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Pesquisa do IBGE mostra impacto da LGBTfobia na autodeclaração

Pela primeira vez o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) perguntou a pessoas no território brasileiro como eles autodeclaram sua orientação sexual e afetiva.

A pesquisa foi divulgada hoje (25/5) e a entrevista conta com mais de 108 mil domicílios em todas as regiões do país.

Os entrevistados foram questionados sobre sua orientação sexual, com seis opções de resposta: heterossexual, homossexual, bissexual, outra, não sabe e recusou-se a responder. Cerca de 2,3% das pessoas questionadas escolheram não responder.

O IBGE não coletou informações a respeito da identidade de gênero da população e diz que está estudando metodologias para incluir o tema nas próximas pesquisas.

Apesar de ser um passo importante para a criação de políticas públicas específicas, os dados podem não retratar corretamente a população LGB+ do país, especialmente porque as pessoas que se autodeclararam para a pesquisa são pessoas que já são “assumidas”, como ressalta Artur Santoro, curador independente, pesquisador de histórias e culturas afro-brasileiras e diretor de projetos na festa Batekoo.

O jornalista Renan Sukevicius, também trouxe pontos importantes para o debate:

As perguntas sobre orientação afetiva e sexual foram colocadas na PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) de 2019 a pedido do Ministério Público Federal. O MPF entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal para que os campos sobre identidade de gênero e orientação sexual fossem adicionados no questionário do estudo .

Para o órgão, a limitação na identificação desses grupos impede a formulação de políticas públicas específicas.

A pesquisa completa pode ser consultada aqui.

Foto de capa: Divulgação

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