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Jão diz que “Coringa” marca sua nova fase com menos sofrência e mais liberdade

Por Folha Press

Após dois álbuns de sucesso e hits como “Me Beija com Raiva” e “Louquinho”, o cantor Jão, 26, parece estar em uma nova fase. O artista, que lançou seu novo single, “Coringa”, dia 24, diz que está em um raro momento em que se sente bem consigo mesmo, e que isso pode ser visto em suas músicas.

“Meus álbuns são como fotografias sobre o que eu quero expressar. Nenhum artista é triste ou feliz o tempo todo”, afirma ele, que diz estar deixando um pouco de lado o ritmo que o consagrou: a sofrência do pop. “Quero celebrar quando estou bem e ser vulnerável quando estou triste”, completa.

A nova faixa -“inspirada na carta do baralho, e não no anti-herói”, brinca ele- foi produzida por Jão em parceria com Paul Ralphes, que já trabalhou com Skank, Jota Quest e Kid Abelha e esteve no último trabalho do cantor, “Anti-Herói” (2019), e com Zebu, produtor também de Anitta, Pabllo Vittar e Luísa Sonza.

Inspirada no pop dos anos 2000, a faixa fala sobre um amor desapegado, “um amor livre”, segundo o cantor. Ele revela que de início não gostou da música, “eu disse: ‘está ruim, vamos partir para outra coisa'”, relembra. Mas que após ouvir repetidas vezes sentiu que era um trabalho que precisava ser lançado.

Além do ritmo envolvente da melodia, o clipe também vem cheio de surpresas. “Dei um jeito de me comunicar pelas entrelinhas sem eles [os fãs] saberem”, revela. Na trama do vídeo, três personagens são acompanhados em um roubo e a relação deles desperta muita curiosidade no público. “Vou perguntar para eles no WhatsApp”, brinca Jão.

Quanto à produção, as gravações do clipe aconteceram no Rio de Janeiro, em um feriado, relembra o cantor. “Agora temos dinheiro para investir, então foi a primeira vez fazendo um clipe, aprendemos na raça”, comenta sobre a superprodução. “Foi um momento gostoso, que ficamos muito felizes”, finaliza.

“Coringa” vem para iniciar a construção de um novo álbum do cantor. “Eu não sei lançar músicas separadas de um projeto, para mim não funciona”, explicou, “é um disco, mas ainda é um feto”. Jão diz que a pandemia fez com que ele demorasse mais para começar um novo trabalho, por não conseguir fazer turnês, mas que agora irá focar mais na parte visual para manter o contato com os fãs.

Conhecido por cantar sobre seus sentimentos mais profundos, o artista conta que seu novo single vem de um lado diferente seu. “Coringa é pessoal, mas é mais visível, como uma superfície minha”, fala, “não é uma face que eu mostro sempre”. Porém, promete que em, seu novo álbum, a sofrência estará presente, assim como músicas para dançar, beijar e até mesmo chorar.

“Espero que seja meu melhor trabalho até agora, e que meu próximo projeto seja ainda melhor que esse”, diz. Ele fala que se pudesse resumir sua nova era em uma palavra seria “liberdade”. “Não sei como o disco vai ser no final, mas o que acontece agora é um sentimento de liberdade”, completa.

BBB SÓ NA IMAGINAÇÃO

Quanto às especulações de que o cantor estaria no Big Brother Brasil, ele confirma que, apesar de ter ficado longe das redes sociais no início do ano, não foi convidado a participar do reality. “Logo depois que a notícia saiu, minha mãe veio para me ajudar com a minha mudança. Ela saiu com uma mala e teve gente fazendo stories e dizendo que ela estava trazendo mala para eu ser confinado”, relembra.

Jão afirma que estava imerso na produção do seu trabalho, e que agora assiste ao BBB e já se imaginou na casa. “Eu sou um pouco competitivo”, conta. Ele também fala que gostaria de conhecer Gilberto e Juliette, que já falaram sobre o cantor e torciam para que ele fosse para a casa. “Gil e Juliette, quando saírem me liguem que a gente combina alguma coisa!”, afirma, “achei muito lindo eles falando de mim”.

Para o futuro, o artista quer focar em seu novo disco e comenta sobre uma possível carreira internacional: “É um pensamento para muitos artistas e eu seria mentiroso em disser que não almejo, mas sei todos os passos que tenho que seguir para por isso em prática”.

Esta é uma matéria da Folha Press, a agência de notícias da Folha de São Paulo, serviço contratado pela Casa 1.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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