E seguindo firme e forte no isolamento social, nós da Casa 1 estamos fazendo o possível para criar conteúdos para ajudar a ficar em casa. Nesse post, a coordenadora da Biblioteca Caio Fernando Abreu, a biblioteca comunitária de Casa 1, Denise Pires, selecionou com a ajuda professora de português pela PUC e FFLCH, Anna Luíza Pires e dos livros “História Concisa da Literatura Brasileira” de Alfredo Bosi, e “Formação da Literatura Brasileira” e “Iniciação à Literatura Brasileira” de Antonio Candido, 18 títulos que estão em domínio público que podem ser lidos gratuitamente:
“Saudades” – Casimiro de Abreu
Casimiro de Abreu foi um poeta da segunda geração do Romantismo (1820) e se popularizou tanto no Brasil quando em Portugal pela linguagem simples e espontaneidade. Suas obras abordavam saudade da terra natal e claro, o amor. Acesse o livro aqui.
“Cinco Minutos” e “A Viuvinha” – José de Alencar
Os dois livros foram escritos no começo da carreira de um dos escritores mais famosos da literatura brasileira. Ambos são bem folhetinescos curtinhos. Para ler “Cinco Minutos” clique aqui e “A Viuvinha” aqui.
“Espumas Flutuantes” – Castro Alves
Outro dos “românticos”, o baiano Castro Alves é um dos mais reconhecidos autores e poetas do Brasil, mas ao contrário dos colegas da época, sua produção tem um forte teor político, chegando a ser chamado de “poeta social, humano e humanitário”. “Espumas Flutuantes” pode ser acessando esse link
“Eu”- Augusto dos Anjos
A escrita de Augusto dos Anjos é tão especial que críticos e estudiosos inclusive não conseguem entrar em um consenso de qual movimento fez parte, porém o que todos afirmam é que um dos poetas mais críticos do seu tempo, focando suas críticas ao idealismo egocentrista da época. Você pode acessar o livro aqui.
“Uns Braços” – Machado de Assis
Se “Don Casmurro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” lutam eternamente entre si para ser reconhecido como o maior livro de Machado de Assis, “Uns Braços” entra no páreo como seu melhor conto, sobre um beijo que talvez tenha acontecido ou não. Leia o livro aqui.
“O Cortiço” – Aluísio Azevedo
Um dos principais nomes do Naturalismo, Aluísio Azevedo entrou para história contando a história dos chamados “tipos sociais”. Um dos destaques de “O Cortiço” é ter em sua trama um dos primeiros personagens homossexuais da literatura brasileira . Você pode acessar aqui.
“Noite na Taverna” – Álvares de Azevedo
Da mesma geração de Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo é conhecido como poeta da dúvida, tendo em vista que a sua obra é bem voltada para seu interior. Mesmo com uma obra relativamente grande (quatro livros e uma dezena de poesias), não chegou a ver nada publicado, tendo em vista que faleceu jovem, aos 20 anos. Leia o livro aqui.
“Via Láctea” – Olavo Bilac
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Olavo Bilac é considerado o principal representante do parnasianismo, movimentos que tem como principal característica a poesia. Confira o livro completo aqui ou então acompanhar o livro por um aplicativo (pago) lindinho demais que ganhou um prêmio Jabuti em 2015.
“Sonetos” – Luís de Camões
Riquíssima em antíteses e metáforas, a escrita de Camões o tornou talvez o mais conhecido e reconhecido autor da língua portuguesa. E com certeza em algum momento da vida você já teve acesso a trechos dos Sonetos, como o clássico “Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente”. Veja o livro aqui
“Canção do Exílio” – Antônio Gonçalves Dias
Também da geração romântica, porém da primeira, Antônio Gonçalves Dias é da tradição literária conhecida como indianismo. Canção do exílio foi escrito quando o maranhense estava em Portugal e é uma ode ao Brasil. Outra obra que provavelmente você já teve acesso ao longo da vida pelo trecho: “Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá” .Você pode acessar o livro aqui.
“Viagens na Minha Terra” – Almeida Garrett
Talvez o menos célebres dos autores portugueses dessa lista, Almeida Garret é considerado um dos mais inovadores. “Viagens na Minha Terra” é conhecida como uma obra única no Romantismo português e um documento de referência para entender a decadência do império português. Leia aqui.
“Poemas” – Alphonsus de Guimarães
Um tanto sombrio, Alphonsus de Guimarães traz a morte em praticamente toda a sua obra, a obsessão se deu pela morte de uma prima pela qual foi apaixonado. Sua poesia é bastante musical e apesar da temática, fala bastante de amor. Leia o livro completo aqui.
“A Tempestade” – Alexandre Herculano
O português Alexandre Herculano ficou bastante conhecido por abordar a história em seus escritos, característica essencial levando em conta o peso político de sua obra. “A Tempestade” é um pequeno livro de poesias de apenas 3 páginas. Para ler clique aqui.
“O Noviço” – Martins Pena
Considerado o Molière brasileiro, o dramaturgo Martins Pena era da turma do humor e com muita ironia. Em “O Noviço”, conta a história de um jovem que tenta fugir de um seminário que foi posto a forças. Leia o livro completo aqui.
“A Cidade e as Serras” – Eça de Queirós
O último livro de Eça de Queirós, foi publicado postumamente, o que fez com que não passasse pela criteriosa (e conhecida) revisão metódica do autor e nem assim deixou de ser um grande livro, inclusive considerado um dos melhores do português. Você pode ler aqui.
“O Mercador de Veneza” – William Shakespeare
Considerado por muitos como o melhor autor do mundo, Shakespeare não podia ficar de fora. Em “O Mercador de Veneza” temas ainda hoje tão atuais como discriminação racial, intolerância e violência são apresentados de forma sublime. Leia aqui
“Auto da Barca do Inferno” – Gil Vicente
Uma preciosidade, o “Auto da Barca do Inferno” é o primeiro de uma trilogia. No primeiro volume, um porto imaginário conta com duas barcas, uma do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu companheiro, e uma da Glória, que traz um Anjo. Ambos julgam uma série de figuras (um fidalgo, um frei, um sapateiro e por aí vai), avaliando quem embarca para o céu e quem embarca para o inferno. Você pode acessar completo aqui.