuração deste espaço vital.

 

 

20 escritores e escritoras negras para ler hoje e sempre

Por Denise Pires, coordenadora da Biblioteca Caio Fernando Abreu e Plínio Camillo, escritor. 

Com o isolamento social e a suspensão das atividades presenciais da Biblioteca Caio Fernando Abreu, a biblioteca comunitária da Casa 1 o caminho foi se dedicar à produção para as redes sociais com uma série de posts que estão sendo produzidos aqui no blog e as indicações de literatura semanais nas redes sociais.
E para listar autores e autoras negras convidamos o Plínio Camillo, parceiro de longo tempo da Casa 1 e escritor de mão cheia, obviamente integra a seleção.  Aproveite a leitura e fiquem à vontade para indicar mais nomes nos comentários!

1. Carolina Maria de Jesus | Sacramento, MG, 1914- 1977

Uma das maiores autoras que temos, Carolina era de origem muito humilde, conseguiu estudar e tornou-se uma leitora voraz. A escritora vivia de catar papéis, ferro e materiais recicláveis, tendo nessa função sua única fonte de renda. Nos cadernos que encontrava pela rua passou a registrar seu cotidiano e suas histórias. Carolina Maria de Jesus transformava a crueldade e frieza de seu cotidiano em lirismo: “Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: faz de conta que eu estou sonhando”, Quarto de Despejo, publicado em 1960.

Algumas obras: “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, “Casa de Alvenaria: diário de uma favelada” e “Pedaços da Fome”.

2. Carlos de Assumpção | Tietê, SP, 1923

Poeta, estudou Direito, Português e Francês, colaborador de revistas e grupos literários, autor do famoso poema “Protesto”, entre outros livros. Laureado com vários títulos e prêmios, foi traduzido para o inglês, francês e alemão e é um dos maiores autores que temos.

Algumas obras: “Protestos- poemas”, “Quilombo”

3. Cidinha da Silva | Belo Horizonte, 1967

Publicou vários livros entre crônicas, infantis e contos, foi finalista do prêmio Jabuti com a coautoria de “Explosão Feminista” e traduzida para diversos idiomas. Seus principais temas são a africanidade, ancestralidade, orixalidade, o diálogo entre a tradição e a contemporaneidade. A autora também discute sobre assuntos como racismo, direitos humanos, morte, política e futebol.

Algumas obras: “Cada tridente em seu lugar e outras crônicas”, “Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!”, “Os nove pentes d’África”

4. Cruz e Souza| Desterro (atual Florianópolis), 1861- 1898

Filho de escravos alforriados, o poeta é um dos maiores nomes que temos e desde jovem chama a atenção pelos belos versos que faz e declama. Recebeu uma educação formal e se tornou um aluno brilhante, culto e erudito com destaque em muitas disciplinas, porém, confinado ao racismo, exerce funções muito abaixo de seu intelecto. O autor foi abolicionista, fundou jornais literários e era colaborador de outros, como o crítico Tribuna Popular, considerado um dos melhores da época. Conviveu com Olavo Bilac e Raul Pompéia e era admirado por muitos escritores. Cruz e Souza atingiu um grau literário muito elevado e, infelizmente, morreu prematuramente aos 36 anos de tuberculose.

Algumas obras: “Missal”, “Broquéis” e “Evocações”

5. Cristiane Sobral | Rio de Janeiro, RJ, 1974

Escritora convidada: Cristiane Sobral

Atuante também nas artes cênicas, Cristiane foi a primeira atriz negra a se formar em Interpretação Teatral pela UNB. Participa de espetáculos no SESC e, com movimentos estudantis, monta a peça “Acorda Brasil”. No ano de 1999 está presente na premiada peça “Boneca no Lixo”. No ano de 2000 inicia sua colaboração com o importante “Cadernos Negros” com edições lançadas nos EUA, integra a publicação “O Negro em Versos” e participa de muitas outras antologias de igual valor.

