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Centro Cultural Vila Itororó, em SP, é inaugurado com oficinas e shows

O novo Centro Cultural Vila Itororó, localizado em área que mistura casas restauradas e em ruínas na Bela Vista (região central de São Paulo), foi inaugurado na sexta-feira (10) com uma programação especial e gratuita.

O Agora e a Folha anteciparam que o espaço, que já foi o lar de imigrantes, voltaria a ser usado como área de lazer e de cultura na reportagem “Vila Itororó é aberta ao público e ganha iluminação especial”, publicada no domingo (5).

Nesta sexta-feira, o complexo ganha iluminação cênica artística de Ligia Chaim, intitulado “Fonte de Luz do Itororó”.

“A ideia é valorizar, com a luz, toda essa arquitetura histórica e tombada dessas ruínas, das próprias casas restauradas, e manter esse espaço como um ambiente de observação”, afirmou a artista.

Em seguida, haverá um show do músico Jairo Pereira no Éden Itororó, logo na entrada do mais novo centro cultural da capital.

Já na área da piscina haverá a apresentação do Freebeats, projeto de música eletrônica com projeções de videoarte.

Amanhã, a programação da Vila Itororó estreia no circuito cultural paulistano dentro da Jornada do Patrimônio, que acontece neste sábado (11) e domingo (12) e reúne atividades variadas ligadas à memória da cidade.

O destaque vai para a reprodução do encontro entre Adoniran Barbosa e Elis Regina, em 1978, quando o artista levou a cantora para caminhar pelo bairro do Bexiga. Essa reunião histórica dos artistas será encenada na peça “Adoniran Reencontra Elis na Vila”, dirigida por Paula Klein e Georgette Fadel.

“Esse encontro é uma festa pensada para que o público cante, se divirta e traga muita energia boa para a reinauguração da Vila Itororó”, afirma Paula Klein.

A diretora conta que no espetáculo, entre canções consagradas, os intérpretes de Adoniran e Elis vão contando um pouco da história da região –e será reproduzida a visita dos artistas à Vila Itororó. “Eles farão desse encontro uma deliciosa atração para toda família.”

Com direção artística de Márcio Teles, o espetáculo “AMÕ – Encontro das águas” –que destaca diversas etnias indígenas da capital paulista, que em um ritual que envolve música, dança e outras manifestações dos povos indígenas–, leva para a Vila Itororó um ritual de encontro a partir das águas da nascente do rio Itororó.

Cinema na piscina

A piscina da Vila Itororó vai virar uma grande sala de cinema no Cineclube Éden, todas as quintas-feiras, às 19h. A programação dos filmes, assim como de outras atividades, não foi divulgada até a conclusão desta edição.

Restauração

Inaugurada em 1922 pelo comerciante português Francisco de Castro, a Vila Itororó foi a moradia de diversos imigrantes na efervescência da produção de café em São Paulo. Após a morte de Castro e de ser hipotecada por dívidas, a área entrou em processo de degradação, tendo seu auge nos anos 1980.

O espaço ganhou reconhecimento quando foi tombado em 2002 pela prefeitura e em 2005 pelo estado. Após anos de batalha, os moradores da área foram obrigados a deixar o local em 2011 e se mudar para apartamentos populares próximos da antiga moradia.

A Vila começou a ser restaurada em 2013, após parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e o Instituto Pedra.

Dois anos depois, o Centro Cultural Vila Itororó foi inaugurado e, por meio do projeto Canteiro Aberto, o espaço foi liberado para a visita do público que tivesse interesse em acompanhar a restauração do complexo histórico. Em 2019, parte das casas onde já viveram imigrantes foi aberta, e é nessas antigas residências que serão realizadas as oficinas e outras atividades do novo centro cultural.

Foto de capa: Folha Press

Fonte: Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo

SÃO PAULO, SP

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