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Marcha Trans de volta às ruas de SP! Saiba como foi o evento

Texto de Câe Vasconselos, jornalista, produtor de conteúdo, repórter e palestrante de diversidade.

Depois de duas edições online, a Marcha do Orgulho Trans voltou às ruas. O evento aconteceu nesta sexta (17), pelo quinto ano, no centro da cidade de São Paulo. Empregabilidade, visibilidade e inclusão foram temas defendidos incansavelmente nas falas dos ativistas que subiram ao trio elétrico. 

Além das falas, o ato contou com diversos shows. Julian Santos, Nick Cruz, MC Trans, Danny Bond, Bixarte, Irmãs de Pau, DJ Joseph e Majur estavam entre os nomes das apresentações musicais.

Professore e palestrante Mar Facciolla, 23 anos, afirma a importância de ocupar as ruas novamente. “É importante estar pelo menos um dia na rua sem medo”.

Para a advogada Márcia Rocha, uma das fundadoras do Transempregos, a luta ainda é por empregabilidade. “Melhorou muito desde quando começamos. Hoje temos mais pessoas trans empregadas. Ano passado passamos de 800 contratações e esse ano vamos bater 1000. Quando bate o desânimo, eu olho pra trás e vejo tudo o que conquistamos”.

O multiartista Joseph Rodrigues destaca a presença de pessoas transmasculinas negras e periféricas. “Estou muito feliz, como um cara do extremo sul (de São Paulo), ver mais pessoas de outas regiões ocupando esse espaço no centro”.

Jovanna Baby, da Fonatrans, aponta como a população trans foi impactada durante a pandemia. “Já temos dados que apontam que a expectativa de vida, durante a pandemia, caiu de 35 para 29 anos”.

Por isso, explica, ocupar as ruas é lutar pela democracia. “Aqui os corpos trans são respeitados e aceitos”.

Foto: Caê Vasconcelos.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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