Algumas obras: “Espelhos, Miradouros, Dialéticas da Percepção”, “Só por hoje vou deixar o meu Cabelo em Paz”, “O Tapete Voador”

6. Cuti | Ourinhos, SP, 1951

Intelectual, poeta, dramaturgo, militante, ensaísta, doutor em Letras pela UNICAMP, são muitos os predicados de Cuti, pseudônimo de Luiz Silva. Foi um dos fundadores e mantenedores da série “Cadernos Negros” e da ONG Quilombhoje Literatura, e atuou em várias frentes de trabalho como o Jornegro, órgão da extinta Federação das Entidades Afro-brasileiras, o FECONEZU- Festival Comunitário Negro Zumbi, realizou palestras e escreveu artigos reunidos no livro “Literatura Negro-Brasileira”.

Algumas obras: “Poemas de Carapinha”, “Batuque de Tocaia”, “Suspensão”

7. Esmeralda Ribeiro | São Paulo, SP, 1958

Para construir sua literatura, a autora parte do resgate das tradições e memórias africanas e afro-brasileiras. É atuante em congressos e seminários nacionais e internacionais incentivando sempre a literatura de escritoras afrodescendentes. Foi uma das poucas mulheres a participar do I e II Encontro de Poetas e Ficcionistas Negros nos anos 80 e 90. “Quero falar de ‘nós’ porque o tempo sempre nos deixou atrás das cortinas, camuflando-nos geralmente em serviços domésticos. Agora, o tempo é outro. É desse tempo que vou falar”.

Algumas obras: “Malungos e Milongas”, “Orukomi – Meu Nome”, “Gostando Mais de Nós Mesmos” (depoimentos)

8. Fábio Kabral | Rio de Janeiro, RJ, data de nascimento não encontrada.

A literatura de Fábio é dedicada à fantasia e ficção científica e seus temas são a ancestralidade africana, afrocentrismo e afrofuturismo, entre outros, colocando herois e heroínas negros e negras no topo das histórias e valorizando sua força, determinação e garra. O autor cita o livro “O Senhor dos Aneis”, de J.R.R. Tolkien, como uma grande influência, tanto que escreveu um poema épico em um fórum sobre o livro, mas que não foi impresso. O autor também se inspira e acrescenta elementos da mitologia iorubá nas suas histórias, como no livro “O Caçador Cibernético da Rua 13”.

Algumas obras: “Ritos de Passagem”, “O Caçador Cibernético da Rua 13”, “A Cientista Guerreira do Facão Furioso”

9. Jarid Arraes- Juazeiro do Norte, CE, 1991

Vencedora do prêmio APCA pelo livro de contos “Redemoinho em Dia Quente”, Jarid é escritora, cordelista e poeta. Lançou mais de 70 obras de cordel e vive em São Paulo onde criou um clube de literatura para mulheres.

Algumas obras: “Redemoinho em Dia Quente”, “Um Buraco com Meu Nome”, “As Lendas de Dandara”

10. Kiusam de Oliveira | Santo André, SP, data de nascimento não encontrada

Kiusam tem uma vasta e importante experiência na área de Educação. É professora na Universidade Federal do Espírito Santo, mestre em Psicologia e doutora em Educação pela USP. A autora também assessorou a implementação da lei 10.639/03 que garante o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. Kiusam é Iyalorixá, escritora, artista multimídia, coreógrafa, palestrante e seus temas são relações étnicos-raciais, educação e cultura afro-brasileira.

Algumas obras: “Omo-Oba Histórias de Princesas”, “O Mundo no Black Power de Tayó”, “Yabas, Mulheres Negras, Deusas, Heroínas e Orixás – Personalidades Sem Fronteiras”, em: Negros da diáspora: Todo o poder para as Yabas. Revista Vozes, nº 93

