No dia 19 de abril, celebramos o Dia dos Povos Indígenas. Ao longo dos anos, o movimento LGBTQIAPN+ vem se defrontando, ainda que a passos lentos, com as urgências das muitas intersecções que cruzam as orientações afetivo-sexuais e identidades e expressões de gênero, como raça, classe, etnias, capacitismos, etc.
Neste sentido, é possível observar ao longo da história um espaço restrito para as pessoas indígenas (tanto as que vivem em aldeias quanto as que moram em centros urbanos) dentro do movimento LGBT, visto que, dentre outros motivos, o estereótipo “índio” mal foi superado.
A luta LGBT precisa se voltar para os indígenas gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, etc. porque estes carregam consigo pautas e problemáticas específicas que precisam entrar na agenda do movimento. Mas não só: estes são corpos duplamente marcados pelo preconceito e consequentemente sujeitos à violências e precarizações. E quando o movimento LGBT compreende pessoas indígenas para dentro do movimento, ele passa a ampliar a sua rede de luta e proteção, aperfeiçoando estratégias políticas e se conectando à outras frentes que têm muito a nos ensinar. LGBTs e indígenas são duas lutas que, quando juntas, se fortalecem simultaneamente.
Com esta reflexão em mente, decidimos listar algumas pessoas indígenas LGBT que estão presentes no Instagram para a gente seguir, trocar conhecimento e aprendizados e ter muito orgulho. Olha só:
Danilo Tupinaky’îa
Geni Núñez
UÝRA
victor reiz
Yakecan Potyguara
Mateus Tremembé
Kiga Boé
Katu Mirim
Samuel Luz
Eriki Miller
Auá Mendes
Bruna Kariú
Amarú Pataxó
Niotxaru Pataxo
Deborah Martins
Kaê Guajajara
Foto de capa: Juliana Pesqueira/Proteja Amazônia/Apib
**Post em colaboração com Carolina Castanho, educadora da Casa 1, e publicado originalmente no dia 28 de junho de 2020**