MEC nega Bolsa Permanência a 6 em cada 10 alunos indígenas e quilombolas

Auxílio de R$ 900 por mês permite que essas populações se mantenham longe dos seus territórios. Falta de bolsas obriga universidades a criar outros critérios de seleção

6 pontos de arrecadação de doações para Pernambuco

Desde a última quarta-feira (25/5), Pernambuco tem sofrido com fortes chuvas que não cessam. Até o momento, cerca de 5 mil pessoas estão desabrigadas, 91 pessoas morreram e 26 continuam desaparecidas.

Segundo o INMET (Instituto Nacional de Metereologia), em 72h choveu o esperado para o mês todo. O alerta de chuvas nas regiões continuam em “vermelho”, ou seja, representam um grande perigo. Se você pode, ou conhece alguém que pode doar, espalhe esta chamada!

SOS MEU RECIFE

O site SOS MEU RECIFE aceita doações a partir de R$ 20. A arrecadação será direcionada para compra de alimentos e financiamento de transporte para que famílias sejam retiradas de locais de risco.

Instituto Transviver

O Instituto Transviver é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que promove o empoderamento da população LGBTQI+ e luta pelo respeito à diversidade humana. Saiba os pontos de arrecadação e o que doar no Instagram.

Centro de Cultura Luiz Freire e Coletivo de Mulheres Periféricas e LGBT+

As instituições se uniram para receber roupas, alimentos, cobertores e quantias em dinheiro na região de Peixinhos, em Olinda. Acesse o Instagram do Centro de Cultura ou do Coletivo de Mulheres para saber como ajudar.

Unificados PopRua

União de Projetos Sociais que atuam em prol da População em Situação de Rua. Saiba como ajudar clicando aqui.

Gris Solidário

Espaço solidário de apoio lúdico e psicopedagógico para crianças da Várzea. Veja no Instagram como doar.

Foto de capa: Reprodução/ Estadão Conteúdo

Gabriela Loran: “Eu me vejo ganhando um Oscar”

Desde criança Gabriela queria ser artista. 

Na infância ela sempre se identificou com o lúdico, com a arte de inventar personagens. Dona de uma imaginação muito fértil, que ela cultiva até hoje, “porque a imaginação é o ouro que a gente tem, mas acaba se afastando conforme vamos crescendo e vendo como o mundo é” ela cresceu vendo artistas mirins tomarem conta da televisão em casa. 

“Eu via as crianças indo no Raul Gil e achava incrível. Eu também queria poder mostrar meus talentos, meus dons, mas, a gente tinha uma condição muito difícil. Pedia para a minha mãe me botar no teatro, aula de música, só que não podia porque a gente não tinha verba”, conta a atriz por chamada de vídeo em entrevista para a Casa 1. 

“Fui crescendo com esse incômodo e na escola e na igreja participava do teatro, mas o que eu queria era realmente viver aquele ofício”.

Quando ela tinha 18 anos, entrou em um curso de Segurança do Trabalho para se preparar para a faculdade de Engenharia Ambiental. Porém, o seu curso dos sonhos estava na CAL – Casa das Artes das Laranjeiras, centro de treinamento de mão de obra artística para diversos setores das artes cênicas no Rio de Janeiro. 

“As aulas eram muito caras e eu não tinha condição de pagar com os 1300 reais que recebia na farmácia. Me formei em Segurança do Trabalho e na época que começaria Engenharia Ambiental, abriu o vestibular da CAL que, querendo ou não, é uma faculdade elitista, bem cara”, conta. 

“Fiz o FIES (programa de financiamento estudantil) e consegui bolsa de 100%, pagava 50 reais que era só a taxa do programa e consegui fazer a faculdade inteira. Minha tia me ajudou e eu deixei meu emprego e tudo para trás. Meus pais juntaram o pouquinho do dinheiro que eles tinham para que eu pudesse alugar um quarto na casa de uma família no Rio de Janeiro”. 

Assim, a atriz saiu de São Gonçalo, subúrbio do Rio de Janeiro, e se mudou para a capital para concluir seus estudos em artes cênicas.

Experiência nas telas 

Em 2018, Gabriela  entrou no ar na televisão pela primeira vez para fazer a coreógrafa Priscila em “Malhação Vidas Brasileiras”. Ela foi a primeira atriz trans na série. 

“Eu já tinha feito cinema, em uma participação como elenco de apoio, mas TV é completamente diferente do teatro e do cinema. No teatro, se a peça durar dois anos, você vive intensamente dois anos daquele personagem no palco. No cinema você vive isso e na TV também, mas são muitos fatores externos. Por exemplo, se vazar som [durante a gravação], tenho que refazer a cena. Você vai se desenvolvendo para saber trabalhar neste meio para não se desconectar do personagem”. 

“A Malhação foi incrível porque foi minha primeira oportunidade, que nem foi uma grande oportunidade porque foi só uma participação, mas fui a primeira atriz trans a viver uma personagem trans então foi grandioso”. 

A participação abriu muitas portas para a atriz, que antes era convidada para diversos projetos, mas não recebia cachê. Depois da telenovela, ela conseguiu alcançar trabalhos remunerados, um divisor de águas na sua vida. 

Depois de quatro anos, a mesma diretora de Malhação, Natália Grimberg, a convidou para participar de “Cara e Coragem”, a próxima novela das 7 da emissora, como Luana. 

“Desde que fiz Malhação eu trabalhei muito, não parei de trabalhar como atriz, só que fiz muitos trabalhos que ainda não saíram. Fiz “Perdidos” no Canal Brasil, “Anjo Loiro com Sangue no Cabelo”, fui protagonista de um filme internacional que ainda não saiu.. Só que na televisão já faz um tempo desde meu último trabalho”.

Para ela, a projeção que o trabalho na grade diária dá  é muito boa porque transfere o trabalho do artista para fora da tela. Quando fez Malhação ela recebeu muitos comentários de ódio em suas páginas nas redes sociais. Por outro lado, ela também percebeu que seu trabalho chegou em pessoas que genuinamente querem saber mais sobre a causa trans. 

“Eu recebi mensagens de mães falando que, através do meu conteúdo, conseguiram respeitar e entender mais as filhas, por isso é importante que não haja transfake. Eu espero que a gente chegue em uma era em que todo mundo possa interpretar tudo, mas hoje em dia não tem como porque o Brasil é o país que mais mata pessoas trans e muito desse ódio vem da falta de informação”. 

“O transfake é quando um ator cis interpreta uma pessoa trans e aí, aquela senhorinha que está vendo a novela ou filme, que se sente interessada pela história daquela personagem, ela pesquisa (o ator ou atriz) e encontra uma pessoa que não é trans o debate acaba ali. Quando eu estava vivendo aquela personagem, quando as pessoas iam me pesquisar na internet e viam todo o trabalho que eu tinha na internet, era muito maravilhoso”. 

“Atores e atrizes trans vem galgando bons espaços e as pessoas, diretores querem ajudar, só que é muito difícil você ajudar sem dominar o assunto. Não é só contratar uma pessoa trans para ser atriz de novela. É importante ter uma roteirista trans, ela já vai saber desenvolver uma personagem trans e muitas vezes sem precisar passar pela dor, porque nós não somos só dor também. Eu quero fazer uma personagem que herde muito dinheiro de um pai que ela não sabia que tinha. Eu quero também viver uma personagem que esteja vivendo um relacionamento abusivo. É preciso nos dar mais protagonismo também”. 

“Eu consigo me imaginar ganhando um Oscar, sendo indicada ao Emmy, mas eu não vou ser indicada ao Oscar porque eu ainda não tenho uma personagem para mim. Não foi criada essa personagem ainda”. Em 2016, o ator Eddie Redmayne, protagonista do filme “A Garota Dinamarquesa”, foi indicado ao Oscar. Em entrevista recente, ele disse que hoje não aceitaria o papel.

“Sinto que a gente [mulheres trans], ainda tá muito limitada na dramaturgia. Eu tenho uma carga dramaturgica enorme, mas eu não posso mostrar porque meus personagens não permitem isso. As personagens são sempre a amiga de fulana, madrinha, secretária e eu quero mais. Eu não, nós queremos mais”, desabafa.

“Não quero ficar refém”

Apesar de ser dona de um perfil com bom alcance – no Instagram ela conta com mais de 330 mil seguidores, sua relação com as redes sociais é ambivalente. Gabriela entende a importância de seus números nas redes sociais, mas ao mesmo tempo não se deixa deslumbrar e entende que é um ambiente no qual é preciso ter cuidado. 

“O algoritmo quer transformar a gente. Não entende que a gente é humano, entende que a gente é máquina e demanda muita postagem senão para de entregar o conteúdo. Eu comecei a levar de uma forma que era mais saudável para mim. Não quero ficar refém de algoritmos. Já entendi o que entrega, mas não quero falar sobre dor o tempo inteiro”. 

Em um país em que o cenário tido como “comum” para pessoas trans é a expulsão de casa, Gabriela rompe esse padrão e exibe no perfil todo o carinho que recebe da sua família. 

“É importante para mostrar que existe esperança. A maior parte das pessoas que me seguem são pessoas cis. Talvez quando eu mostro minha família, isso vire a chave em alguém que comece a respeitar mais a filha. Poucas pessoas são humanizadas”.

@gabrielaloran

O deboche é livre e cheio de amor ✨💕🍀 #trans travesti

♬ som original – Gabriela Loran

“Eu tenho 300 mil seguidores, que eu amo, mas porque será que eu não tenho um milhão como pessoas cis que viralizam e não tem conteúdo nenhum. O retrato disso é o preconceito e a resposta é a violência. Estar na internet é importante e é importante mostrar que eu tenho uma família que me respeita e me vê como ser humano”.

“Quando falamos de pessoas trans os direitos caminham devagar. Teve recentemente a adaptação da Lei Maria da Penha e as pessoas estão comentando com raiva esse direito. Esse direito que veio porque a menina foi ameaçada pelo pai e lutou pelo direito à vida. Estamos lutando pelo direito à vida que muitas vezes é negado”. 

Agora, Gabriela está cursando sua segunda graduação: psicologia. 

“O que me construiu enquanto mulher nesse processo de transição foi o apoio da minha família nisso tudo e, acompanhando minhas amigas e outras mulheres trans na internet, [percebi que] quando elas foram buscar ajuda na psicologia elas saiam mais assustadas do que entraram”.

“Nesse período de pandemia quem cuida da saúde mental de pessoas trans porque eu não quero entrar em um consultório de um psicólogo e querer ser convertida, isso é contra a lei e contra o conselho de psicologia, mas tem gente que vende este discurso. Esse desejo veio daí, quero ter meu consultório, quero me formar, quero trabalhar com pessoas trans e suas famílias. Quero que as pessoas tenham o que eu tive. O preconceito e a ignorância às vezes é maior que o amor. Quero que isso venha para fora através da minha vivência”.

Ela garante que essa mudança de área não é permanente. 

“Quero continuar trabalhando como atriz, mas esse caminho é muito incerto. Às vezes você tá ganhando rios de dinheiro trabalhando mas meses depois você tá sem um centavo porque não foi chamada para nada. Hoje minha fonte de renda é a internet, mas não quero ficar refém. Por isso estou buscando um trabalho que goste”.  

Foto de capa: Divulgação/Arquivo pessoal

TSE participa do seminário “Mais Mulheres na Política”

O seminário “Mais Mulheres na Política” acontece hoje (30), a partir das 14h, no Senado Federal. Com a participação de parlamentares, representantes do Judiciário e outras personalidades de diferentes áreas, o evento irá promover debates sobre a ampliação de igualdade de gênero no país no meio político.

Organizado pela liderança da Bancada Feminina e da Procuradoria da Mulher da Casa Legislativa, o evento também conta com o apoio da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados e da comissão do TSE Mulheres.

Uma das palestras será conduzida pela ministra do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. Além dela, parlamentares da Câmara, do Senado, personalidades e pesquisadoras do tema também debaterão obstáculos e soluções para a ampliação da participação feminina e igualdade de gênero.

Samara Pataxó, assessora do Núcleo de Inclusão e Diversidade do TSE, vê o evento como “uma oportunidade para promover a interação entre poderes distintos (Legislativo e Judiciário) e para fomentar interesse das eleitoras brasileiras para a importância do voto feminino”.

Acesse aqui a programação completa.

Sobre o Seminário

O Seminário Mais Mulheres na Política contará com três mesas temáticas. O primeiro ciclo de debates é sobre Mulher na Política, com discussões sobre paridade e participação feminina nas eleições. No segundo momento, o tema é Mulher nas Democracias, trazendo um panorama da participação política das mulheres em outros países e suas experiências. O último tema é o debate Mulher nas Eleições, no qual serão apresentadas formas de mobilização, organização e campanhas permanentes de consciência da realidade política, bem como o caminho estratégico para alcançar a igualdade de gênero na política.

Foto de capa: Carlos Moura/STF

Parque do Rio Bixiga é tema de audiência na Câmara de SP

Amanhã (30/5), uma Audiência Pública conjunta debaterá o PL (Projeto de Lei) 877/2021, que prevê a criação do Parque Municipal do Rio Bixiga, na região central da cidade. O debate é promovido pelas comissões de Educação, Cultura e Esportes, CCJ (Constituição, Justiça e Legislação Participativa), Finanças e Orçamento e de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente.

De autoria do vereador Eduardo Suplicy (PT), o projeto conta com a coautoria de outros vereadores entre eles Erika Hilton e Silvia da Bancada Feminista, ambas do PSOL.

Aprovado nas comissões do mês de março, o requerimento diz que “há um forte movimento da sociedade civil, de mais de 4 décadas, pela criação do Parque do Rio Bixiga, que é uma demanda popular do tradicional bairro do Bixiga, região que é palco de diversas tradições culturais, em especial da tradição do teatro paulistano, tal qual o ícone da arquitetura paulista o teatro Oficina, imóvel tombado e uma das mais importantes motivações para a preservação do terreno e criação do Parque”.

Este desejo das moradoras e moradores foi registrada na plataforma Participe Mais. A criação e implementação do parque obteve a maior votação na região central para o Projeto de Orçamento Anual de 2022.

De acordo com o o requerimento, atendendo a um pedido da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) está proibido que a Prefeitura aprove projetos no terreno, em virtude do interesse cultural, arquitetônico e ambiental da área. O documento de convocação da audiência indica ainda a possibilidade de negociação com o Grupo Silvio Santos, dono do terreno, de uma desapropriação ou permuta, com transferência de potencial construtivo.

Entre os convidados para o debate estão representantes do Executivo, CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Grupo Silvio Santos, urbanistas, arquitetos, movimentos de moradia, além de diversos representantes da classe artística, incluindo José Celso Martinez Correa, dramaturgo e fundador da companhia de Teatro Oficina Uzyna Uzona.

SAIBA MAIS SOBRE O PARQUE DO RIO BIXIGA: “Pela urgente aprovação do Parque do Rio Bixiga

Serviço:

Audiência Pública conjunta das Comissões de Educação, Cultura e Esportes, de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, de Finanças e Orçamento e de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente

Tema: Criação do Parque Municipal do Rio Bixiga

Data: 30/5

Horário: 10h

Transmissão: Salão Nobre e redes sociais da CMSP

Mais informações:

Comissão de Educação – educacao@saopaulo.sp.leg.br

Comissão de Política Urbana – urb@saopaulo.sp.leg.br

Comissão de Finanças – financas@saopaulo.sp.leg.br

CCJ – ccj@saopaulo.sp.leg.br

Foto de capa: Mandy Rovere/ Caminhada saiu do Teatro Oficina e reuniu moradores, artistas e estudantes.

UNAIDS alerta sobre linguagem estigmatizante relacionada à “varíola dos macacos”

Entre os primeiros casos confirmados da “Monkeypox”, doença viral rara, estavam quatro homens que se relacionam sexualmente com outros homens (HSH) e isto foi suficiente para que a cobertura dada ao tema mirasse homens gays e bissexuais.

Assim como aconteceu na pandemia de HIV, vincular infecções a um grupo social não é só estigmatizante, mas, como diz a nota da instituição, impede a identificação de novos casos e atrapalha na investigação da saúde pública.

Leia a nota completa.

