No dia 26 de junho a Casa 1 recebeu para uma live, Symmy Larrat, presidenta da ABGLT, (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos) e a primeira travesti a ocupar a função de coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Paraense formada em comunicação social, Symmy ainda foi coordenadora do programa Transcidadania, da Prefeitura da Cidade de São Paulo dentre muitas outras atuações como ativista e militante pela causa LGBT.
Uma das figuras centrais e potentes do movimento atualmente ficou online as 19h da sexta feira (dia 26/06) que antecedeu o dia do Orgulho LGBT (28/06), para comandar a aula aberta intitulada: “Para Derrotar o Fascismo: Organizar e Lutar por Direitos LGBTQ+”.
Um dos primeiros temas foi justamente sobre a importância do orgulho e todas as ações que reforçam a identidade e vivência de uma pessoa LGBT, uma vez que o Fascismo se alimenta do medo de tudo que desvia da tradição e costume de uma sociedade dominada pelo Patriarcado, pela Binariedade e suas relações abusivas de poder, apontando como o alvo todos e todas que se desviam desses padrões.
A aula seguiu e foram abordados temas como a imposição da solidão que atinge a comunidade LGBT, principalmente em tempos de Coronavírus, e a importância da organização em coletividade, seja ela politico partidária, voltada ao desenvolvimentos de projetos, associações e casas de acolhida, ou até mesmo festas, canais de You Tube, times de futebol. “O importante é estarmos juntes!”, afirmou normalizando cada vez mais nossas vivências e diálogos, nos comunicando para além de nossa bolha e combatermos a ignorância que culmina no fortalecimento do Fascismo.
Symmy também destacou a importância de não nos atentarmos somente à pautas específicas, mas que ecoemos também as pautas estruturantes como moradia, acesso a informação e renda básica por exemplo. Em ano de eleição, o tema também não escapou de alguns debates, como a problemática da prática de “laranjas” em partidos políticos que usufruem do capital político de pessoas LGBT para aumentar o número de votos sem dar algum suporte significativo para a candidatura, e por isso a importância de apoiarmos candidatos e candidatas da comunidade, que muitas vezes não tem investimento significativo, seja com votos, divulgação, trocas e informações e experiências.
Por fim, falando do cenário de Pandemia, comentou sobre ansiedade, saúde mental, mas também sobre as possibilidades de comunicação que estão sendo exploradas e que podem ser voltados à luta, à organização, combate e fortalecimento da coletividade.
Esses e mais alguns temas que foram debatidos na aula que você pode assistir abaixo: