BLOG

Grandes programas e documentários para você desbravar os bastidores do teatro

Post feito em colaboração com Lívia Loureiro, arquiteta, cenógrafa e voluntária da Casa 1 e Iran Giusti, coordenador de comunicação da Casa 1.
Nós da Casa 1 entendemos bem o poder do trabalho coletivo, a importância de cada integrante do projeto para que possamos desenvolver o dia a dia do nosso trabalho. Com o teatro não é diferente: para além dos atores e atrizes que estão no palco aos olhos do público, as peças de teatro contam com uma equipe inteira de iluminadores, cenógrafos, figurinistas, diretores, dramaturgos, sonoplastas, técnicos de palco e mais.
Pensando nisso e dando continuidade ao assunto (fizemos esta lista com espetáculos para assistir online), decidimos reunir aqui  vários links de programas, séries, entrevistas e documentários que abordam o teatro pela perspectiva dos bastidores, mostrando assim o vasto campo de criação envolvido neste fazer.

ENTREVISTAS “LIGHTING STUDIO”

O “Lighting Studio” é uma série de entrevistas mega recente, organizada pelos iluminadores Guilherme Bonfanti e Chico Turbiane (ambos ensinam na SP Escola de Teatro) e vem entrevistando vários iluminadores e iluminadoras de teatro, abordando seus processos de criação, suas inspirações e principais trabalhos. Um material muito rico que está disponível neste link.

SÉRIE “ENSAIO ABERTO BRASIL”

A série mostra os vários processos de criação de seis companhias de teatro de diferentes estados do país: Comédia Cearense – Ceará, Grupo Galpão – Minas Gerais, Tá na Rua – Rio de Janeiro, Ói Nóis Aqui Traveis – Rio Grande do Sul, Teatro União Olho Vivo – São Paulo e Imbuaça – Sergipe. Neste link estão todos os vídeos da série.

Série “Teatro e Circunstância” do SESCTV

A série produzida pelo SESC propõe uma reflexão sobre as artes cênicas contemporâneas, seus diferentes aspectos sociais e sua relação com a cidade, à partir de entrevistas com atores, dramaturgos, diretores e profissionais do teatro brasileiro. A variedade dos vídeos aborda temas como dramaturgia, história do teatro, cenografia, processos de criação e muito mais.  No youtube ela é dividida em 2 grupos: “Teatro e Circunstância: Teatro Brasileiro” que tem 28 episódios e “Teatro e Circunstância: Teatro Paulista” com 26 episódios . Ou seja, bastante material para navegar e se aprofundar.

“Atos” da TV Brasil

O programa “Atos” é uma produção da TV Brasil e possui um formato diferente, o cenário é uma sala de teatro, e atores e atrizes são convidados para falar sobre suas formas de trabalho e também propor jogos e desafios teatrais. Os episódios estão disponíveis neste link

Cenografia: Hélio Eichbauer e Flávio Impédio

Dois dos mais importes cenógrafos da história do país, Flávio Império e Hélio Eichbauer marcaram suas gerações. Flávio Império foi cenógrafo, arquiteto, artista plástico e professor e trabalhou com cenário e figurino em montagens importantes para o teatro brasileiro como “Morte e Vida Severina” do Teatro Cacilda Becker (1960),  “Um Bonde Chamado Desejo” dirigida por Augusto Boal (1962), “Roda Viva” dirigida por José Celso Martinez Corrêa (1968) e muitas outras . No site oficial, é possível visualizar trabalhos e toda sua história, incluindo textos escritos por ele.
Hélio Eichbauer também se destacou como um dos principais cenógrafos do país, sendo responsável pelo emblemático cenário da peça “O Rei da Vela”, montada pelo Teatro Oficina em 1967. Abaixo, um programa feito pela UNIRIO em homenagem aos 40 anos de sua carreira.

USP: Simpósio Teatro oficina

O Simpósio Teatro Oficina: Seis Décadas de Cena Radical Brasileira aconteceu em 2016 e foi promovido pelo programa de Pos- Graduação em Artes Cênicas da USP, em parceria com o TUSP, para um mergulho crítico e acadêmico nos 60 anos do Teatro Oficina Uzyna Uzona, a companhia mais antiga em atividade do país. As aulas aconteceram no próprio teatro e o primeiro episódio teve participação do ator Marcelo Drummond, o segundo episódio com o ator Renato Borghi, o terceiro episódio com os pesquisadores Edelcio Mostaço e Ferdinando Martins e o quarto episódio com a pesquisadora Johana Albuquerque e o ator e pesquisador Biaggio Pecoreli. O Simpósio teve como objetivo o incremento do debate e dos estudos sobre o trabalho do Teatro Oficina, resgatando pontos fundamentais de sua história, mas priorizando a reflexão sobre sua linguagem cênica atual.

DIRETORAS: CIBELE FORJAZ, BIA LESSA E GRACE PASSÔ

Aqui, reunimos 3 importantes diretoras da atualidade para tratar de suas obras, tão diferentes entre si. Cibele Forjaz é diretora, iluminadora e coordenadora do Programa de Pos- Graduação em Artes Cênicas da USP, com importante passagem pelo Teatro Oficina, fundou a Companhia Livre. Separamos 2 entrevistas neste link e neste outro..

Bia Lessa é do Rio de Janeiro e foi responsável pela direção de alguns dos mais destacados espetáculos da atualidade como “Grande Sertão: Veredas” e “Macunaíma”. Também separamos duas entrevistas com ela, neste link e neste outro.

Já a mineira Grace Passô, além de dirigir, também escreve e atua, tanto em teatro quanto em cinema. Vem sendo um dos nomes mais importantes realizando um teatro extremamente crítico com montagens premiadas. Também duas entrevistas neste link e neste.

DIRETORES: AUGUSTO BOAL, AMIR HADDAD, ADERBAL FREIRE-FILHO, ZÉ CELSO, ANTUNES FILHO

Para os diretores, separamos figuras que marcaram história como Augusto Boal e Antunes Filho, e outras que estão a todo vapor de criação.
Augusto Boal foi o criador do Teatro do Oprimido e fez um histórico trabalho no Teatro de Arena (SP). Poucos sabem mas Amir Haddad é um dos fundadores do Teatro Oficina mas seguiu um caminho por fora, criando o “Grupo Tá na Rua”. O cearense Aderbal Freire-Filho dirigiu mais de 80 espetáculos, dentre elas “Hamlet” com Wagner Moura como o protagonista. José Celso Martinez Corrêa, ou Zé Celso, é o nome por trás do icônico Teatro Oficina e possui encenações memoráveis, como as pentalogias “Os Sertões”, a partir da obra de Euclides da Cunha, e “Cacilda”, inspirada na vida da atriz Cacilda Becker. Por fim, o lendário Antunes Filho foi o nome responsável pela emblemática montagem de “Macunaíma” em 1984, a partir do livro de Mário de Andrade, e também foi o fundador do CPT – Centro de Pesquisas Teatrais.

TEATRO DE ARENA, TEATRO BRASILEIRO DE COMÉDIA (TBC) E TEATRO UNIÃO E OLHO VIVO (TUOV)

Aqui, reunimos 3 importantes espaços, todos eles em São Paulo. O Teatro de Arena foi fundado em 1950 e logo virou palco de montagens que iriam marcar a história, como “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, com direção de José Renato e “Arena Conta Zumbi” com direção de Augusto Boal, em 1965. Já o Teatro Brasileiro de Comédia foi fundado em 1948, pelo empresário Franco Zampari (1898-1966), que importa diretores e técnicos da Itália para formar um conjunto de alto nível e repertório sofisticado. O TBC lançou para muitos atores, atrizes e diretores, como Cacilda Becker e Antunes Filho. Aqui está um documentário que fala destes dois teatros.
O Teatro União e Olho Vivo foi fundado e também tem uma vasta história de criação e resistência.com quase 60 ano, o grupo enfrentou a repressão política e se dedica a levar o teatro de conteúdo político-social para outros bairros da cidade. O documentário está neste link.

Notícias Relacionadas

BICHADOS, da Cia. Artera de Teatro, faz temporada na Oficina Cultur...

Em 2024, Masp terá programação focada na diversidade LGBTQIA+

Casa 1 realiza primeira chamada aberta do ano para educadores e ofi...

Inscrições para o projeto Plataforma Conexões 2024, do Museu da Lín...

Espetáculo teatral “INVISÍVEL” estreia em São Paulo e a...

Musical sobre ativista Herbert Daniel estreia em São Paulo no Núcle...

Coletiva de teatro Rainha Kong apresenta obra sobre a trajetória da...

Festival Mix Brasil tem programação gratuita no Teatro Sérgio Cardoso

Primeiro solo de Carol Duarte estreia em São Paulo

“Terra Brasilis Top Trans Pindorâmica” conta a história...

CASA 1 RECEBE EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA DE CÉU RAMOS,  ARTISTA INTERSEXO

COLETIVO CONTÁGIO TRAZ IDAS E VINDAS NO TEMPO COM HISTÓRIAS QUE ENV...