BLOG

Iane Gonzaga exalta amor entre mulheres pretas em single “Como Você”

Com influências do Afropop e Samba-reggae, música apresenta rotina de afeto entre mulheres, no mês em que se comemora a visibilidade lésbica.

Com uma mistura Afropop e suingada, a multiartista baiana Iane Gonzaga lança seu novo single “Como você”. A música, que vem acompanhada de um visualizer, retrata o romance entre duas mulheres pretas, passando pelos múltiplos afetos no cotidiano da vida em casal. Do prazer em acordar juntas à saudade gerada durante a correria do trabalho, a artista passeia pela rotina de duas mulheres que trocam gestos de amor, incentivo e cumplicidade. O lançamento acontece através do Selo Coliga Produções  e tem apoio da plataforma Novíssimos Labs. A música já está disponível nas plataformas de áudio.

SOBRE IANE GONZAGA 

Natural de Salvador-BA, Iane vem se projetando como potência da nova MPB, em diálogo com o movimento Afropop, que firma essa encruzilhada entre referências afro-urbanas mundiais e elementos rítmicos ancestrais. Sua identidade musical traz células dos toques de matriz africana, do reggae produzido no recôncavo baiano, do forró, maracatu, samba-rock e samba-reggae. Nomes como Djavan, Chico César, Alcione, Elza Soares, Edson Gomes, Tim Maia, Luiz Gonzaga, Chico Science e a música produzida pelos blocos afro-baianos, estão presentes em sua formação e influências musicais.  

O gosto pela música vem de casa, onde acompanhava seu pai nas rodas de samba do bairro em que cresceu, São Marcos, lugar que considera seu berço como musicista. Em 2004 ganha o primeiro violão e logo entra para o Curso Livre de Violão Popular na UFBA. Em pouco tempo surgem as primeiras composições e os primeiros passos na carreira de cantora, circulando voz e violão nos movimentos de barzinho, com um repertório da MPB. Passa por alguns projetos musicais, como vocal e percussão, na Banda Lama e Banda Mahatma e em 2016 integra a Orquestra de Violões da NEOJIBA. Em 2016 viajou cinco estados brasileiros como instrumentista no show “Josyara Perambulante”, da artista Josyara. Em sua formação como musicista, destaca ainda a participação no projeto Universo Percussivo Baiano em 2018, ministrado pelo mestre e maestro Letieres Leite. 

Em 2021 lança seu primeiro Ep, intitulado ‘Territóriamente’, consolidando seu trabalho autoral. O trabalho teve boa repercussão pela crítica, ficando entre os melhores álbuns de 2021 pelo site El Cabong. Além disso, a faixa “Zabumba Meu Boi” foi indicada no Festival de Música Educadora FM 2021. Vem circulando esta obra em diversos espaços, como o Festival FALA 2022, Festival Batida das Pretas, espaço Colaboraê, chegando a abrir o show da artista Bia Ferreira em Salvador-BA. É também coidealizadora da plataforma musical Batida das Pretas, com foco no fortalecimento da cena independente de mulheres negras e indígenas.

Como já é marca do seu trabalho autoral, a artista traz uma linguagem popular e repleta de baianidade, que fala do amor entre um casal homoafetivo com muita sutileza e sedução ao mesmo tempo. “A música narra uma noite à dois, apresentando uma troca afetiva e sexual, além dos sentimentos e sensações que estão envolvidos quando estamos apaixonados e só pensamos em estar perto da pessoa amada”, ressalta Iane

A música tem influências rítmicas do afrobeat, samba-reggae e traz toques de percussão inspirados nos blocos afro, além dos arranjos que seguem a linha do maestro Letieres Leite. Como forma de fortalecer o aquilombamento na música baiana, o single conta com um time de primeira formado por musicistas e músicos negros, e em sua maioria periféricos. “Como você” conta com Felipe Guedes na bateria e trompete; Lucas Maciel na percussão; Riane Mascarenhas no baixo; Jordi Amorim nos teclados, violão, guitarra, programações, arranjo, captação e mixagem; e Richard Meyer na captação e masterização.

Potência da nova MPB e do movimento Afropop, Iane Gonzaga é cantora, compositora e musicista. Nascida e criada na periferia de Salvador, em São Marcos, foi lá que desenvolveu o gosto pela música, acompanhando seu pai nas rodas de samba do bairro. A artista carrega na sua identidade musical a marca da sua ancestralidade, através dos toques de matriz africana, além da paixão pelos instrumentos de corda. Em sua trajetória artística vem se destacando em espaços de notoriedade, como a Sala do Coro do TCA, o Festival FALA 2022, Festival Batida das Pretas, espaço Colaboraê e Orquestra de Violões da NEOJIBA. Em 2021 lançou seu primeiro EP “Territóriamente”, que entrou para lista de melhores álbuns de 2021 pelo site El Cabong. Além disso, a faixa “Zabumba Meu Boi” foi indicada no Festival de Música Educadora FM 2021. 

Foto de capa: Jailton Souza

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

Notícias Relacionadas

Marina Lima celebra sua carreira em show único na Casa Natura Music...

Premiado filme espanhol, “20.000 espécies de abelha” se...

10 formas de saber mais sobre Libras e a comunidade surda

“Amor e outras Revoluções”, peça inspirada em obra de b...

28ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que acontece dia 2 de jun...

Conheça o Clube do Livro “Pomar”, o clube de leitura da...

16 indígenas LGBTQIAPN+ para seguir no instagram e ter muito orgulho

Coletivo AMEM apresenta “Ball: Isso é Baile”, na Fábric...

BICHADOS, da Cia. Artera de Teatro, faz temporada na Oficina Cultur...

Casa 1 realiza VII Feira de Empregabilidade Trans, Travesti e Não B...

Ball Vera Verão cria Vera Verso em sua sétima edição

Casos de violência contra lésbicas aumentaram 50% em oito anos, mos...