11. Joel Rufino dos Santos – Rio de Janeiro, RJ, 1941- 2015

Desde jovem Joel Rufino é engajado em causas sociais e políticas. Militava na ALN, Ação Libertadora Nacional, quando foi preso por 1 ano e meio, e só retomou suas atividades acadêmicas como historiador após a Anistia. Este importante autor participou de muitas frentes de trabalho, como a Fundação Palmares, foi subsecretário de Defesa e Promoção das Populações Negras do Rio de Janeiro, lecionou nos cursos de Letras e Comunicação Social na UFRJ, trabalhou no Tribunal de Justiça, entre outros, e deixou uma vasta obra de escritos escritos historiográficos, ensaios, biografias, peças de teatro, romances adultos e infantojuvenis e livros didáticos. Sua biografia de Zumbi dos Palmares  é um clássico entre o público jovem. Recebeu o prêmio Jabuti duas vezes, primeiro pela obra “Uma Estranha Aventura em Talalai” e depois por “O Barbeiro e o Judeu da Prestação Contra o Sargento da Motocicleta”. Também recebeu o Prêmio Orígenes Lessa com o romance epistolar “Quando eu Voltei, eu Tive uma Surpresa”, junção das cartas escritas ao filho pequeno quando estava preso pela ditadura. O escritor foi, ainda, indicado três vezes ao prêmio máximo do livro infantil e infantojuvenil, o Hans Christian Andersen, entregue na Dinamarca. Poucos dias antes de falecer, Joel Rufino salvou a vida de um jovem negro que estava sendo linchado na rua em Copacabana. Um dos maiores nomes que temos, Rufino deixa uma obra ímpar e segue sendo um exemplo de profissionalismo, militância e cidadania.

Algumas obras: “Crônica de Indomáveis Delírios”, “Marinho, o Marinheiro, e Outras Histórias”, “História Nova do Brasil”

12. Lu Ain Zaila | Nova Iguaçu, RJ, data de nascimento não encontrada.

Sentindo falta de representatividade negra na literatura de ficção científica, a autora escreveu a “Duologia Brasil 2048”, composta por dois romances lançados de forma independente, tendo personagens negros e negras como principais. Lu Ain Zaila também é pedagoga formada pela UERJ e escreve contos para revistas.

Algumas obras: “O Caminho Sankofa de Nande”, conto para a revista Eparrei, “Sankofia: breves histórias afrofuturistas”, “Ìségún”

13. Júlio Emílio Braz | Manhumirim, MG, 1959

Autor da literatura infantil e infantojuvenil, Júlio Emílio aprendeu a ler sozinho aos seis anos de idade a partir de revistas de terror. Começou a carreira de escritor após perder o emprego e encorajado por um amigo enviou seus textos para editoras. Passou pelos quadrinhos e narrativas de bang bang e escreveu sob 39 pseudônimos diferentes.

Algumas obras: “Luis Gama, de escravo a libertador”, “Pivete”, “Abra-te, Sésamo”

14. Maria Firmina dos Reis – São Luís, Maranhão, 1822

Maria Firmina nasceu e viveu em um ambiente de extrema segregação racial. Precursora da literatura abolicionista no país, era filha de pai negro e mãe branca e foi criada por sua tia materna, crucial para sua educação. Formou-se professora primária e recebeu o título de “Mestra Régia” aos vinte e cinco anos. É autora de “Úrsula”, 1859,  primeiro romance abolicionista, antes mesmo de “Navio Negreiro”, de Castro Alves, e foi a primeira mulher a publicar um romance no Brasil. Maria Firmino também foi autora de contos, canções, ensaios, histórias e quebra cabeças em jornais. Segundo seu biógrafo, Nascimento Morais Filho, a escritora fundou em Maçaricó, MA, uma das primeiras escolas mistas e gratuitas do país e causou grande repercussão tendo que fechá-la dois anos e meio depois.

Algumas obras: “Úrsula”, “Gupeva”, “Cantos à Beira-mar”

15. Michel Yakini | São Paulo, SP, data de nascimento não encontrada

Michel mora em Pirituba, é escritor, produtor cultural e arte-educador. Atua nos movimentos literários periféricos e é um dos idealizadores do Sarau Elo da Corrente. Colaborou como colunista na revista espanhola Palavra Comum e no jornal Brasil de Fato. Participou de atividades literárias em vários países como Alemanha, Egito e Cuba e teve seu trabalho traduzido para o árabe, espanhol e inglês.

Algumas obras: “Acorde um Verso”, “Desencontros”, “Crônicas de um Peladeiro”

16. Mel Duarte | São Paulo, SP, 1988

Mel se formou em Comunicação Social, atuou na área, e hoje é poeta, slammer, escritora e produtora cultural. Integrante do Slam das Minas, em 2016 foi destaque no sarau da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) e vencedora do prêmio Rio Poetry Slam, campeonato internacional de poesia no Rio de Janeiro. Participou durante seis anos do belo projeto Poetas Ambulantes, declamando poesias pelo transporte público.

