Uma carta para quem faz a Casa 1

Fazer parte de algo é sempre um desafio, fazer parte de algo tem como princípio desafiar o que está posto é um desafio multiplicado por milhões. A Casa 1 nasceu de uma ideia inocente e meio louca, logo ganhou proporções assustadoras: as demandas chegavam e ainda chegam em um volume nunca imaginado por ninguém que se propôs à participar dessa empreitada e muitas vezes tiram o ar.  

Sempre soubemos que nossa luta, que é também nosso trabalho, seria dolorida, afinal, lidamos com violências constantemente, nos dedicamos a tentar criar ferramentas para sobrevivência, mergulhamos em buscas constantes por estratégias de vida e fazemos tudo isso em meio à uma estrutura feita para destruir. 

Como manter nossos ideais quando pilhas e pilhas de burocracias e contas se acumulam, como seguir trabalhando quando vamos, pouco a pouco adoecendo, como seguimos enfrentando um sistema perverso enquanto reproduzimos em diversas escalas esse sistema? Como viver no sistema, sem viver o sistema?

Nos últimos meses tivemos que lidar com despedidas, tivemos que vivenciar partidas, tivemos que cuidar de feridas, dos que foram e dos que ficaram, sempre falando e sempre tentando entender o que não deu certo. Mas para muitas coisas não existem respostas, ainda que continuemos em busca. 

Mas existe o viver, existem as chegadas, existe o desejo de continuar fazendo o máximo que podemos, o melhor que podemos, e por isso estou aqui escrevendo esta carta. 

Para agradecer imensamente quem esteve na Casa 1 e igualmente agradeço aos que seguem e aos que chegam para somar. Afinal, sem todos, todas e todes nós, não existiria Casa 1, e com certeza, muito coisa incrível, não vivida. 

Abraços

Iran Giusti      

Foto de Capa: eu e Junior Magalhães, eterno parceiro da Casa 1, em janeiro de 2017, antes da abertura oficial

Ser LGBT+ e ir na atual Bienal do Livro é pedir para se emocionar

A primeira vez em que fui a uma Bienal do Livro foi há 22 anos. Sei a data porque foi o ano em que vi, no cantinho do estande da editora Rocco, uma pilha de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. 

O livro tinha acabado de chegar ao Brasil e eu, como toda uma geração, estava obcecado e aguardando pela sequência que seria lançada no final do ano 2000. Apesar da saga do bruxinho que vivia, literalmente, no armário já mostrar potencial, naquele ano, a grande estrela da editora era a publicação “Mulheres Alteradas”, da cartunista argentina Maitena. 

Então o coração hoje apertou ao ver o espaço da Rocco todo revestido com pedras, um teto com vassouras e chapéus flutuando e outros detalhes que fizeram com que eu me sentisse na própria “Floreios e Borrões”. Ainda que hoje eu tenha uma relação bem diferente com a obra, em especial pela transfobia da autora que não deve ser nomeada, foi um dos momentos em que senti o coração aquecer. 

A mesma sensação experimentei ao  ver as quilométricas filas do evento abarrotada de jovens, e veja bem, odeio com todas as minhas forças fila, e há muitos anos não fico em filas à não ser por obrigação legal: já voltei para casa de porta show, balada, evento com ingresso na mão porque não dou conta da espera, mas hoje, vendo aquele tanto de fila, fosse para entrar na Bienal, fosse para comprar um lanche ou um livro, só conseguia abrir sorrisinhos escondido atrás da máscara. 

Ver uma centena de jovens aguardando para pegar um autógrafo com autores e autoras admiradas, ou então tirar uma foto no pequeno cenário de seu livro preferido fez meu coração se encher de alegria. Que a Bienal do Livro sempre foi muito pensada para o público infantil e adolescente, todo mundo sabe e aquela minha primeira ida aos 11 anos foi na famigerada excursão escolar, porém, neste final de semana de abertura não pareceu ser o caso. A molecada estava ali pelo prazer de ler. 

Confesso que sou um pouco mais emocionado do que pareço, sempre que vejo qualquer tipo de manifestação de liberdade, em especiais a em grandes proporções e tendo a lacrimejar, é assim nas manifestações, é assim quando vejo uma programação da Casa 1 lotada, é assim quando vejo as pessoas curtindo eventos nas ruas. Para mim, quanto mais viver, quanto mais compartilhar, quanto mais acessar tudo aquilo que, em geral nos é negado, melhor. 

Somado a tudo isso, notei muitas pessoas LGBTQIAPN+, e não só como público, mas também trabalhando nos estandes e no evento, além de refletidas nas prateleiras.  Na última edição da Bienal em 2018, o evento foi dominado por publicações de youtubers e resquícios da onda de livros para colorir, mas alí, já senti uma mudança acontecendo, em alguns estandes, autores LGBTQIAPN+ e na Companhia das Letras, já a sinalização “Leia com Orgulho’, usada até hoje. 

