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Festival BixaNagô chega a sua 3ª edição reunindo arte periférica LGBTQIA+ e debate sobre ISTs

Em 2022, evento positHIVo está de volta com muita música, arte digital e cultura urbana, pronto para debater HIV, AIDS, negritude e a saúde da comunidade LGBTQIA+ nas periferias

A 3 ° edição do Festival BixaNagô chega em 2022 com uma programação com shows, DJ’s, artistas digitais e mesas de debate ocupando o centro da cidade nos dias 11 e 13 de agosto. O evento, que desde 2015 realiza ações culturais e debates sobre ISTs com a população LGBTQIA +, nesta nova edição tem como tema “Territórios de cuidados”.

Durante os três dias de Festival, o público vai contar com uma programação recheada de atrações imperdíveis! Apresentações musicais e de arte digital, todas conectadas ao universo de cultura urbana negra LGBTQIA+ e a pauta de infecções sexualmente transmissíveis (IST ‘s), especialmente o HIV e AIDS.

O Festival propõe o debate com o público, através de uma campanha de comunicação e a realização de mesas de debate. Esses momentos pretendem promover trocas sobre prevenção combinada a ISTs, autotestagem, práticas de acolhimento e cuidados.

Em anos anteriores, o BixaNagô impactou pelo menos 20 mil pessoas em suas diversas ações e plataformas, com 1.500 pessoas presenciais nos shows, workshops e mesas.

Durante a pandemia, o festival aconteceu de forma online por conta das medidas restritivas, mas volta com tudo ao presencial em 2022.

Programação

O BixaNagô inicia os trabalhos no dia 11 com uma intervenção de projeção do coletivo Coletores, na Rua Augusta. Os dois dias seguintes (12 e 13) estão reservados para atividades presenciais na Aparelha Luzia, com apresentações musicais, artes visuais e mesas de debate. Entre as atrações já confirmadas estão os cantores Sol na Voz, Brisa Flow e Sodomita, da cena underground de São Paulo. Novos convidados serão anunciados em breve.

A realização do Festival BixaNagô é possível por meio de edital da coordenadoria de IST/AIDS de São Paulo. A produção fica a cargo de Ezio Rosa, Marcelo Morais, Carla Zulu, Cassia Sandoval e Julieta Regazoni.

Vidas negras e cultura LGBTQIA+ em foco

O Festival levanta temas muito relevantes em um contexto especialmente crítico para a juventude negra e LGBTQIA+ no campo da saúde e da vida em sociedade. Segundo a Organização das Nações Unidas, a prevalência de pessoas que vivem com o vírus no Brasil dobrou nos últimos 20 anos. Em 2002, 0,3% da população entre 15 e 49 anos tinha a infecção pelo vírus. Agora, são 0,6%.

Somado ao cenário de risco sanitário, também pipocam no noticiário nacional o crescimento da violência policial nas periferias, em especial nas grandes metrópoles. A violência racista institucional se junta aos gravíssimos dados de mortalidade de pessoas LGBTQIA +. Em 2021, o Brasil registrou 300 ocorrências de mortes violentas de pessoas LGBTQIA +, um aumento de 8% em relação a 2020. O país teve uma morte a cada 29 horas, sendo o Brasil o país que mais mata membros da comunidade em crimes de ódio por ano.

O BixaNagô toca em todos esses temas ao aliar arte, cultura e trocas. Valoriza a vida da juventude periférica e sua cultura ao mesmo tempo que celebra a diversidade sexual e de gêneros. Debate racismo, machismo e LGBTfobia sob a ótica das margens urbanas.

Serviço

Festival BixaNagô 2022: Territórios de cuidados
Quando? 11, 12 e 13 de agosto.
Onde? Dia 11, projeção com o coletivo Coletores na Rua Augusta, nº 483. Nos dias 12 e 13,
a programação segue presencialmente na Aparelha Luzia, Rua Apa, nº 78, Campos
Elíseos.

Foto de capa:

Foto: Georgia Niara (Performance “Amor-Tecimento” de Renata Felinto – Festival Bixa Nagô
2019)

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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