Algumas obras: Participação na antologia “Querem nos Calar- poemas para serem lidos em voz alta”, “Negra, Nua e Crua”,  “Fragmentos Dispersos”, com download gratuito no site oficial da autora. https://www.melduartepoesia.com.br/

17. Nei Lopes | Rio de Janeiro, RJ, 1942

Para construir seu trabalho, Nei Lopes passou por várias formações como a advocacia, escrita, música, pesquisa e a dramaturgia. Teve seus poemas publicados em jornais como a Tribuna da Imprensa e a revista Civilização Brasileira e encontrou na literatura e na música uma forma de liberdade que não havia na advocacia. Sua parceria com o grande  sambista Wilson Moreira é reconhecida nacionalmente e foi um dos precursores do pagode de fundo de quintal. Através da poesia, o autor conscientiza seus leitores sobre a população negra e o ambiente em que estão inseridos, desde a África até as regiões periféricas e os grandes centros urbanos.

Algumas obras: “Casos crioulos”, “Incursões sobre a pele”, “A Lua Triste Descamba”

18. Ruth Guimarães | Cachoeira Paulista, SP, 1920

A escritora teve um intenso trabalho na área literária. Formada em Filosofia e Letras Clássicas pela USP, trabalhou como jornalista colaborando com a imprensa paulista, como a Folha de São Paulo, e carioca e manteve por anos uma seção sobre literatura na Revista do Globo, de Porto Alegre, RS. Nesta coluna, a autora publicava seus textos, fazia concursos de contos e resenhava livros. A autora também fez traduções e lecionou Língua Portuguesa por mais de trinta anos em escolas públicas paulistas.

Algumas obras: “Água Funda”, “Crônicas Valeparaibanas”, “Contos de Cidadezinha”

19. Oswaldo Camargo | Bragança Paulista, SP, 1936

Oswaldo Camargo nasceu no campo e desde pequeno tinha interesse pela música e religião, fato que o levou a estudar em um seminário de formação humanística e conheceu a poesia de Drummond, seu preferido. Muda-se para São Paulo, capital, para finalizar sua formação e trabalhar. Emprega-se como organista da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e na imprensa colaborando com o suplemento literário do Correio Paulistano e revisor no Estado de São Paulo. Publica o livro de poemas inspirados no catolicismo “Um homem tenta ser anjo” com boas críticas. Em São Paulo, o autor entra em contato com intelectuais como os participantes da Semana de 22 e Florestan Fernandes, prefaciador de seu livro “15 Poemas Negros”, aprofunda seus conhecimentos sobre o Modernismo e passa a atuar com movimentos voltados para a população afrodescendente como a Associação Cultural do Negro, responsável pela realização de atividades musicais e literárias, sendo diretor do Departamento de Cultura e OS jornais da imprensa negra Novo Horizonte, Níger e O Ébano. Na década de 70 passa a escrever romances com personagens afrodescendentes e sobre a cidade de São Paulo com seus paradoxos, ilusões e discriminações.

Algumas obras: “15 poemas negros”, “O carro do êxito”, “O estranho”

20. Plínio Camillo | Ribeirão Preto, SP, 1960

Plínio é formado em Estudos Linguísticos pela USP, é ator, educador social e também trabalha na área da comunicação. Seu primeiro livro, “O Namorado do Papai Ronca”, destinado ao público infantojuvenil, foi premiado pelo PRoAC e inovou ao utilizar a linguagem das redes sociais. Camillo é ator, diretor e iluminador e reconhece a importância da vivência teatral em sua narrativa literária. Seus temas são contemporâneos e abordam aspectos políticos, artísticos, sociais, sexuais e diferenças étnicas. O escritor colaborou com a Revista Córrego, participou de coletâneas, mantém um blog e tem um importante trabalho no incentivo da literatura negra.

Algumas obras: “Coração Peludo”, “Outras vozes”, “Luiza”

Menção Honrosa:

“Cadernos Negros”

Desde 1978, com quarenta volumes, um livro por ano, esta série tornou-se um marco e é referência sobre a literatura negra no Brasil.  Organizada pelo grupo Quilombhoje e baseada na lei 10639/ 1145, que garante o ensino da cultura negra no país, a obra abre espaço para autores e autoras afrodescendentes publicarem suas visões de mundo e experiências sociais e pessoais em contos e poemas e afirmarem o importante lugar da literatura periférica. Alguns volumes da série estão disponíveis na Biblioteca Caio Fernando Abreu, situada na rua Condessa São Joaquim, 277, Bela Vista, prontinhos para você retirar assim que o isolamento social não for mais necessário.

