Colaboração entre as artistas chega no dia 19 de agosto e aquece para o lançamento do disco “DOTADAS”
Após atingirem mais de 52 mil reproduções em “Travequeiro”, primeiro single da carreira das Irmãs de Pau, Vita Pereira e Isma Almeida se juntam a ninguém menos que Jup do Bairro para “Hermanas”. O single, que chega no dia 19 de agosto, tem produção assinada por BADSISTA (Linn da Quebrada, Jaloo), e finalizada por MU540 (MC Bin Laden, Kyan). Já o clipe, dirigido por Maloka Filmes, os mesmos produtores de “Travequeiro”, e com um mundo futurista 3D criado por Pedro Bazani e Jean Petra , chega no dia seguinte, 20, e conta com o styling das Irmãs assinado por João Ribeiro, responsável pelos figurinos de Pabllo Vittar, e MEMBRANA vestindo Jup do Bairro.
“Somos fãs da Jup desde a adolescência, ela é uma das nossas maiores referências, ainda está caindo a ficha que vamos lançar nosso segundo single com ela”, Isma compartilha. Além de “Hermanas”, as artistas estiveram recentemente ao lado de Jup do Bairro na line up do evento de 8 anos da lendária festa paulistana Mamba Negra no último dia 7. “Conheci a Jup por volta de 2014 e 2015, e logo fiquei apaixonada”, conta Vita. “Acompanho seu corre todo, e hoje compartilhar nosso single com ela é mais que uma realização. Acredito que o Brasil não merece Jup del Bairro e muito menos Hermanas de Pau”
“Hermanas” aquece o público para o aguardado lançamento de DOTADAS, primeiro disco das Irmãs de Pau que chega em setembro. O projeto irá trazer sonoridades do funk, trap, dancehall, e pop, além de colaborações e clipes inéditos.
Mas afinal, quem são as Irmãs de Pau?
As Irmãs de Pau são uma dupla musical composta pelas multi artistas Isma Almeida e Vita Pereira. A partir de influências e ritmos transpretos, sobretudo o funk, constroem e destroem as narrativas do que é ser travesti no Brasil. As artistas usam da música para expressar suas inquietações enquanto travestis negras da periferia.
A dupla teve início no início de 2021, lançando o primeiro single “Travequeiro”, que já acumula mais de 52 mil plays nas plataformas digitais. A repercussão do lançamento chegou até nas telas da Rede TV, no programa Trace Trends, e da MTV Brasil, quando as artistas tiveram o clipe da música tocando durante os comerciais na emissora. Além disso, as Irmãs apresentaram o Pocket Show “Atravecamentos” no Festival Bixanagô, e recentemente, acabaram de lançar seu primeiro grande show na edição online da lendária festa Mamba Negra.
As gatas também já saíram em diversos portais de notícia como Alma Preta Jornalismo, Casa1, Revista VOXX e muitos outros. Atualmente as artistas estão imersas na produção do seu primeiro álbum DOTADAS, que será lançado em setembro.
Leia aqui a entrevista que elas deram para a Casa1 “Nós não somos irmãs de paz“.
Vita, nascida em Minas Gerais e atualmente morando em São Paulo, é filha de doméstica e carpinteiro. Com mais de 25 prêmios no cinema colecionados, participou de mais de 70 festivais de cinema nacionais e internacionais com as celebradas produções Perifericu (2019), Picumã (2020), entre outras. A artista, formada em Pedagogia pela UNESP, atualmente é uma das diretoras da série da Globoplay 40m² (2020), e não para por aí: também é organizadora e produtora Festa TR4V4D4, de Araraquara, que já recebeu nomes como Jup do Bairro e Luana Hansen, já integrou a coletividade CASIXTRANHA, participou da peça Madame Satã dos Grupo dos Dez, e muito (muito) mais.
Isma, crescida na periferia de São Paulo, é má influencer, militante das questões de raça, classe, gênero e sexualidade. Também é multiartista, trabalhando com dança, música, DJ, produção cultural entre outras linguagens. Trancista desde os 18 anos, está nos principais circuitos de artes de Uberlândia, sendo dona do celebrado Baile da Cuceta, espaço exclusivo dedicado a cultura preta, de quebrada e travesti, além de ter lançado as faixas “Travesti Maconheira” e “Vem Fud*”, que hoje coleciona mais de 7 mil visualizações no YouTube. Isma é formada em Secretariado (ITB), passando pelo cursinho popular na FE-USP, e atualmente cursando Pedagogia (UFU), em que realizou a pesquisa de iniciação científica intitulada “A descolonização do pensamento nos terreiros de Uberlândia – MG”.