Opinião: Porque “Toma Lá da Cá” precisa eliminar episódios e fazer edições antes de ser reexibida

Em meio a pandemia do coronavirus todas as emissoras de televisão tiveram que fazer ajustes em suas programações e reprises foram colocadas no ar enquanto a produção de conteúdo inéditos estão paralisadas.

No caso da Rede Globo, o grande acervo permitiu escolhas muito bem acertadas como a re-exibição das tramas “Malhação – Viva a Diferença” como uma espécie de “esquenta” para o lançamento de “As Five”, série com o quinteto de protagonistas que se passa seis anos depois do fim da novela e vai ser exibida pelo Globoplay, plataforma de streaming do grupo, “Novo Mundo”, também uma prévia antes da sua continuação “Nos Tempos do Imperador”, que estrearia no dia 30 de março e “Totalmente Demais”, vinda na esteira do sucesso da recente “Bom Sucesso”, dos mesmos autores.

Além do acervo, conteúdos até então exclusivos da plataforma de streaming foram para o canal aberto, como a série “Aruanas” que começou a ser exibida na terça-feira, 28 de março, quase um ano depois da estreia no GloboPlay.

Porém a sociedade e o mundo mudou muito, e muito rápido: as pautas identitárias ganharam força e alguns conteúdos não fazem mais sentido. Erro grotesco por exemplo foi a reprise de “Fina Estampa”, que com uma trama completamente rasa traz uma série de estereótipos falidos, verdadeiros deserviços em tempos em que a teledramaturgia caminha cada vez mais para a representatividade e vem abraçando a pluralidade e a diversidade enriquecendo suas tramas.

Porém é no humor que o problema se agrava, se os conteúdos da emissora mudou drasticamente com a criação do novo” Zorra”, “Tá no Ar” e “Fora de Hora”, todos focados em fazer rir do opressor e não do oprimido, escalar o sitcom “Toma Lá Dá Cá”, do sempre equivocado Miguel Falabella, no lugar da nova “Escolinha do Professor Raimundo” a partir do dia 16 de maio, segundo o colunista Piero Vergílio, é caminhar para trás.

Não que a escolinha seja lá um bom exemplo, no entanto, houve certa preocupação em “ajustar” o tom de alguns personagens e dar destaques a outros mais atemporais, sempre lembrando se tratar de homenagem e de um determinado tempo.

Elenco do programa “Toma Lá Dá Cá”

Agora no caso de “Toma Lá dá Cá” o buraco é mais embaixo por não se tratar de uma nova versão e sim um conteúdo produzido em 2007, ano não tão longinquo mas época onde o debate ainda não tinha chegado com força. Além dos personagens estereotipados e caricaturais, é no texto que moram os maiores perigos: a quantidade de “piadas” de cunho LGBTfobico e de violência contra a mulher são muitos, porém nada que alguma pequena edição não resolva, algo que espero que aconteça  e tenho certeza, não interferir em nada o produto final.

O produto já passou por uma edição para ser liberada pelo Ministério da Justiça para ser reexibida no horário da tarde, por conta da classificação indicativa, provavelmente eliminando o conteúdo mais ligado à sexo, fazendo com que a edição de cunho de representatividade talvez seja inviável prejudicando a continuidade ou entendimento da trama, por isso vale lembrar da prática adotada pela Disney em seu serviço de streaming, o Disney+, ainda não disponível no país, que optou por inserir todo o conteúdo original porém com um anúncio nas sinopses:

“Este programa é apresentado em sua criação original. Ele pode conter representações culturais desatualizadas”.

No entanto, há um episódio que não tem salvação: no 23º episódio da segunda temporada exibida em 2008 todos os personagens passam por um processo de regressão levando a trama para o período imperial do país e a decisão criativa para a empregada doméstica da família foi pintá-la de preto (imagem em destaque no começo do post), prática chamada “Black Face”,  Esta matéria da BBC explica a prática e todo racismo que ela acarreta.

Não existe justificativa para o episódio ter sido escrito, feito e colocado no ar (e agora na plataforma online), tendo em vista que ao contrário de debates recentes sobre representação de pessoas LGBT, as representaçõe raciais são pautadas a décadas e a própria emissora sofreu duras críticas ao exibir a telenovela “A Cabana do Pai Thmás” em 1969, onde o protagonista, um escravo idoso que terminou espancado até a morte por se negar a colaborar com seu dono e contar o paradeiro de escravas fugidas,  era interpretado pelo ator branco Sérgio Cardoso.

Sérgio Cardoso em “A Cabana do Pai Tomás”, em 1969

Vale ressaltar que a própria trama de Pai Tomás, escrita por Harriet Beecher Stowe em 1852, sofreu uma grande distorção para caber na narrativa branca e hegemônica. Neste texto sobre estereótipos racistas na mídia norte-americana, a historiadora Suzane Jardim fala sobre este e outros casos.

Não estamos falando aqui de uma patrulha do politicamente correto que condena completamente a totalidade de uma obra por alguns erros. “Toma Lá da Cá” tem muitos méritos, boas sacadas e até certo avanço no campo da diversidade e liberdade sexual com muitas críticas aos opressores e mesmo com personagens estereotipados ganha muito pontos por trazerem dois grandes artistas: Ítalo Rossi e Norma Bengell, ele gay e ela bissexual, não só dando vida a personagens LGBT, mas se divertindo e muito como Seu Ladir e Dona Deise.

ERRAMOS: A novela exibida no horário das sete de Rosane Svartman e Paulo Halm foi “Bom Sucesso” e não “Sangue Bom” conforme constava no texto original.  O texto foi corrigido. 30 de março – 17:08.

10 pessoas LGBT que produzem conteúdo IGTV para acompanhar

O Instagram é uma maravilha quando bem usado, com muitas ferramentas bacanas. O recurso IGTV é uma delas, uma função onde você vê vídeos com maior tempo de duração variando entre 15 segundos e 60 minutos, normalmente usada para falar sobre assuntos mais complexos e que não podem ser colocados nos stories.

Neste post listamos pessoas LGBT que produzem conteúdos para o IGTV sobre diversos temas. Bora dar visibilidade pra comunidade, né? Afinal, vamos segurar as mãos dos nosso iguais, né? Amém, arrepiei, como disse a missionária ex-BBB Rafa Kalimann.

1 – Guilherme Sousa – @gui

Publicitário, trabalha a 6 anos como roteirista na Globo onde teve oportunidade de produzir o quadro “Isso A Globo Não Mostra” e  foi apresentador do Boletim BBB em 2017. No IGTV ele produz vídeos engraçados se passando por mãe dele, a dona Silvana, usando os filtros do Animoji – uma ferramenta de filtros que possui no iPhone – e, para a minha felicidade como pessoa surda, tem legenda neles! Recomendo muito dar uma olhadinha nas mídias dele e é claro, segui-lo! Vai amar!

2 – Linkier – @linkieroficial

Conhecidíssima, amadíssima por todos e todas, a cantora Linkier também produz conteúdos gostosos de se assistir no IGTV, onde canta as suas próprias musicas e covers além de tocar violão! São lindos os vídeos! Espero que já sigaela!

