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Acervo Bajubá participa da exposição “Memórias de Uma Epidemia” do Museu da Diversidade Sexual

A mostra registra e celebra as vidas impactadas pela epidemia de HIV/AIDS  e as resistências de pessoas e de grupos organizados

O Museu da Diversidade Sexual, (MDS), instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigxs da Arte, comemora o mês do Orgulho LGBTQIA+ com a abertura virtual da exposição Memórias de uma epidemia pelo Google Arts & Culture, em parceria com a Parada do Orgulho LGBTQIA+. O evento acontece no dia 25 de junho, às 17h.

Neste mês, o tema da 25a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo teve como temática HIV/Aids: Ame+, Viva+, Cuide+. Há cerca de quarenta anos, foram notificados os primeiros casos de infecção pelo HIV no Brasil. Com o intuito de rememorar a história da epidemia da Aids no país, e como parte das comemorações do mês do orgulho, o Museu da Diversidade Sexual, em parceria com a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e o Acervo Bajubá, lança a exposição Memórias de uma epidemia  pela plataforma Google Arts and Culture. Esta iniciativa registra e celebra as vidas impactadas pela epidemia e as resistências de pessoas e de grupos organizados frente ao seu avanço, assim como os desafios para o seu enfrentamento no presente.

Com curadoria de Remom Matheus Bortolozzi e Matheus Silva e arte de Bruno O. e Uno Vulpo, a exposição é composta por quatro fragmentos que serão lançados em momentos distintos, perpassando os seguintes temas: as imagens da Aids na mídia, a luta da sociedade organizada e dos coletivos de solidariedade, as respostas públicas e os aprendizados no enfrentamento à epidemia e as produções estéticas do HIV/Aids.

No dia 25 de junho será lançado o primeiro fragmento, “Imagens da aids e mídia”, que mergulha em memórias das caras da aids pela mídia ao longo das quatro décadas da epidemia. Sendo uma epidemia anunciada, antes de ter casos de infecção notificados no país, foi a imprensa que apresentou a aids ao grande público. Ao mesmo tempo em que a imprensa estigmatizou pessoas e comunidades que se tornaram os rostos da aids, foi também através dela que essas comunidades denunciaram e aprenderam a criar imagens alternativas de si. Por entre jornais, revistas, boletins e mídias digitais, a exposição aborda essas mudanças nas faces do HIV/Aids, atravessadas por conservadorismos, apagamentos, críticas, resistências e a emergência do orgulho positivo.  A denúncia da discriminação e a disputa de representações e narrativas é parte dos aprendizados da resposta a aids. As memórias vivas são formas de não desperdiçarmos essas experiências para melhor enfrentar desafios atuais, em especial em meio a pandemia da COVID-19.

SERVIÇO 

O que? Abertura da exposição Memórias de uma epidemia: Imagens da aids e mídia

Quando? 25 de junho, às 17h- dia do orgulho da LGBT+

Onde? Nas redes sociais do Museu da Diversidade Sexual e na plataforma Google Arts & Culture

SOBRE OS CURADORES

Remom Matheus Bortolozzi é membro fundador do Acervo Bajubá, doutor em Saúde Coletiva (USP), mestre em Educação (UnB), psicólogo (UFPR) e especialista em gênero e sexualidade (UERJ).

Matheus Silva é assistente de projetos e membro da diretoria na Associação da Parada do Orgulho LGBT de SP (APOLGBT-SP).

SOBRE O ACERVO BAJUBÁ 

O Acervo Bajubá é uma projeto de preservação, salvaguarda e instigação historiográfica da arte, memória e cultura LGBT+ brasileiras.

Começou em 2010, com um projeto de constituição de acervo. Depois, a iniciativa passou a se dedicar à tarefa de aquisição de obras de arte, livros, periódicos, LPs e CDs produzidos por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais brasileiras, ou que tematizem a diversidade sexual e a pluralidade de expressões de gênero no Brasil. Com investimento unicamente particular, o Acervo Bajubá contabilizou, no início de 2017, dois mil e quinhentos itens – ainda sem catalogação técnica. A construção desse acervo abre caminhos para a valorização de uma história subalterna, uma historiografia que se faz aos modos dos trapos bordados pelo artista visual Leonilson, por exemplo, e inscreve narrativas pessoais-políticas-amorosas desde fragmentos.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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