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Pesquisa de alunos da USP indica a ausência da pauta LGBT+ na Agenda Pública

Live de lançamento (21/06) do relatório contará com as presenças de Erika Hilton e Bruna Benevides

Nos últimos 8 meses, alunos do curso de graduação em Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo, campus leste, decidiram mobilizar a discussão sobre as políticas públicas para a população LGTB+ brasileira no marco do projeto Agenda Governamental em Pauta. Na próxima segunda-feira (21/06), às 19h, no Instagram do projeto LGBTQIA+ EM PAUTA, será realizada uma live com a vereadora Erika Hilton (PSOL/SP) e Bruna Benevides (ANTRA), que marcará o lançamento do relatório final da pesquisa.

Em termos gerais, a cada edição, o Agenda Governamental em Pauta, iniciativa do Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas (OIPP) e o Grupo de Estudos de Inovações na Gestão Pública (GETIP), busca levantar o estado da questão pesquisada em termos de disponibilidade de dados públicos, de discussão no poder público e na sociedade civil e de presença ou ausência da pauta na agenda pública.

Na presente edição, voltada à política LGBTQIA+, de modo distinto às últimas edições, os pesquisadores se deparam com a completa ausência de dados e informações sobre políticas públicas da área O projeto atesta a insuficiência dos mecanismos que promovem e financiam a ação pública, a sistemática negativa de incluir as necessárias demandas para a população LGBTQIA+ na agenda governamental e o “apagão” de dados sobre a população LGBTQIA+.Paradoxalmente, neste sentido, o estudo indica que se constitui um vicioso dilema entre a falta de dados e a inexistência de políticas públicas: sem políticas públicas e sistemas de direitos não se conhecem os dados da população LGBT+ e, sem dados dela, não se promovem políticas públicas que efetivem a cidadania de LGBT+.

Nesse sentido, por meio de levantamento exploratório, a pesquisa intencionou compilar e organizar diferentes pesquisas realizadas no contexto nacional, para logo explorar quais as mais recorrentes demandas e problemáticas elencadas por grupos da sociedade civil organizada, parlamentares envolvidos com a questão ou pesquisa universitárias. O levantamento mapeou também a dimensão cognitiva das questões, ou seja, buscou compreender como o tema tem sido debatido na esfera pública, considerando os principais grupos envolvidos, atores políticos e a mídia.

Organizada em quarto quatro áreas temáticas de ação pública (Educação, Saúde, Segurança Pública e Assistência Social & Trabalho), a pesquisa também construiu as chamadas “teias de problema”, conceito importante na resolução de problemas de gestão pública, que trata de demonstrar graficamente o inter-relacionamento entre as questões levantadas, e como a partir dos encontros dessas, ciclos de exclusão social e negligenciamento político são gerados e mantidos.

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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