3 – Bruna Linzmeyer – @brunalinzmeyer

A atriz global conhecida por papeis em novelas como “Meu Pedacinho do Chão”, “A Regra do Jogo”e “Amor à Vida” está nessa também, trazendo conteúdos fofos como orações, poesias e também uns desabafinhos. Vale para quem gosta dela e de ouvir coisas leves.

4 – Alexandra Gurgel – @alexandrismos

A influenciadora que aborda muitos papos sobre body positive, empoderamento, auto-aceitação além de vários vídeos bonitos dela dançando e  fazendo montação de looks. Os vídeos são curtos porém vem com muita informação necessária! Lembrando que ela também inclui acessibilidade nos vídeos dela como legenda.

 

5 – Anne Magalhães – @annemagalhaes

A Anne é intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), produtora visual e educadora e é bastante notada por fazer vídeos super bacanas dela dançando e cantando em Libras. Ela está na plataforma também trazendo mais vídeos bacanas de covers de músicas famosas, em especial as de Pop e Hip-hop. A comunidade surda AMA ela! Vem amar você também!

6 – Blogueirinha – @blogueirinha

A Blogueirinha de Merda é um personagem interpretado pelo ator Bruno Matos e é cheia de humor avassalador, com um teor de deboche e está no IGTV toda semana com postagens de grande repercussão, makes, deboches nas redes sociais. Não tem legenda para quem é surdo.

7 – Spartakus – @spartakus

O Spartakus é um dos maiores influenciadores digitais negros do Brasil e sempre está falando de racismo que existe no país, da opressão que os negros sofrem no dia a dia e também sobre a comunidade LGBT.

8 – Lucca Najar – @luccanajar

O Najar é um influenciador bastante notado pela comunidade trans, já que é um homem trans e traz muita pauta importante como lidar com o próprio corpo enquanto está fazendo a transição, os cuidados que deve receber neste período, as dicas e também conta a trajetória dele. É maravilhoso! Embora não tenha legenda, o que faz com que se torne inacessível para aqueles que se identificam e precisam daquelas informações.

9 – Bee4tona – @bee40tona

É o Instagram do canal com o mesmo nome criado pelo Marcio Rolim, onde traz relatos, desabafos, dicas de se como se virar sendo gay de 40 anos, já que é uma das faixas etárias muito ignorada e esquecida quando se trata dos LGBT. E o IGTV é cheio de coisas bacanas como ele fazendo testes, contando histórias, brincando e tal. Vale super a pena dar uma olhada!

10 – Gysella Popovick – @gysellapopovick

É a drag vencedora do reality show “Academia de Drags”, maquiadora e o Instagram dela tem um conteúdo bem massa, cheio de vídeos de processo de make e de montação. E também defende o body positive, uma vez q a mesma se identifica como gorda. Vale a pena segui-la.

Espero que tenham gostado das minhas indicações e se tiver mais alguém para recomendar, é bem vindo!

19 marcas brasileiras de estilistas negros e negras para inspirar

Colaborou Nawira Scarano, coordenadora do Grupo de Trabalho de Moda da Casa 1 e Beto Rosa, auxiliar administrativo da Casa 1

Todas as terças acontece no Ateliê Lea T, no Galpão Casa 1, o centro cultural da Casa 1, o ateliê aberto de costura e todos os meses rolam também oficinas especiais onde é possível aprender a feitura de algum item específico. Com a quarentena por conta do coronavirus as atividades foram suspensas mas decidimos seguir produzindo conteúdos que remetam à nossas atividades.

Além das aulas de costura, que já ganhou post aqui no blog, já rolaram aulas de modelagem e por isso sempre acompanhamos o trabalho de estilistas para nos inspirarmos. No entanto, assim como a maioria das áreas, é predominante a presença de pessoas brancas em cargos de liderança. Por isso optamos por aqui, listar e enaltecer o trabalho de estilistas negros e negras, seja para inspirar ou porque não, fazer uma comprinhas fortalecendo o trabalho de pessoas incríveis.

@nayavioleta

https://www.instagram.com/p/B8lwxLMprVP/

@goyapesdesignbrasileiro

https://www.instagram.com/p/BtWBrbEHLAw/

@issaacsilvabrand

https://www.instagram.com/p/B78gFPmn_zy/

@weidessilveiro

https://www.instagram.com/p/B17SB6mHyWX/

@y.diegogama

https://www.instagram.com/p/B_ddPA4nOGy/

@luiz_ap03

https://www.instagram.com/p/B_Fnr_Kp_tt/

@baobabrasil

https://www.instagram.com/p/B4W8t3yhAr4/

@negropiche

https://www.instagram.com/p/B-ZyvVAFKzN/

@madanegrif

https://www.instagram.com/p/B_KsxGig-Tl/

@lirando.lira

https://www.instagram.com/p/B9mZ1Pdpo_U/

@modadojoao

https://www.instagram.com/p/B6vO9NQJWHz/

@meninosrei

https://www.instagram.com/p/B_OSbGZnrSK/

@zarinamodaafro

https://www.instagram.com/p/B5U9CCYHhqX/

@donbaobah

https://www.instagram.com/p/BpVL0P5FgCU/

@pedeatua

https://www.instagram.com/p/Bs6wAVbHLqU/

@voudezinga

https://www.instagram.com/p/B-aTocHJ1BX/

@370oficial

https://www.instagram.com/p/B-lu3Mmnc7y/

@lojasnipper

https://www.instagram.com/p/B_LRJafl-2v/

@angelabritobrand

https://www.instagram.com/p/B_TEU7RnS2R/

Tem mais estilistas bacanas para indicar pra gente? Manda nos comentários!

10 gays que mostraram que delicia é ser viado mesmo em quarentena

Existem muitas pesquisas e trabalhos acadêmicos sobre o que é cultura gay, porém, não tem como se negar que é só entrar nas redes sociais que dá para ter um gostinho da maravilha que é ser viado! E como não tem tempo ruim, as yag tão arrasando até na quarentena. Se prepara para dar o play e dar gostosas risadas:

1) Abrindo os trabalhos temos esse maravilhoso fã da Joelma que curtiu muito a live da cantora paraense:

2) Claro que a gente não poderia ficar de fora dos desafios né:

3) Pabllo lançou Salvaje e claro que já teve clipe BELÍSSIMO feito por fãs:

4) E falando em Pabllo, como não amar esse catwalk?

Você pode ver completo aqui.

5) Rafa Uccman A GENTE TE VENERA – Humor fino, humor delicado, humor chique

Veja completo aqui.

6) E toma mais desafio!

Confira completo aqui.

7) E A CATEGORIA É….

Veja o desfile completo aqui.

8) Rindo bem dessa pegadinha que só as gay vão entender:

9) PELO PODER DO PRISMA LUNAR!!!

@ig_siravarietyTransformation แปลงร่างงงงงง♬ transformation of sailor moon – 有澤孝紀

10) E por fim, A MELHOR COMEMORAÇÃO COM A VITÓRIA DA THELMA NO BBB20!

Assista a comemoração aqui.

E se você tiver algum vídeo maravilhoso manda pra gente!

14 perfis que vão fazer você sentir vontade de aprender crochê agora

Colaborou Ju Landau, professora de crochê do Centro Cultural Casa 1

Todas as quartas acontece no Galpão Casa 1, o nosso centro cultural, as aulas de crochê. Com o isolamento social e as atividades suspensas o jeito foi colocar a agulha para funcionar em casa mesmo e para ajudar a inspirar o processo na quarentena listamos com a ajuda da professora Ju Landau alguns perfis massa!

@sambentoc

Como não se apaixonar pelo trabalho da Samira Carvalho que já rodou o mundo como modelo e agora se dedica à produção de roupas, incluindo peças de crochê e tricô?

https://www.instagram.com/p/B5u-opMn8Iy/

@Crochemoderno

E esse perfil cheio de trabalhos maravilhosos (e deixa a gente louco de vontade de ter tudo), e ainda tem um canal ótimo no Youtube que ensina a fazer algumas peças?

https://www.instagram.com/p/B_UqHP4lwVa/

@Crochenode

E obviamente os amigurumis, febre do crochê recente, não poderiam ficar de fora:

https://www.instagram.com/p/B-21SxVjI7D/

@pegandogancho

Que tal um crochê coloridíssimo?

https://www.instagram.com/p/B2ubSffBl0V/

@Crochedetodas

Tem também opção para quem é mais romântico <3

https://www.instagram.com/p/B-nGUJBByC-/

@pedrocroche

E quem disse que crochê não é “coisa de menino”? Taí o Pedro pra mostrar que é , e é MUITO!

https://www.instagram.com/p/B-dSP5cBC2p/

@Mariecastrodiy

E a Mari também arrasa no Instagram e ensina no Youtube! Bafo, né?

https://www.instagram.com/p/B_Xlm4UDr3k/

@calu_feitoamao

E quer umas receitas para fazer? Nesse perfil tem:

https://www.instagram.com/p/B_SRNnBpF70/

@Twobee_

E sabe quem é que ensinou a professora a fazer crochê? Foi a Bia Moraes que posta nesse perfil:

https://www.instagram.com/p/By1HGVBFkil/

@caixadecrochet

Essa é uma loja, então não tem receita mas serve de inspiração para fazer coisas chiquérrimas.

https://www.instagram.com/p/B-Adw5kF0GA/

@sandrabrumche

A Sandra também arrasa fazendo peças muito diversas de crochê.

https://www.instagram.com/p/B8e-_Gepthw/

@susanna_bauer

Para quem gosta de desafios o trabalho da Susanna é em folhas naturais. Lindo de morrer né?. O perfil é inglês mas é aquele velho ditado: uma imagem vale mais do que mil palavras.

https://www.instagram.com/p/B58BppVAQQI/

@tuijaheikkinen

Outro perfil em inglês que vale a pena demais seguir para se inspirar.

https://www.instagram.com/p/B-1uzsvj04-/

@une_atelie

E claro que não poderia faltar o perfil da professora que tem muita coisa linda (e fotos das aulas na Casa 1)!

https://www.instagram.com/p/B6DviQAJWoR/

 

Veja também:

1o tutoriais de costura para experimentar em casa

15 perfis de bordado no instagram para se inspirar

23 organizações e grupos LGBT pelo Brasil para ajudar durante a pandemia

Desde antes das medidas de isolamento social a equipe da Casa 1 vem se reunindo para definir as estratégias para lidar com os desdobramentos da pandemia. Das primeiras decisões: reavaliar nossos planos e projeções, negociar todas as contas e dar continuidade em serviços como acolhida, atendimentos de saúde mental e distribuição de cestas básicas.

Graças ao trabalho continuado e uma grande mobilização no começo do ano de 2019 conseguimos estabelecer bons fundo e fluxo de caixa, que nos permitiram seguir com os trabalhos e ampliar, por exemplo, a distribuição de alimentos. Também optamos por não fazer campanhas pontuais por entendermos que outras organizações tinham demandas mais urgentes e por avaliarmos que em um futuro próximo precisemos de ajuda para continuar remunerando a equipe e mantendo os três imóveis que ocupamos hoje (República de Acolhida, Centro Cultural e Clínica Social).

Agora, quase dois meses depois da declaração da pandemia pela OMS – Organização Mundial da Saúde o trabalho das organizações, grupos e coletivos tem se mostrado cada vez mais essenciais e precisam muito da ajuda de todos e todas, por isso reunimos aqui 23 delas com as principais demandas e dados para contribuição:

Casa 1

O que mais estão precisando: dinheiro para manutenção do projeto – profissionais e estrutura física.

Contato: centrocasaum@gmai.com

Banco Itaú
Ag: 0251 | Cc: 13.581-0 | CNPJ: 29.150.382/0001-11
Centro de Acolhida e Cultura LGBT Casa 1

Campanha de financiamento: https://benfeitoria.com/casa1

Casa Florecer 1

O que mais estão precisando: álcool gel e sabonete líquido.

Contato: https://www.instagram.com/casaflorescer_/

Dados Bancários:

Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana
Banco do Brasil
Agência 0386 7
Cc 829 0
CNPJ 43473487000132

Florecer 2 – CROPH – Coordenaçao Regional das Obras de Promoção Humana

O que mais estão precisando: alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal

Contato: 11 23378459 / 11 953933139

Dados Bancários: Banco do Brasil
Conta 829-0
Ag 0386 -7
CNPJ 43.473.487/0001-32

Link da Campanha: https://www.instagram.com/p/B_Dnt5cH4Dz/?igshid=1763gok077byy

Casa Chama

O que mais precisam: recursos sem direcionamento definido para ajudar as pessoas assistidas pela Casa Chama em diversos aspectos, como por exemplo moradia (ajudar no pagamento de seus aluguéis) e emprego/profissão (remunerar as pessoas por trabalhos realizados durante a quarentena, como por exemplo remunerar a participação em vídeos, debates, lives e ou postagens em redes sociais feitos pela Casa Chama) e outros.

Contato: casachama440@gmail.com

Dados Bancários: “CNPJ: 20.101.782/0001-62

Razão social: M FRANCO RUBIO

Banco do Brasil

Ag 6982-5

Cc 17944-2”

Link de campanha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/fundo-de-emergencia-para-pessoas-trans-1-3

Familia Stronger

O que mais estão precisando: cestas básicas e kit de higiene

Contato: familiastronger@gmail.com

Dados Bancários:

Banco Itaú

Agência 2945

conta corrente/poupança 3345 8

Link para campanha: https://pag.ae/7VWeA5ZYP

Coletivo e Casa de Acolhimento LGBT+ Arouchianos

O que mais estão precisando:- Cestas Básicas padrão (59$ da CVS),  máscaras de tecido; álcool em gel, produto de limpeza e produtos de higiene pessoal.

Contato: coletivoarouchianos@gmail.com / +5511948745068

Dados bancários:

Banco do Bradesco

Conta Poupança: 1002148-0.

Agência: 3191-7.

Helcio de Souza Beuclair (Coordenador responsável)

CPF: 42006273884

Link de campanha: http://vaka.me/214645.

Casa Aurora

O que mais estão precisando: proteínas, lacticínios, frutas, raízes, verduras e legumes,  itens de limpeza e higiene pessoal, recursos para as contas fixas ( água, luz e telefone) e cestas básicas para atender público externo.

Contato: casadeacolhimentoaurora@gmail.com ou 71 3019-7545

Link da Campanha: https://evoe.cc/casaaurora

TransViver

O que mais estão precisando: cestas básicas

Contato: https://www.instagram.com/transviver/

Dados Bancários: Banco Itaú
Agência 2483
Conta corrente: 0026325-3
CNPJ: 32.274.491/0001-55

Link da Campanha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/casa-transviver-instituto-transviver

ASTRA SERGIPE

O que mais estão precisando: Cestas básicas com alimentos, produtos de higiene pessoal e limpeza.

Contato: Fone e WhatsApp (079)99946-9609 , E-mail:astraglbt@gmail.com

Dados Bancários: Banese

Agência: 047

C/C. 03/101.256-2

CNPJ: 04.850.745/0001-09

Associação Sergipana de Transgêneros

Link de campanha: https://benfeitoria.com/acodi-lgbt-ekc

CasAmor

O que mais precisam: alimentos, higiene pessoal e material de limpeza.

Contato: 79 99637-7805

Dados Bancários: “Dados bancários: Banco do Brasil

Agencia: 1603-9

C/C: 52.939-7

CNPJ: 31.948.743/0001-11

Manifesta LGBT+ / Casa Miga Acolhimento LGBT+

O que mais estão precisando: cestas básicas, proteínas, materiais de higiene e limpeza

Contato: casamigalgbt@gmail.com /(92) 991846380 /@casamigalgbt

Dados Bancários: “Banco Caixa Econômica – 104

Agência: 1457

Op: 003

Conta-Corrente: 00004180-0

ASSOCIACAO MANIFESTA LGBT+

CNPJ: 33.156.400/0001-40 (33156400000140)

Casinha

O que mais estão precisando:  itens de cesta básica e limpeza. A organização é um ponto de referência para outras organizações menores do Rio de Janeiro.

Contato:  gestao@casinha.ong /@casinhaacolhida / (21)97513-0065

Dados Bancários: Banco Itaú

Agência 0308

Conta corrente: 25510-8

CNPJ: 31178612000100

Link de campanha: https://evoe.cc/festival-na-casinha

Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de Favelas

O que mais estão precisando:  kits de material de limpeza: álcool em gel, água sanitária, sapólio, esponjas, detergentes e garrafas de água mineral, cesta básica: arroz, feijão, fubá, macarrão, açúcar, sal, carne seca, papel higiênico, sabonetes, óleo.

Dados Bancários: Banco do Brasil, AG: 1517-2 C/C 26.475-x

Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de Favelas.

CNPJ: 15.829.595/0001-60

Doação: Endereço para entrega é Sargento Silva Nunes, 1012 – Complexo da Maré.

CDB -Casa de Direitos da Baixada

O que mais estão precisando: alimentos não perecíveis, produtos de higiene, produtos de limpeza. Valores em dinheiro ajudam muito, pois conseguem manter a distribuição de quentinhas para moradores em situação de rua.

Contato: e-mail cdb.diversidade@gmail.com ou telefone 21 964228777

Dados Bancários: “Dados bancários Banco caixa econômica

Agência 4086

Conta poupança 00018517 7

Operação 013

CPF 05381935730

Patricia Lopes

Coletivo LGBTI de Terê / Movimento Unificado pela Diversidade (MUDi)

O  que mais estão precisando:  verba para compra de cestas básicas e produtos de higiene pessoal.

Contato: Agatha Giselle (21) 966754123 /Carol Quintana (21) 99807-9303

Link de campanha: http://vaka.me/1001028 / https://youtu.be/RiBSPffLoBo

Grupo Arco-Iris

O que mais estão precisando: doações em dinheiro para a compra dos itens de limpeza e higiene e cestas básicas. Precisam de tudo, mas a maior demanda são alimentos, atendemos não só na capital como no interior.

Dados Bancários: Banco do Brasil

Ag. 0392-1

CC: 27126-8

Grupo Arco-Íris

CNPJ: 97.468.433/0001-08

Grupo Transrevolução / CasaNem

O que mais precisam: Alimentos não perecíveis, pães, legumes e frutas, água potável, produtos de higiene e limpeza.

Contato: casanemcasaviva@gamil.com / Tel:021968290296

Dados Bancários: Banco do Brasil Agência: 3114-3 conta corrente: 18.970-7 CNPJ: 27.720.290/001-02  Grupo Transrevolução.

Link de campanha: https://benfeitoria.com/ajudeacasanem

Grupo Diversidade Niterói (GDN)

O que mais precisam: alimentos, Kits de higiene e limpeza e espécie.

Contato: 2197176-198 email gdn.gdn@hotmail.com

Dados Bancários: Itaú: Ag 8563 – CC: 10387-1

Caixa: 0174 – CC: 00050268-4 – Operação 013

CPF 108.257.717-06

Nome: Felipe Ribeiro de Carvalho

Link de campanha: @grupodiversidadeniteroigdn /facebook.com/GDNLGBT

Articulação Nacional de Profissionais do Sexo / GASC

O que mais precisam: doações diversas.

Cidade: Porto Alegre

Contato: https://www.facebook.com/moniqueprada.portoalegre

Igualdade

Contato: 51 998499287 ou aigualdaders@hotmail.com

Dados Bancários: Marcelly Malta Schwarzbold Lisboa

Banco Banrisul

Ag 0835

Número da conta 08 05930303

CPF 18685358000

Casa Satine

O que mais precisam: Alimentos e produtos de higiene

Contato: casasatine@gmail.com

Estão migrando de conta, para doações entrar em contado por e-mail

Casa Transformar

O que mais precisam: alimentos não perecíveis, artigos pro bazar (roupas, calçados, brinquedos , acessórios…), materiais de higiene pessoal e de limpeza, cama, mesa e banho.

Contato: 085 989166653

Dados Bancários: “Banco do Brasil

Agência : 1218-1

Conta: 62.882-4

Conta poupança

Maria A B M Menezes

CPF: 615.363.713-27”

Link de campanha: vaka.me/901360

Várias das organizações listadas acima se uniram e criaram a REBRACA LGBTIA+ – Rede Brasileira de Casas de Acolhida LGBTIA+ e juntos da All Out, uma ONG de nível global fundada por Jeremy Heimans e Andre Banks,  focada no apoio jurídico e na movimentação das massas em favor da causa LGBT, criaram um financiamento coletivo que terá sua verba dividida em todas as organizações. Você pode doar pelo site: https://www.coronavirus.alloutbrasil.org/

Conhece mais alguma organização ou coletivo que está fazendo campanha? Manda pra gente no centrocasaum@gmail.com ou aqui nos comentários e nas nossas redes sociais.

Grandes programas e documentários para você desbravar os bastidores do teatro

Post feito em colaboração com Lívia Loureiro, arquiteta, cenógrafa e voluntária da Casa 1 e Iran Giusti, coordenador de comunicação da Casa 1.
Nós da Casa 1 entendemos bem o poder do trabalho coletivo, a importância de cada integrante do projeto para que possamos desenvolver o dia a dia do nosso trabalho. Com o teatro não é diferente: para além dos atores e atrizes que estão no palco aos olhos do público, as peças de teatro contam com uma equipe inteira de iluminadores, cenógrafos, figurinistas, diretores, dramaturgos, sonoplastas, técnicos de palco e mais.
Pensando nisso e dando continuidade ao assunto (fizemos esta lista com espetáculos para assistir online), decidimos reunir aqui  vários links de programas, séries, entrevistas e documentários que abordam o teatro pela perspectiva dos bastidores, mostrando assim o vasto campo de criação envolvido neste fazer.

ENTREVISTAS “LIGHTING STUDIO”

O “Lighting Studio” é uma série de entrevistas mega recente, organizada pelos iluminadores Guilherme Bonfanti e Chico Turbiane (ambos ensinam na SP Escola de Teatro) e vem entrevistando vários iluminadores e iluminadoras de teatro, abordando seus processos de criação, suas inspirações e principais trabalhos. Um material muito rico que está disponível neste link.

SÉRIE “ENSAIO ABERTO BRASIL”

A série mostra os vários processos de criação de seis companhias de teatro de diferentes estados do país: Comédia Cearense – Ceará, Grupo Galpão – Minas Gerais, Tá na Rua – Rio de Janeiro, Ói Nóis Aqui Traveis – Rio Grande do Sul, Teatro União Olho Vivo – São Paulo e Imbuaça – Sergipe. Neste link estão todos os vídeos da série.

Série “Teatro e Circunstância” do SESCTV

A série produzida pelo SESC propõe uma reflexão sobre as artes cênicas contemporâneas, seus diferentes aspectos sociais e sua relação com a cidade, à partir de entrevistas com atores, dramaturgos, diretores e profissionais do teatro brasileiro. A variedade dos vídeos aborda temas como dramaturgia, história do teatro, cenografia, processos de criação e muito mais.  No youtube ela é dividida em 2 grupos: “Teatro e Circunstância: Teatro Brasileiro” que tem 28 episódios e “Teatro e Circunstância: Teatro Paulista” com 26 episódios . Ou seja, bastante material para navegar e se aprofundar.

“Atos” da TV Brasil

O programa “Atos” é uma produção da TV Brasil e possui um formato diferente, o cenário é uma sala de teatro, e atores e atrizes são convidados para falar sobre suas formas de trabalho e também propor jogos e desafios teatrais. Os episódios estão disponíveis neste link

Cenografia: Hélio Eichbauer e Flávio Impédio

Dois dos mais importes cenógrafos da história do país, Flávio Império e Hélio Eichbauer marcaram suas gerações. Flávio Império foi cenógrafo, arquiteto, artista plástico e professor e trabalhou com cenário e figurino em montagens importantes para o teatro brasileiro como “Morte e Vida Severina” do Teatro Cacilda Becker (1960),  “Um Bonde Chamado Desejo” dirigida por Augusto Boal (1962), “Roda Viva” dirigida por José Celso Martinez Corrêa (1968) e muitas outras . No site oficial, é possível visualizar trabalhos e toda sua história, incluindo textos escritos por ele.
Hélio Eichbauer também se destacou como um dos principais cenógrafos do país, sendo responsável pelo emblemático cenário da peça “O Rei da Vela”, montada pelo Teatro Oficina em 1967. Abaixo, um programa feito pela UNIRIO em homenagem aos 40 anos de sua carreira.

USP: Simpósio Teatro oficina

O Simpósio Teatro Oficina: Seis Décadas de Cena Radical Brasileira aconteceu em 2016 e foi promovido pelo programa de Pos- Graduação em Artes Cênicas da USP, em parceria com o TUSP, para um mergulho crítico e acadêmico nos 60 anos do Teatro Oficina Uzyna Uzona, a companhia mais antiga em atividade do país. As aulas aconteceram no próprio teatro e o primeiro episódio teve participação do ator Marcelo Drummond, o segundo episódio com o ator Renato Borghi, o terceiro episódio com os pesquisadores Edelcio Mostaço e Ferdinando Martins e o quarto episódio com a pesquisadora Johana Albuquerque e o ator e pesquisador Biaggio Pecoreli. O Simpósio teve como objetivo o incremento do debate e dos estudos sobre o trabalho do Teatro Oficina, resgatando pontos fundamentais de sua história, mas priorizando a reflexão sobre sua linguagem cênica atual.

DIRETORAS: CIBELE FORJAZ, BIA LESSA E GRACE PASSÔ

Aqui, reunimos 3 importantes diretoras da atualidade para tratar de suas obras, tão diferentes entre si. Cibele Forjaz é diretora, iluminadora e coordenadora do Programa de Pos- Graduação em Artes Cênicas da USP, com importante passagem pelo Teatro Oficina, fundou a Companhia Livre. Separamos 2 entrevistas neste link e neste outro..

Bia Lessa é do Rio de Janeiro e foi responsável pela direção de alguns dos mais destacados espetáculos da atualidade como “Grande Sertão: Veredas” e “Macunaíma”. Também separamos duas entrevistas com ela, neste link e neste outro.

Já a mineira Grace Passô, além de dirigir, também escreve e atua, tanto em teatro quanto em cinema. Vem sendo um dos nomes mais importantes realizando um teatro extremamente crítico com montagens premiadas. Também duas entrevistas neste link e neste.

DIRETORES: AUGUSTO BOAL, AMIR HADDAD, ADERBAL FREIRE-FILHO, ZÉ CELSO, ANTUNES FILHO

Para os diretores, separamos figuras que marcaram história como Augusto Boal e Antunes Filho, e outras que estão a todo vapor de criação.
Augusto Boal foi o criador do Teatro do Oprimido e fez um histórico trabalho no Teatro de Arena (SP). Poucos sabem mas Amir Haddad é um dos fundadores do Teatro Oficina mas seguiu um caminho por fora, criando o “Grupo Tá na Rua”. O cearense Aderbal Freire-Filho dirigiu mais de 80 espetáculos, dentre elas “Hamlet” com Wagner Moura como o protagonista. José Celso Martinez Corrêa, ou Zé Celso, é o nome por trás do icônico Teatro Oficina e possui encenações memoráveis, como as pentalogias “Os Sertões”, a partir da obra de Euclides da Cunha, e “Cacilda”, inspirada na vida da atriz Cacilda Becker. Por fim, o lendário Antunes Filho foi o nome responsável pela emblemática montagem de “Macunaíma” em 1984, a partir do livro de Mário de Andrade, e também foi o fundador do CPT – Centro de Pesquisas Teatrais.

TEATRO DE ARENA, TEATRO BRASILEIRO DE COMÉDIA (TBC) E TEATRO UNIÃO E OLHO VIVO (TUOV)

Aqui, reunimos 3 importantes espaços, todos eles em São Paulo. O Teatro de Arena foi fundado em 1950 e logo virou palco de montagens que iriam marcar a história, como “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, com direção de José Renato e “Arena Conta Zumbi” com direção de Augusto Boal, em 1965. Já o Teatro Brasileiro de Comédia foi fundado em 1948, pelo empresário Franco Zampari (1898-1966), que importa diretores e técnicos da Itália para formar um conjunto de alto nível e repertório sofisticado. O TBC lançou para muitos atores, atrizes e diretores, como Cacilda Becker e Antunes Filho. Aqui está um documentário que fala destes dois teatros.
O Teatro União e Olho Vivo foi fundado e também tem uma vasta história de criação e resistência.com quase 60 ano, o grupo enfrentou a repressão política e se dedica a levar o teatro de conteúdo político-social para outros bairros da cidade. O documentário está neste link.

