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NOTA DE REPÚDIO AO PL 504/2020

A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ vem novamente registrar sua indignação com relação à apresentação de mais um projeto LGBTfóbico na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Nos últimos dois anos alguns parlamentares têm apresentado projetos que nos tratam como seres abjetos e, desta vez, danosos às infâncias. Essa prática institucional da ALESP precisa ser combatida não só por nossa comunidade, mas pela população em geral. A institucionalização da LGBTfobia por um órgão estadual fere nossos direitos humanos, nossas cidadanias e existências. Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexuais e outras/os fazem parte da população do estado de São Paulo, recolhem impostos e deveriam ser protegidas/os pelos parlamentares e não objeto de projetos segregadores.

O PL 504/2020 trata as pessoas LGBTQIA+ como um mal a ser escondido. O PL deseja escamotear nossas existências. Desejam nos proibir de entrar na sala da “família brasileira”. O texto do projeto de lei nos atribui o lugar de “má influência” às crianças, que não estariam preparadas para lidar com “esse mal”.

Pessoas com expressão sexual divergente da heterossexualidade e aquelas e aqueles que se afirmam contra a designação compulsória no nascimento, também foram crianças e, seguramente, vivenciaram muito mais sofrimento.

Não é preciso ser LGBTQIA+ para lutar contra esse projeto. Pessoas LGBTQIA+ não são inadequadas, são seus parentes, vizinhas e vizinhos, pessoas que atendem no comércio, nos hospitais, juristas, garis, artistas, dentistas, pessoas que estão construindo suas casas, dirigindo em aplicativos, limpando e mantendo em ordem a cidade, cuidando e educando seus filhos. População que também sofre com a pandemia, com a miséria, com a solidão, também dão luz a novas vidas e lutam cotidianamente por este país.

Estão em todos os lugares, em todos os setores e não podem ser abolidas e tarjadas como influência negativa à formação das crianças.

O que os olhos não veem, o que a mídia não mostra, o que não está nos livros, continua existindo e reivindicando cidadania e humanidade.

Digam não ao PL 504/2020!

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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