“O UNAIDS expressou preocupação sobre algumas reportagens e comentários públicos relacionados ao surto de varíola dos macacos, que têm usado linguagem e imagens, particularmente de pessoas da comunidade LGBTQIA+ e de pessoas provenientes do continente africano, que reforçam estereótipos homofóbicos e racistas e acentuam o estigma. As lições da resposta à pandemia de AIDS mostram que o estigma e a culpabilização dirigidos a certos grupos de pessoas podem rapidamente minar a resposta a surtos.

Desde 13 de maio de 2022, um surto de varíola dos macacos tem sido relatado em vários Estados-membros da ONU, ondes casos dessa doença não haviam sido reportados até então. De 21 de maio para cá, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu relatos de 92 casos confirmados em laboratório e 28 casos suspeitos em 12 Estados-membros onde a doença não é endêmica. Pesquisas mais detalhadas sobre o surto estão em andamento. A OMS observa que as evidências disponíveis sugerem que as pessoas que estão mais em risco são aquelas que tiveram contato físico próximo com alguém que esteja infectado com o vírus causador da varíola dos macacos.

O UNAIDS estimula a mídia, governos e comunidades a responderem a este surto a partir de uma abordagem baseada em direitos e em evidências que evitem o estigma.

“Estigma e culpabilização minam a confiança e a capacidade de prover uma resposta efetiva a surtos como este”, diz Matthew Kavanagh, diretor executivo adjunto do UNAIDS a.i. “A experiência mostra que a retórica estigmatizante pode rapidamente enfraquecer a resposta baseada em evidências, gerando medo, afastando as pessoas dos serviços de saúde, impedindo os esforços para identificar casos e encorajando medidas punitivas ineficazes. Nós reconhecemos o esforço da comunidade LGBTQIA+ de liderar o caminho da conscientização – e reiteramos que esta doença pode afetar qualquer pessoa”.

O surto da varíola dos macacos demonstra que as comunidades continuarão a enfrentar ameaças de surtos ou pandemias causadas por vírus. A coordenação e solidariedade internacional são essenciais para a saúde pública, pois os vírus só podem ser superados globalmente.

“Este surto destaca a necessidade urgente de as lideranças fortalecerem a prevenção da pandemia, incluindo o fortalecimento da capacidade de resposta liderada pelas comunidades e uma infraestrutura de direitos humanos que apoiem respostas eficazes e não estigmatizantes aos surtos”, destaca o Dr. Kavanagh. “O estigma prejudica a todas as pessoas. A ciência compartilhada e a solidariedade social, por outro lado, ajudam a todos”.

O UNAIDS incentiva toda a mídia que cobre a varíola dos macacos a seguir as atualizações regulares que estão sendo emitidas pela OMS.”

Sobre o UNAIDS

UNAIDS é o programa das Nações Unidas criado em 1996 e que tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à AIDS. Tem como objectivo prevenir o avanço do HIV, prestar tratamento e assistência aos afectados pela doença e reduzir o impacto socioeconómico da epidemia

Foto de capa: Acervo GIV – Grupo de Incentivo à Vida/memorial incompleto da epidemia de aids

Coletivo Casa 4 volta a São Paulo para Virada Cultural 2022

O Coletivo Casa 4 volta a São Paulo dois anos após a sua última apresentação para integrar as atrações da Virada Cultural 2022. Com o espetáculo Me Brega, Baile!, o reencontro com o público acontece no dia 28/05, às 18h, no Centro Cultural da Diversidade. Com exibição gratuita, o retorno a São Paulo promete ser emocionante.

Com várias apresentações pelo Brasil, além de espetáculos Online e Workshops, o coletivo é formado por homens gays, que levam as Danças de Salão como forma de desconstruir os binarismos e outras formas de preconceitos nesses espaços. Em Me Brega, Baile!, o grupo reúne experiências próprias vividas, e as apresenta em forma de arte, protesto e reflexão, tudo isso ao som de música boa e brega.

O Casa 4 faz sua primeira exibição deste espetáculo em terras paulistas desde o início da pandemia, e os integrantes prometem levar muita dança, amor e breguice, de uma forma inusitada e com a participação do público.