11 programas de entrevistas e debates brasileiros que são verdadeiras aulas

Com a enxurrada de conteúdos, programas, vídeos e afins muitas vezes a gente acaba deixando passar muita coisa bacana, por isso selecionamos 11 programas de entrevistas e debates para você escolher e aprender (e muito) sobre os mais diversos temas. Aperta o play e arrasa no repertório:

1. Espelho com Lázaro Ramos

Com 285 episódios e 14 temporadas, “Espelho”, apresentado por Lázaro Ramos discute assuntos diversos e tem como premissa revelar personalidades brasileiras. Tem uma playlist e vários episódios soltos no Youtube e todos os episódios completos no Globosatplay.

2. Rodaviva

No ar há mais de 30 anos, o “Roda Viva” é um dos mais antigos e respeitados programas de entrevista do Brasil. Apresentado semanalmente às segundas com transmissão online, o programa depende sempre de quem é convidado, tanto a pessoa que é convidada quanto os e as profissionais que entrevistam. No canal do Youtube são mais de 1800 vídeos trazendo programas completos e trechos mais importantes. Vale conferir não só as edições mais recentes, mas também grandes entrevistas clássicas. Atualmente o programa é capitaneado pela jornalista Vera Magalhães e conta com interprete em libras. Veja aqui.

3. Drauzio Entrevista

Não tem muito o que se falar sobre a qualidade e importância do trabalho de Dráuzio Varella que se extende a área de comunicação. Dentre sua rica produção disponível online, o programa Drauzio Entrevista é um prato cheio para todo mundo que se interessa por temas diversos. Aqui a playlist do programa.

4. Culturas Indigenas – Itau Cultural

Ao longo dos últimos anos o Itau Cultural tem se dedicado a entrevistar uma série de pessoas indígenas que falam de temas diversos, sempre relacionados a cultura e vivência de seus respectivos povos. Tema urgente e pouco explorado pela mídia. Assim como “Roda Viva”, conta com interprete em Libras. Aqui você encontra a playlist no Youtube.

5. Oficio em Cena

Uma série de profissionais da Rede Globo (e eventuais convidados como o ator estadunidenses Willem Dafoe) falas sobre seus ofícios dentro da industria da televisão. Praticamente um mestrado. Você pode assistir “Oficio em Cena” no Globoplay.

6. Contraplano

Agora se o seu negócio é cinema, o programa “Contraplano” do Sesc TV é a pedida certa. Convidados e convidadas de diversas áreas discutem questões abordadas no cinema latino-americano nos quatro eixos temáticos – poder, cultura, comportamento e sociedade. Apresentado por  Miguel de Almeida, acompanha as reflexões dos convidados Mary Del Priore, Ivana Bentes, Celso Favaretto, Geraldo Carneiro, Tadeu Chiarelli, Hugo Possolo, Reinaldo Moraes, Ugo Giorgetti, Tales Ab’Saber e Luiz Áquila. Você pode ver todos os programas aqui.

7. Amigos, sons e palavras

Apresentado por Gilberto Gil, o programa do Canal Brasil é um “encontro intimista” do cantor com pessoas diversas. Além da entrevista muita palinha dada pelo baiano. A playlist do programa do canal  no Youtube conta com 50 vídeos e no Globosatplay tem todos na íntegra.

8. Café Filosófico

Outro grande programa da Tv Cultura, o “Café Filosófico” é uma parceria entre o Instituto CPFL que propõe o compartilhamento das ideias de grandes pensadoras e pensadores contemporâneos. São dezenas de edições no canal do programa no Youtube.

9. Roberto D’Avila

Um dos mais relevantes jornalistas brasileiros, o Roberto D’Avila entrevista as figuras mais importantes do país em seu programa que já passou por diversas emissoras e atualmente é transmitido pela GloboNews. Você pode assistir todos os programas no Globosatplay aqui.

10. Transmissão

Outra boa produção do Canal Brasil, o “Transmissão” traz Linn da Quebrada e Jup do Bairro entrevistando com muito humor e qualidade. Alguns programas estão nessa playlist do canal no Youtube. E os programas completos estão no Globosatplay.

11. Cortex

Em um plano sequencia, sempre em um espaço físico que se relaciona com o tema da entrevista, Bruno Torturra recebe seus convidados e convidadas para falar de temas amplos e complexos. Confira todos os programas nessa playlist no Youtube.

Veja também:

10 grandes palestras para anotar palavra por palavra

10 pessoas LGBT brasileiras para se informar sobre direito e política durante a quarentena

20 pessoas trans incríveis para acompanhar no Instagram

Por Ledah Martins, convidada da Casa 1

Essa semana a atriz, diretora e dramaturga Renata Carvalho falou nesta entrevista para o blog da Casa 1 sobre a importância da representatividade e das referencias, por isso convidamos a dj, produtora, modelo e voluntária da Casa 1, Ledah Martins para que listasse 20 pessoas trans incríveis para seguir no Instagram e olha, é tiro atrás de tiro. Aproveitem!

Aretha Sadick –  Atriz, modelo e cantora

https://www.instagram.com/p/B-f7xftl9wq/

Stripperella – Drag Performer

https://www.instagram.com/p/B9ko58ZAPQ7/

Ventura Profana – Cantora e Artista Visual

https://www.instagram.com/p/B-n6kNFJLMt/

Malka – Dj e Produtora Musical

https://www.instagram.com/p/B-H9iQfnWhD/

Ana Giselle – Dj, performer e produtora MARSHA!

https://www.instagram.com/p/B9Xw0w5HXhD/

Luca Scarpelli – Youtuber, ator e publicitário

https://www.instagram.com/p/B_V86ihpcNy/

Maria Clara Araújo – Assessora parlamentar

https://www.instagram.com/p/B8ICvgSFyAE/

Paulete Lindacelva – Dj e Comunicadora

https://www.instagram.com/p/B-28P5Jns-x/

Tereza Tessaro – Estudante de história na USP e Podcaster

https://www.instagram.com/p/B3XUakFA3__/

Paty Dellii – Empresária e produtora Terça Trans

https://www.instagram.com/p/B9ifWQNnRZL/

Fernando Ribeiro – Dj

https://www.instagram.com/p/B_DpzSanjLL/

Valentin Rosa – Músico e Técnico de som

https://www.instagram.com/p/B_B5rw0JxFn/

Natasha Princess – Drag Performer

https://www.instagram.com/p/B-8TgCbJzUU/

Helena Aguiar – Dançarina e Performer

https://www.instagram.com/p/B-5-8PAHYv7/

Gabrielle Joie – Atriz e Modelo

https://www.instagram.com/p/B-hu-3oBssN/

Kiara – Dj

https://www.instagram.com/p/B_TJ-AgHHlZ/

Lucyfer Eclipsa – Artista Visual, Ilustradora e produtora Transarau

https://www.instagram.com/p/B-iKRZDnjiO/

Teodora Oshima – Estilista

https://www.instagram.com/p/B_DYjUMnz8W/

Ona – Atriz e Modelo

https://www.instagram.com/p/B-iF6bPB2I-/

Lala Laurenti – Empresária e Esteticista

https://www.instagram.com/p/4Pn1YXRwX-/

E para finalizar, a autora deste post: Ledah Martins

https://www.instagram.com/p/B94oJULH89q/

 

 

 

As referências de Quem Faz a Casa 1

Para quem acompanha as redes da Casa 1, temos o costume de dividir com vocês um pouco dos bastidores do nosso trabalho através da série #QuemFazaCasa1, que são pequenos depoimentos de pessoas que trabalham nas mais variadas áreas do nosso projeto, falando sobre o nosso dia a dia. Com o isolamento social, tivemos que ajustar o nosso formato de trabalho e boa parte do que estamos fazendo está acontecendo em reuniões virtuais, elaboração de relatórios e assim por diante.
Pensando nisso, decidimos reativar o #QuemFazaCasa1, mas dessa vez pedindo para que as pessoas nos indicassem alguma material de referência que, de alguma forma, ajude a explicar ou que esteja relacionado com o tipo de trabalho realizado aqui na Casa. Este é um jeito de a gente falar um pouco mais sobre como a gente trabalha e compartilhar inspirações que orbitam e guiam o nosso fazer.

