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Symmy Larrat participa de evento com países da América Latina e Caribe sobre políticas regionais e dados sobre pessoas LGBTQIA+

Por Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

Entre os dias 25 e 29 de outubro, a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, liderou comitiva brasileira em Bogotá, na Colômbia, para participar do evento “Diálogo de Políticas Regionais: Diversidade e Dados na América Latina e Caribe”, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). No período, a gestora também realizou reuniões bilaterais com o governo da Colômbia.

A comitiva brasileira contou com integrantes da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), além de organizações da sociedade civil autocusteadas em agendas conjuntas. A atividade reuniu 22 países da América Latina e Caribe em reflexão sobre as necessidades de coletas de dados da população indígena, afro-americana, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQIA+.

No início da agenda, Symmy Larrat participou de painéis e palestras sobre a importância da coleta de dados a respeito de grupos populacionais diversos; as necessidades e uso de dados sobre pessoas LGBTQIA+ para formular políticas públicas; como avançar para a constituição de uma comunidade regional de prática sobre estatísticas LGBTQIA+; coleta de dados étnicos e raciais na região; metodologias e experiências na coleta de dados sobre pessoas com deficiência; e como avançar na formação de uma comunidade regional prática em estatísticas étnico-raciais.

Quantificação da população LGBTQIA+

Na ocasião, a representante do MDHC refletiu sobre a necessidade de incluir no censo da população as categorias de diversidade sexual, com a especificações “lésbica, gay, bissexual, assexual e identidade de gênero, com os campos: mulher, mulher trans, travesti, homem, homem trans e não binário”, para poder quantificar a população LGBTQIA+ no Brasil. A secretária Symmy Larrat (Foto: Clarice Castro)

“A viagem foi muito produtiva. Foi muito importante pois o governo da Colômbia, que está sob uma nova gestão, também criou uma pasta LGBTQIA+ específica no mesmo status de [nossa] secretaria, e nós trocamos experiências vislumbrando, no futuro, possível acordo de cooperação técnica nessa área”, afirmou a gestora.  

A titular da pasta LGBTQIA+ no Brasil também destacou a preocupação mútua para a criação de protocolos de segurança para o enfrentamento à violência dessa população. “Eles, assim como nós, têm se preocupado muito em criar protocolos de segurança pública e justiça que ajudem a combater a violência. O BID está nos apoiando com recursos humanos para a criação de um programa nacional de enfrentamento à violência”, antecipou.

Symmy também ressaltou a importância do investimento que o BID está fazendo na criação de um sistema de dados da população LGBTQIA+. “A gente começou a debater, sistemas de dados da população LGBTQIA+ sobretudo no campo do enfrentamento à violência e o Brasil vai ser um dos países que irá integrar esse sistema de informação”, afirma a secretária.

Além da comitiva brasileira, estiveram presentes no evento representantes da Argentina, Belize, Chile, Costa Rica, México, Panamá, Paraguai, Suriname e Uruguai.

Outras agendas

Com gestores locais, Symmy Larrat também participou, no dia 27, de uma reunião bilateral entre Brasil e Colômbia no Palácio da Vice-Presidência da Colômbia, que reuniu a gerência de Diversidade Sexual do país junto ao MDHC com a participação de representação da Embaixada do Brasil na Colômbia.

A agenda discutiu termos do memorando de entendimento, que tem como objeto e propósito estabelecer um mecanismo de diálogo bilateral por meio de projetos de cooperação técnica e política para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+.

Fechando as atividades na Colômbia, Symmy reuniu-se com o Conselho Consultivo LGBTQIA+ da Cidade da Colômbia, na Universidade do Rosario, onde trocaram informações sobre as realizações de conferência com a população LGBTQIA+ nas regiões.

Duas casas de acolhimento para a população LGBTQIA+, na cidade de Bogotá, também foram visitadas pela gestora: a Casa Dina Navarro e Casa Laura Weinstein, que oferecem serviços de alojamento, alimentação, lavanderia coletiva, cursos de artes, cursos profissionalizantes para população LGBTQIA+.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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