Me Brega, Baile!, é um espetáculo interativo, que tem a proposta da participação dos espectadores, o que torna cada apresentação única. Com danças, toques de humor e momentos de tirar o fôlego – literalmente -, os integrantes prometem fazer todo mundo se mexer.

Serviço

O que: Me Brega, Baile!

Quando: 28/05, às 18h

Onde: no Centro Cultural da Diversidade

Entrada: Gratuita

Foto de capa: Divulgação/ PEU

Barbie homenageia Laverne Cox com 1ª boneca trans de sua coleção

A Barbie apresentou nesta quarta (25) a primeira boneca trans de sua linha na história. A homenagem foi feita à atriz americana Laverne Cox, mulher transgênero negra que já atuou em séries como “Inventando Anna” e “Orange Is the New Black”.

“Laverne foi escolhida pela Barbie® por toda a sua contribuição, impacto, autenticidade e legado”, diz a marca da Mattel em nota.

Segundo a empresa a intenção é incentivar as crianças a se descobrirem e apresentar possibilidades ilimitadas de brincadeiras e ferramentas com conceitos de representatividade.

“Espero que todo mundo possa olhar para esta Barbie e sonhar grande, assim como eu”, afirma Laverne Cox em comunicado. “O espaço de sonhar e manifestar é uma fonte tão poderosa e pode nos levar a alcançar mais do que você mesmo imagina”, diz a produtora, escritora e defensora LGBTQIA+.

A boneca vem com vestido vermelho, botas de salto alto e roupa metálica prateada, além de brincos, maquiagem e cabelos longos. A previsão de chegada ao Brasil é em junho deste ano com preço sugerido de R$ 360.
A Mattel tem investido em linhas que expressam mais representatividade, com bonecas com diferentes tipos de corpo, tons de pele, cabelos, olhos e looks. Além disso, ainda destaca mulheres de destaque em suas profissões.
Neste mês, Barbie apresentou ainda sua coleção 2022 com boneca com aparelho auditivo e Ken com vitiligo.

“É importante que as crianças se vejam refletidas no produto e incentivem a brincadeira com bonecas que não se parecem com elas para ajudá-las a entender e celebrar a importância da inclusão”, disse a vice-presidente da Mattel e chefe global da Barbie, Lisa McKnight.

POR AMON BORGES
SÃO PAULO, SP

Foto de capa: Divulgação

Pesquisa do IBGE mostra impacto da LGBTfobia na autodeclaração

Pela primeira vez o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) perguntou a pessoas no território brasileiro como eles autodeclaram sua orientação sexual e afetiva.

A pesquisa foi divulgada hoje (25/5) e a entrevista conta com mais de 108 mil domicílios em todas as regiões do país.

Os entrevistados foram questionados sobre sua orientação sexual, com seis opções de resposta: heterossexual, homossexual, bissexual, outra, não sabe e recusou-se a responder. Cerca de 2,3% das pessoas questionadas escolheram não responder.

O IBGE não coletou informações a respeito da identidade de gênero da população e diz que está estudando metodologias para incluir o tema nas próximas pesquisas.

Apesar de ser um passo importante para a criação de políticas públicas específicas, os dados podem não retratar corretamente a população LGB+ do país, especialmente porque as pessoas que se autodeclararam para a pesquisa são pessoas que já são “assumidas”, como ressalta Artur Santoro, curador independente, pesquisador de histórias e culturas afro-brasileiras e diretor de projetos na festa Batekoo.

O jornalista Renan Sukevicius, também trouxe pontos importantes para o debate:

As perguntas sobre orientação afetiva e sexual foram colocadas na PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) de 2019 a pedido do Ministério Público Federal. O MPF entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal para que os campos sobre identidade de gênero e orientação sexual fossem adicionados no questionário do estudo .

Para o órgão, a limitação na identificação desses grupos impede a formulação de políticas públicas específicas.

A pesquisa completa pode ser consultada aqui.

Foto de capa: Divulgação

10 podcasts jornalísticos para se informar sem ser barrado no paywall

O formato e a facilidade para ouvir os episódios em qualquer lugar, independentemente da atividade que está sendo feita, impulsionou o consumo dos podcasts atraindo diferentes nichos de produtores de conteúdo. Agora, temos podcasts de todos os tipos, análises de música, contadores de história, entrevistas, conselhos para dramas afetivos e familiares, horóscopo, tecnologia e mais!

