Por Lívia Batista
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou um marco significativo na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2023, ao incluir, pela primeira vez, questões relacionadas à identidade de gênero e orientação sexual da população. Movimentos sociais LGBTQIA+ vinham reivindicando essa inclusão desde 1992.
O debate ganhou força após a divulgação dos resultados da pesquisa iniciada em 2019, que questionou pela primeira vez a orientação sexual das pessoas. Esses resultados só foram publicados em 2022 e trouxeram à tona preocupações sobre subnotificação nas pesquisas do instituto. Em setembro do ano passado, grupos do movimento LGBTQIA+ se reuniram com o IBGE para discutir a necessidade de inclusão dessas perguntas. A partir desse encontro, foi criado um grupo de trabalho para propor as questões a serem incorporadas no questionário.
A partir de agora, os participantes da pesquisa terão a opção de selecionar sua identidade de gênero, escolhendo entre as categorias de mulher, mulher trans, homem, homem trans, travesti, não binário ou “outro”, caso sua identidade não esteja listada. A pesquisa também aprimorou as perguntas sobre orientação sexual, permitindo que os participantes escolham entre lésbica, gay, heterossexual, bissexual, outro, não sabe ou não quer responder.
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2023 teve início em 9 de outubro e está programada para visitar cerca de 133 mil domicílios em mais de 2,5 mil municípios em todo o Brasil. Os resultados estão previstos para serem divulgados no último trimestre de 2024.
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