Agora em 2022, a diversidade explodiu: uma parte considerável das 1300 horas de programação e 500 atrações previstas trás pessoas com deficiência, pessoas LGBTQIAPN+, mulheres, pessoas negras, pessoas periféricas, pessoas indígenas, entre outras. Além disso, foi difícil encontrar um estande onde não tinham publicações representativas para todas as idades, ainda que com um volume bem maior no campo de romances para o chamado público Jovem Adulto, um reflexo dos bons caminhos que tomam as novas gerações.

Ainda que, enquanto estrutura, pareça que a Câmara Brasileira do Livro tenha retrocedido, provavelmente sem saber muito bem o que esperar depois de quatro anos sem a realização do evento, com bastante despreparo e desorganização e algumas programações um tanto envelhecidas, foi extremamente emocionante ver algo que nunca achei ser possível: histórias como a minha sendo contadas, pessoas como eu não precisando esconder um livro ou uma revista sobre nossas vivências e nossa comunidade.

E agora é torcer para que as próximas sejam ainda mais coloridas, e claro, acessíveis para todo mundo!

Netflix anuncia mais duas temporadas de “Heartstopper”; veja vídeo

A Netflix Brasil anunciou nesta sexta-feira, 20, que a série “Heartstopper” vai ser renovada para mais duas temporadas com um vídeo da autora e ilustradora dos livros que originaram a série Alice Oseman, que também roteirizou a produção do streaming:

“Heartstopper” conta a história de Charlie e Nick, dois adolescentes ingleses vivendo seus primeiros amores acompanhados de seus amigos. A série explodiu pela forma sensível e honesta que retratou pessoas LGBTQIAPN+.

A primeira temporada completa já está disponível na Netflix e se você quiser saber o que vem por aí fizemos “Este post contém todos os spoilers da 2ª temporada de “Heartstopper””

Este post contém todos os spoilers da 2ª temporada de “Heartstopper”

Ler as HQs de”Heartstopper” depois de ver a série hit do Netflix é quase como acompanhar um passo a passo desenhado de cada cena, o que faz todo sentido já que o material original é efetivamente a HQ e a autora, Alice Oseman, é também responsável por roteirizar a produção do streaming.

Ao seguir tão a risca o material original é possível prever o que vem na próxima temporada. Ainda que não tenha sido confirmada a renovação, os produtores já sinalizaram que gostariam de produzir quatro temporadas sobre a história de Charlie, Nick e sua turma.

Independente disso, se você quer mesmo saber o que vem por aí, é só seguir o post e descobrir.

Charlie e Nick oficialmente juntos e descobrindo mais um sobre o outro

Se na série, o tempo de tela do casal principal é super bem dividido com personagens coadjuvantes, nos dois primeiros volumes das HQs, “Dois Garotos, Um Encontro” e “Minha Pessoa Favorita”, a trama é basicamente Charlie e Nick.

Porém, em “Um Passo Adiante”, terceiro volume que deve servir de base para a segunda temporada da série as tramas se expandem, mas sem deixar de lado o casal mais fofo de todos. Juntos oficialmente, o casal agora passa a se conhecer melhor, descobrindo inclusive fragilidades não vistas antes.

Viagem romântica para Paris

Ok, é na verdade uma excursão escolar, mas ainda é Paris e ainda é romântico. Quando toda a turma vai para “cidade da luz”, muita coisa acontece e descobrimos entre outras coisas que Nick fala francês fluente e que seu pai nasceu e vive na França!

O beijo de Tao e Elle

Simmmm! Tao e Elle dão o primeiro beijo e não é de qualquer jeito não. A cena acontece em nada mais e nada menos do que o Louvre, com direito à vista para a icônica pirâmide de vidro projetada por I. M. Pei.

Nick se assume para os amigos

Uma das coisas mais legais do terceiro HQ é que os amigos hétero e cis de Nick meio que já sabem que ele e Charlie são um casal e não ligam. O bonde inclusive rompe com Henry, que tanto nos quadrinhos quanto na série é bastante homofóbico. A “saída do armário” oficial acontece durante um jogo de verdade ou desafio em uma festa de aniversário de Tara improvisada no quarto do hotel.

As questões de saúde mental de Charlie vem à tona

Durante a viagem para Paris, Nick percebe que Charlie evita comer, o que faz com que o namorado acabe desmaiando durante um passeio. Depois do acontecimento, o jovem conta que sofre de transtornos alimentares e também se feria durante o ano anterior quando sofria bullying. Na HQ, em uma carta no final da publicação Alice reforça a importância da busca por ajuda profissional e do acolhimento para lidar com a situação, algo que, com todo o cuidado mostrado até agora, deve acontecer também na série.