Nesse mar de produção na podosfera, também temos uma grande variedade de conteúdo jornalístico que passeiam entre análises, entrevistas, radiodocumentários e debates sobre as principais notícias do dia.

Para quem gosta de ouvir os episódios para se distrair durante as tarefas domésticas – e não aguenta mais os malabarismos para quebrar o paywall dos jornais – separamos 10 podcasts que vão desde investigações sobre como estão hoje os personagens dos memes mais famosos do Brasil, longas entrevistas e reportagens sobre soberania alimentar. Alguns podcasts são exclusivos do Spotify.

Além do meme

Além do Meme é um podcast investigativo que mistura jornalismo e entretenimento, e é apresentado por Chico Felitti. Cada episódio traz o perfil de uma pessoa que teve sua vida mudada, para bem ou para mal, depois de viralizar na internet.Conhecido por contar histórias de personagens populares, como o Fofão da Rua Augusta, Chico dedica meses de investigação para cada perfil, e vai a fundo nas histórias nunca contadas das pessoas além do meme

Vida de Jornalista

Um podcast narrativo/documental com bastidores de reportagens e reflexões sobre o jornalismo. 

Prato Cheio

Podcast do jornal O Joio e O Trigo sobre alimentação.

Retrato Narrado

Retrato Narrado é uma série original do Spotify e da revista piauí, produzida pela Rádio Novelo. Cada temporada traça um perfil de uma personalidade de relevo, buscando explicar suas origens, motivações, sucessos, derrotas e contradições. Fruto de uma apuração iniciada ainda em 2019, a primeira temporada traz a repórter Carol Pires detalhando a trajetória de Jair Bolsonaro. São seis episódios, publicados semanalmente, nas manhãs de quarta-feira.

Expresso Ilustrada

No fim das tardes de quinta-feira, sempre às 16h, você vai escutar um programa com as principais histórias e notícias do mundo das artes. O Expresso Ilustrada, podcast de cultura da Folha, vai falar de filmes, discos, livros, séries de TV, peças de teatro e de moda. O programa está disponível em todas as plataformas

Foro de Teresina

Podcast de política da revista piauí. Os jornalistas Fernando de Barros e Silva, José Roberto de Toledo e Thais Bilenky discutem o que aconteceu de mais importante na semana. Publicado às sextas-feiras, às 11h. Produção Rádio Novelo.

Passagem Só de Ida

Passagem só de ida é um podcast da Casa 1 e do Acervo Bajubá, com apoio da Rede MILBI, de compartilhamento de histórias de pessoas LGBT+ brasileiras e estrangeiras que migraram para a cidade de São Paulo, ou passaram por ela, em algum momento de suas vidas. Cada episódio traz o relato de alguém sobre os seus processos de deslocamento físico e subjetivos, priorizando a sua liberdade narrativa e os marcos pessoas por meio dos quais ela conta a sua trajetória e recompõe a sua história. O Passagem só de Ida busca, assim, propor outras perspectivas para recompor as experiências históricas das pessoas LGBT+ brasileiras, para além dos enquadramentos que costumam restringir o seu relato a situações de violência.

#Telefonemas

Telefonemas é um podcast de entrevistas através de ligações. Skype, Hangouts, Whatsapp, não importa. Conversas longas e curtas. Todo tipo de personagem tem espaço aqui.

Lado B do Rio

O Lado B do Rio debate a sociedade, a cultura e a política a contrapelo, pela esquerda, se contrapondo à mídia empresarial de direita. O programa é publicado desde 2016, às sextas-feiras, no formato que compreende entrevistas e debates. A bancada é composta pelos jornalistas Caio Bellandi e Fagner Torres, o economista Daniel Soares e a publicitária Luara Ramos.

Rádio Escafandro

Em cada episódio, uma investigação jornalística. Com uma hora de duração, os episódios são um mosaico de entrevistas inéditas, gravações em campo e áudios de arquivo, costurados pela narração do jornalista Tomás Chiaverini. Os temas são os mais variados e a abordagem é sempre profunda, irreverente e inusitada.