VALE SAIG (Projeto babadeira)

Livros “Tudo Nela Brilha e Queima” de Ryane Leão e “Pedagogia do Oprimido” de Paulo Freire

“Uma das consequências do Covid 19 foi a Quarentena, medida de precaução para não espalhar ainda mais o vírus. Assim que a quarentena começou fiquei muito abalada, triste, com vários ataques de ansiedade. Mais a medida que o tempo esta passando só agradeço a oportunidade e o privilégio de poder ficar em casa. Assim comecei a tirar proveito deste tempo tão valioso para reflexões sobre nós mesmos, a comunidade, o planeta. Tenho dedicado muito tempo a decifrar minhas dores, minhas angústias, a ver minha pertencia, a redescobrir meu silêncio. Comecei a fazer várias coisas que no dia a dia paulistano (ritmo frenético de trabalho e compromissos) não conseguia realizar. O simples ato de ler um livro. “Tudo Nela Brilha e Queima” de Ryane Leão é um dos livros que esta me ajudando muito e que me me ajuda a entender sobre as dores das mulheres negras, se eu posso entender minhas feridas vou poder empoderar e ajudar outras mulheres. No projeto, eu ministro várias aulas de automaquiagem e de maquiagem profissional, onde falo muito do amor próprio e empoderamento. Como cuidar de nós e tão importante, é quantas vezes deixamos isso de lado. Não é só passar um simples creme ou uma máscara, é muito mais profundo do que isso. E o segundo livro que tem me dado chão (a leitura não é tão fácil mais vale muito a pena) é “Pedagogia do Oprimido” do Paulo Freire, aprendizados sobre o diálogo que possibilita a conscientização com o objetivo da transformação na educação . No Projeto Babadeira estamos trabalhando para poder fortalecer nossa pedagogia de ensino sobre os diálogos a beleza, amor próprio e educação.”

DENISE PIRES (biblioteca comunitária caio fernando abreu)

Livro “O velho e o mar” de Ernest Hemingway

“Escrito em 1951, em Cuba, esta pequena obra prima é o livro que mais indico na biblioteca porque sua história de força e resiliência mostra a grandiosidade da vida perante as adversidades do caminho. Em cada uma das pessoas que conheço e atendo na Casa 1 eu vejo a luta e nobreza de Santiago.”

 

IRAN GIUSTI (comunicação)

Documentário “Ex-Pajé” , livro “Ideias Para Adiar o Fim do Mundo” e página “Mídia Índia”

“”Ex- Pajé” é um semi-documentário de 2018 dirigido pelo Luiz Bolognesi e conta a história de um pajé que para ser aceito novamente em sua comunidade tem que se tornar zelador de uma igreja evangélica. O filme é lindo de doer, tem um tempo muito único daquelas pessoas e mostra a violência e crueldade das missões evangélicas. Um soco no estômago que me fez entender mais ainda o quanto as lutas dos grupos minorizados tem uma mesma raiz. Dá pra alugar no Youtube e no GooglePlay.

Ainda nesse campo, destaco “Ideias Para Adiar o Fim do Mundo” , um livro do Ailton Krenak (o livro fala de um entendimento de mundo completamente oposto do predominante, algo que é um dos cernes da Casa 1) e também a página Mídia Índia que compila matérias e informações sobre a luta indígena no país.

CAROLINA CASTANHO (educativo)

Relato da educadora Renata Meirelles e vídeos

“Pra este menino, o brinquedo só faz sentido quando a brincadeira está viva, caçar sementes, construir o pião e jogar faz parte do mesmo ciclo. depois, aquela semente volta a ser floresta ” Renata Meirelles.

Aqui os links dos vídeos: vídeo 1vídeo 2vídeo 3 e vídeo 4

“Achei bonita essa frase tão pequena que faz parte de um relato da educadora Renata Meirelles sobre um menino de Roraima que fazia pião com sementes de Tucumã. Um brincar acontecendo no encontro do corpo com o mundo. do corpo com seu território. durante as aulas de teatro e o estar na Casa1 ficava especialmente intrigada com a facilidade que eles tem de fluir entre-mundos, e como carregavam consigo objetos de seu território sem aplicar à eles uma função isolada, eterna ou única de existência. Os revólveres feitos de canos de pvc e fitas isolantes são revólveres da mais alta potência. Sejam eles, de fato usados para um assalto forjado ou para a criação. aliás, esse limite entre o brincar e o real é bastante estreito. como os jogos de policia e ladrão margeiam campos de ficção e realidade. E apesar dos pesares, não deixo de achar engraçado como ficamos perplexo quando caímos nos jogos, até porque eles nos colocam junto do que há de mais vivo. Pego esse exemplo do revólver porque é um objeto do território e um jogo que desmancha a ideia de que o jogo faz parte de campo exclusivo da infância. É claro que há outros jogos e inventividades que permeiam nosso estar. Assim como o campo da infância se difere do campo do adulto. Mas, o que me interessa é quando o jogo consegue presentificar as forças atuantes. Um jogo pode atuar no campo do cinético-espacial assim como atua no campo da ética e da política. Pular corda, brincar com pedras, equilibrar-se num pé só, bater cartas, apostas prá-valer, banhos de esguicho, esconde-esconde, correio elegante e por aí vai. Estar na Casa com os jovens e crianças não é estar num campo de segurança ou preparação para a vida. É estar nela, e ficar nos jogos é poder mover-se no mundo. E quem sabe mudar algumas peças de lugar mesmo que depois do fim do jogo elas voltem a ser cidade.”

ALVINA CIRILO (assistência social)

