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Casa1 e Sesc Avenida Paulista realizam “Oficina de Nomes”

Por meio de material impresso interativo, o público investigará temas relacionados às identidades e nomes, seu impacto no cotidiano e provocações sobre a realidade de pessoas trans e a questão da mudança no registro de seus nomes.

Além de oficinas abertas e um guichê de atendimento com o Poupa Trans para orientar pessoas que desejam fazer a retificação de nome e gênero a programação também conta com a presença de Renata Carvalho para uma conversa sobre o mito do corpo neutro do artistas e os corpos marcados na arte.

A conversa com Renata Carvalho visa trazer questões sobre saúde mental e empoderamento dos corpos dissidentes, identificando os marcadores individuais e coletivos, ampliando a consciência de possuí-los e, com isso, despertar o autoconhecimento, a autoestima, o cuidado, a importância do trabalho coletivo, o coexistir, as trocas de experiências e alianças.

Propondo um partilhamento interseccional sobre representatividade, as construções sociais, o imagético social do senso comum, estereótipos, arquétipos, narrativas viciadas e recreativas nas artes e partindo da subjetividade e vivência de cada corpo, a artista convida o público para dialogar /trocar/ experimentar com outros corpos que escapam da norma.

O corpo é instalação e obra, de abjeto à sujeito. A descoberta da interseccionalidade desses corpos, as narrativas que os aproximam e os afastam. Que corpos estão sempre em um não lugar? O não pertencer.

Renata Carvalho é atriz, diretora, dramaturga e transpóloga. É graduanda em Ciências Sociais e fundadora do Monart (Movimento Nacional de Artistas Trans) e do “Manifesto Representatividade Trans”. Como transpóloga (uma antropóloga trans), estuda o corpo travesti/trans desde 2007, quando torna-se agente de prevenção voluntária em ISTs, HIV/AIDS, tuberculose e hepatites pela secretária municipal de saúde de Santos, trabalhando especificamente com travestis e transexuais na prostituição.

Conversa com Renata Carvalho:

14/4, das 19h às 21h30
Aberto

Guichê de atendimento Poupa Trans
13/4 a 30/4
Aberto

Oficinas abertas:

Escrita criativa/Zine, com Gil Porto Pyrata
16/4, das 14h30 às 17h30
Espaço para exercício da escrita de maneira criativa, voltada para a produção de uma zine caseira coletiva. A oficina busca explorar as potências narrativas desse formato e provocar interações e construção de um material coletivo ao final da atividade.

Quadrinhos, com Ivo Puiupo e Nicholas Steinmetz
21/4, das 14h30 às 17h30
Nesta atividade o público utilizará métodos de experimentação para explorar as possibilidades gráficas e narrativas nos quadrinhos. Alunos produzirão material próprio durante o encontro e não é necessário que tenham experiência prévia com quadrinhos ou desenhos.

Ilustração, com Lune Carvalho
23/4, das 14h30 às 17h30
Por meio do desenho e da pintura, a proposta é desenvolver ferramentas de auto expressão através da criatividade e desenho, com exercícios práticos que estimulam a criação de elementos através de manchas, utilizando a imaginação.

Bordado, com Levy
30/4, das 14h30 às 17h30
Serão ensinados pontos básicos para bordado com linha: ponto atrás, ponto cheio, ponto corrente e nó francês. A partir dos pontos, serão criadas peças nos bastidores para objetos de decoração.

Gil Porto Pyrata trabalha como zineire, artista sonoro e performer, usando como instrumento a palavra, a poesia e a escrita. Como pessoa trans não binária, traz a pesquisa de uma escrita a partir do corpo para construção de narrativas contra hegemônicas.

Ivo Puiupo começou sua carreira nos quadrinhos em 2011. Sua obra habita as fronteiras da narrativa sequencial desenhada-escrita e suas interseções com a pintura, a fotografia, a produção de ateliê e por vezes torna-se também contra-sequencial.

Nicholas Steinmetz é formado em Design Gráfico pela PUCPR. Sua trajetória como artista se iniciou no mundo dos quadrinhos e das publicações independentes (zines) em 2018.

Lune Carvalho é ilustrador, trans masculino e bissexual. Pai de dois doguinhos, ama jogos e cultura nerd.

Levy é artista têxtil. Trabalha com costura, criando peças e dando aulas. Atualmente trabalha ministrando aulas de costura na Casa1 e em outros espaços. Ama gatos e pode dizer que seu hobby é deixar linhas de costura
por qualquer lugar que passa.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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