Fontes:

www.letras.ufmg.br/literafro/www.pliniocamillo.wordpress.comwww.geledes.org.brwww.wikipedia.org.bwww.scielo.brwww.fabiokabral.wordpress.comwww.jaridarraes.comwww.mskiusam.comwww.globaleditora.com.brwww.brasil2408.com.brwww.brasil.elpais.comwww.michelyakini.comwww.melduartepoesia.com.brwww.quilombhoje.com.br

Pequeno manual explica como fazer doações para Casa 1 via plataforma Benfeitoria

Com a necessidade da extensão do isolamento social para proteção individual e coletiva, a sustentabilidade financeira da Casa 1 se vê cada vez mais fragilizada, por isso se faz tão necessária a ajuda de todos e todas, em especial quando falamos da prática do financiamento coletivo recorrente, ou seja a contribuição financeira mensal feita pelas pessoas. E aí que entra a Benfeitoria, a plataforma que a Casa 1 utiliza para fazer a arrecadação.

Para não ficar nenhuma dúvida de como colaborar preparamos um pequeno manual caso você tenha interesse em contribuir.

Como funciona?
Você entra no site  da plataforma, onde verá uma breve introdução da Casa 1 com um vídeo bonitinho do Iran Giusti, fundador do projeto, explicando toda a estrutura da casa, como funciona o financiamento coletivo e abaixo um texto descritivo, além de gráficos e recompensas para determinadas contribuições:

 

Se você curtiu tudo que leu e decidiu contribuir basta escolher na coluna à direita do site um valor para fazer a doação recorrente, isso quer dizer, todo mês. Ainda na coluna você consegue acompanhar a meta de arrecadação e quanto já está sendo doado por outras pessoas. Essa é uma forma de acompanhar de forma transparente o montante arrecadado por doações de pessoas físicas.

Selecionado o valor desejado, vai aparecer uma telinha perguntando se é pessoa jurídica ou física e se deseja logar com os dados da sua conta no Facebook ou com um e-mail e senha do Benfeitoria. Feito o login, chega a hora de incluir os dados pessoais e endereço de residência para facilitar a identificação e em seguida os dados do cartão de crédito, podendo ser dessas bandeiras: American Express, MasterCard e Visa, para que o valor seja descontado a cada mês. O pagamento poderá ser feito via cartão de crédito ou PayPal caso tenha conta lá.

Daí depois dessa tela, o Benfeitoria vai reconhecer o pagamento e irá te notificar se tudo deu certo. É bem tranquilo e caso fique apertado e queira suspender sua contribuição basta ir na sua conta da plataforma e cancelar.

É importante lembrar que o sistema é muito seguro e as transações são feitas pelo Pagarme, empresa especializada em soluções de pagamentos online, com uma sofisticada tecnologia. A plataforma utiliza o recurso de checkout transparente onde todos os dados de pagamento são transmitidos diretamente para os servidores do Pagarme e não ficam armazenados nos servidores da Benfeitoria ou da Casa 1, ou seja, só a empresa especializada pelo débito do cartão de crédito tem acesso aos dados.

E se não tiver cartão de crédito ou então quer fazer uma doação pontual?

Nesse caso você pode fazer uma transferência direta para conta corrente da Casa 1 (única vez ou programando uma transferência mensal no débito automático) ou depósito na conta abaixo e enviar um e-mail com o comprovante de depósito/transferência para o centrocasaum@gmail.com.

Banco Itaú
Agência: 0251
Conta Corrente:  13.581-0
CNPJ: 29.150.382/0001-11
Centro de Acolhida e Cultura LGBT Casa 1

E é claro, para quem contribuir com valores entre 10 e 140 reais recebe periodicamente um agradecimento nas nossas redes sociais e um boletim das nossas atividades via e-mail. Já quem preferir pela contribuição acima de 150 reais, vai receber em casa todos os meses uma obra de um artista  LGBT parceiro da Casa 1.

Caso tenha alguma dúvida, é só entrar em contato com nós através do Facebook ou e-mail! <3