Música “Tente Outra Vez”, do Raul Seixas

“A letra desta música transmite ânimo, fala sobre não desistir dos sonhos e das conquistas, sejam elas pequenas ou grandes. A letra retrata a realidade vivida por nós e principalmente  para os moradores da Casa 1. Eu exerço várias atividades na Casa 1, vou elencar algumas delas: faço compras, colaboro na manutenção da casa e na organização do Centro Cultural Casa 1, colaboro com a equipe de gestão de RH, organizo junto com a equipe de voluntários, o atendimento junto às pessoas em situação de rua, atendimento este que se realiza no local que denominamos de paliativo, que consiste na distribuição de roupas e kits de higiene. No entanto, o que eu faço e que considero prioritário e o que mais me alegra dentre as minhas funções, é o incentivo que procuro dar aos jovens recém acolhidos, para que possam colocar em prática suas novas ideias. Procuro orientá-los na busca de seus direitos e na efetivação dos mesmos, porém, a força para que tudo aconteça está dentro de cada um. O que eu faço é assoprar aquela brasinha que está coberta de cinzas e fazê-la voltar a ter chamas e isto como se diz por aí: “não tem preço”. Os jovens que são acolhidos na Casa 1 chegam fragilizados e aos poucos a situação emocional e material vai mudando.  Os desdobramentos acontecem, aquela pastinha de vida, que chega vazia de alegria, de repente fica repleta de sorrisos, e olha que são sorrisos de batom vermelho, prancha no cabelo, perfumes, cosméticos mil e autoestima lá em cima.  E a pastinha dos documentos, a qual cobro bastante dos acolhidos, vai ficando organizada, e assim, tudo fica pronto para que eles possam correr atrás da saúde, trabalho, educação, vida social, baladas e amigos.  E a partir daí, a vida destes jovens entre 18 e 25 anos, segue o seu curso natural. E diante de uma nova etapa, se por acaso tiverem dificuldades, como eles dizem,  “se der ruim”, o que pode acontecer, é seguir o que disse  Raul Seixas: “Tente Outra Vez”, porém, desta vez ele não estará mais sozinho, pois a equipe da Casa 1,  passa a ser um ponto de apoio para aqueles que já saíram, para os que estão na Casa e para  os que virão.”

A CASA 1
(Alvina Cirilo)

A Casa 1 tem festa

Mas também tem labuta

E muita luta

A Casa 1 tem alegria todo dia

Que não combina com pandemia

A Casa 1 traz aconchego pra cada um

Que venha daqui, dali

Ou de acolá

Não importa

O respeito é o que aporta

A Casa 1 tem arte

E criança que faz arte

Tem doçura nas criaturas

Tem costura

Tem inglês

Pra qualquer freguês

Que quiser enobrecer

A custa do saber

Mas também tem dança

Comidinhas que alegram a pança

Idosos que jogam bingo

Jovens que bordam e tricotam

Fazem maquiagens e

Traquinagens

Tem bibliotecas com muitas histórias

Que se misturam com as nossas e vossas

Tem gente unida

Que com beleza e alegria

Está encarando a pandemia

Levando pra vizinhança

Um pouco de esperança

A Casa 1 tem festa

Mas também tem labuta

E muita luta

A Casa 1 tem alegria

Que não combina com pandemia

Bruno Oliveira (centro cultural)

Poema “A educação pela Pedra” de João Cabral de Melo neto

“Logo no início do poema “A educação pela Pedra” (publicado em 1966 em livro homônimo), o pernambucano João Cabral de Melo Neto aponta para um aspecto fundamental do trabalho que fazemos na Casa 1: é preciso estar atento à didática da pedra, “frequentá-la”. Reconhecer na partilha do mundo, do chão, da pedra, suas possibilidades de ensino-aprendizagem e a partir dela instituir uma prática dialógica. Estar atento à estas lições da pedra é sobretudo uma tarefa política que atravessa toda a nossa atuação, no centro cultural, na clínica social e na república de acolhida.”

A EDUCAÇÃO PELA PEDRA

(João Cabral de Melo Neto)

Uma educação pela pedra: por lições;

para aprender da pedra, frequentá-la;

captar sua voz inenfática, impessoal

(pela de dicção ela começa as aulas).

A lição de moral, sua resistência fria

ao que flui e a fluir, a ser maleada;

a de poética, sua carnadura concreta;

a de economia, seu adensar-se compacta:

lições da pedra (de fora para dentro,

cartilha muda), para quem soletrá-la.

*

Outra educação pela pedra: no Sertão

(de dentro para fora, e pré-didática).

No Sertão a pedra não sabe lecionar,

e se lecionasse, não ensinaria nada;

lá não se aprende a pedra: lá a pedra,

uma pedra de nascença, entranha a alma.

ANGELO CASTRO (PROGRAMAÇÃO)

Peça “O Evangelho segunda Jesus Rainha dos Céus” no Teatro Oficina

“”Depois de pensar muito a respeito, acho que algo que me remete muito ao que faço hoje na Casa 1 como assistente de programação, foi a peça “O Evangelho segunda Jesus Rainha dos Céus” protagonizado pela brilhante atriz Renata Carvalho, e especialmente na ocasião que assisti, foi um evento produzido e organizado por nós da Casa, na semana de visibilidade Trans de 2019. Mesmo sendo algo estruturado por nós, a peça aconteceu no Teatro Oficina, vizinho, parceiro e amigo do projeto. Toda essa sucessão de fatos me remete a algo muito potente e relacionado à visão do trabalho que faço hoje. A peça, que já foi censurada inúmeras vezes, faz uma releitura de textos religiosos e do próprio evangelho (que conta a história de Jesus), mas mostrando esse Jesus encarnado em um corpo Trans, na pele de Renata, e todas as sutilezas e escancaramentos da peça, assim como todo o (re)significado do texto vem a partir desse fato. Foi tão expressivo, por me ver fazendo parte desse evento, ajudando a organiza-lo e produzi-lo, e vê-lo acontecer em um teatro histórico e renomado, apinhado de gente por todos os lados. Acho que meu trabalho tem muito disso, de ajudar realizar coisas tão incríveis, com o destaque e a voz desses corpos dissidentes e muitas vezes marginalizados, falando de algo tão urgente e importante, e assim como o texto ressignifica o evangelho, ressignifica também o mundo a nossa volta, e nossa compreensão da sociedade, e acredito que a tudo isso junto ajuda na construção de um espaço onde isso seja possível de acontecer. A Renata Carvalho, assim como muitas outras pessoas trans estão mostrando seus trabalhos por aí seja na escrita, atuação e diversos outros campos e merecem serem vista e apoiadas.”

Letícia Ferreira (Clínica Social)

Podcast “DEGENERADOS”

“Hoje eu indico para ouvir nesse isolamento social é o podcast “DEGENERADOS”, realizados por dois homens trans, onde eles recebem perguntas sobre questões trans e suas interseccionalidade. O episódio #7 “COBAIAS” gerou várias reflexões sobre o trabalho que realizo na Casa 1. Hoje sou uma das psicólogas que atende moradores e moradoras na República de moradia e coordenadora da clínica social Casa 1. Durante esse episódio também foi falado sobre o despreparo ou até desserviço dos profissionais de psicologia e o quando isso pode gerar mais uma violência para essa pessoas . A Casa 1 é uma espaço que sempre busca questionar os processos de saúde mental, (que muitas vezes são cisgêneros, heteronormativos, elitistas e brancos). Hoje faz 3 anos que estou atuando na Casa e tentando ressignificar esse espaço de escuta que a psicologia propõe, para um espaço sem gerar violência, opressão e obrigatoriedade.”

Diego almeida (educativo)

Livro “Mulheres, raça e classe” da Angela Davis

” Esse livro tá me dando uma surra de realidade e aprendizado, em todos os dias que leio. É muito bom, faz parte da minha vivência e do meu trabalho e com o que a Casa 1 busca também. Quando se pensa em dança para todos, todos os corpos, e eu trabalho com dança na Casa, então eu penso muito sobre isso. E dança em São Paulo ainda é para brancos, quem vai prestigiar, a maior parte dos bailarinos, são brancos. Então esse livro me faz refletir sobre o quanto é importante ter pessoas nessas nesses espaços de trabalho como a dança, como a Casa 1. E ainda, pensar que raça e gênero são suas questões que andam em paralelo, simultaneamente.”