O irmão LGBTfóbico de Nick

Visitando a família durante as férias da faculdade, David se mostra um grande babaca com comentários homofóbicos e bifóbicos, além de constranger Charlie. Espero que na série, Sara, a mãe da dupla seja um pouco mais enfática na defesa do filho mais novo.

Professores coloridos!

A primeira temporada já nos apresentou o professor de artes Ajayi falando abertamente sobre sua sexualidade. Na segunda temporada, no entanto, Ajayi vem de date com outro professor e a treinadora Singh conta como é sua relação com a esposa.

E levando em consideração que a primeira temporada da série se baseou nos dois primeiros HQs, vale aguardarmos o lançamento do quarto volume, que tem como título “De mãos dadas”, e chega no Brasil no próximo dia 27 de junh, para termos mais spoilers da segunda leva de episódios.

5 podcasts para quem não curte muito podcast

Confesso que demorei bastante para aderir à onda dos podcasts e, avaliando bem, acho que teve um pouco a ver dos conteúdos que tive acesso inicialmente: em geral pessoas conversando de forma meio aleatória e desconexas, edições frenéticas, muitas indicações e achismos, como uma rádio turbinada com a linguagem dos jovens youtubers.

Nada disso é um problema, não acho ruim, só não é o tipo de conteúdo que eu dou conta de assimilar e quando penso em uma palavra para descrever o que sentia ouvindo os episódios só me vem à cabeça o termo DESORIENTADO. Quando descobri então que as pessoas ouviam adiantando a velocidade aí meu sentimento virou DESORIENTADO + DESESPERADO.

Mas como tudo nesse mundão, os podcasts passaram a ter uma variação de formatos e aos poucos fui encontrando os que mais me interessavam e resolvi compartilhar por aqui, quem sabe você leitor que não é muito afeito, acabe encontrando algo do seu agrado.

1. Vinte Mil Léguas

O “Vinte Mil Léguas” é uma produção da revista “Quatro Cinco Um” em parceria com a Livraria Megafauna e apoio do Instituto Serrapilheira, criado pela jornalista e curadora Fernanda Diamant que também edita os roteiros dos episódios.

Conduzido pelas escritoras e roteiristas Leda Cartum e Sofia Nestrovski, que são responsáveis também pela pesquisa e roteiros dos episódios, o “Vinte Mil Léguas” é um podcast que apresenta a “ciência através dos livros” e “lê os cientistas como escritores” e na sua primeira temporada traz a trajetória de Charles Darwin.

O mais legal do “Vinte Mil Léguas” é o tempo, como já aponta o primeiro episódio “Um navio com nome de cachorro, pt. I”, o podcast segue como uma jornada de barco, calma, morosa, longa e em meio às muitas informações, curiosidades, reflexões e análises é possível relaxar e curtir.

São 10 deliciosos episódios com duração entre 20 e 46 minutos, três pequenos episódios bônus de até 12 minutos e duas entrevistas, uma com a bióloga Nurit Bensusan que fala sobre a ciência nos dias atuais e o sociólogo Matheus Gato de Jesus que aborda racismo, darwinismo social e a situação dos negros no Brasil nos séculos 19 e 20.

Os episódios estão disponíveis em uma dezena de tocadores de áudio e também no Youtube. O mais legal é que a cada episódio, a revista traz em suas páginas online informações complementares como mini biografias, imagens e referencias bibliográficas. Tudo isso você encontra aqui.

E toda essa lindeza é mérito do trabalho das profissionais já citadas e também do Nicholas Rabinovitch, responsável pela edição e finalização de som, do Fred Ferreira da Trilha Sonora e execução de trilha, da Deborah Salles que fez o projeto gráficos e as ilustrações (como a daqui de cima), da produtora executiva Mariana Shiraiwa, do Gabriel Joppert que edita as newsletters e do Reinaldo José Lopes, responsável pela revisão técnica.

Que venha a próxima temporada!

2. Respondendo em Voz Alta

Aqui confesso que fui ousado, o humor de “Respondendo em Voz Alta”, não é para todo mundo, mas se você gostar, vai gostar MUITO. Completamente nonsense, com reflexões existencialistas sem profundidade nenhuma (ou não) e informações bem apuradas e corretas (ou não) o “programa de rádio” da persona Laurinha Lero é daquelas coisas que você acompanha com o sorriso largo no rosto. Tampouco é possível descrever qual o formato, ou o tempo dos episódios, levando em conta que variam significativamente de acordo com o humor da apresentadora.

Destaque para o descritivo do podcast no Spotify: “Laurinha Lero responde em voz alta, toda quinzena, as melhores perguntas dos ouvintes. Se você nunca ouviu o Respondendo, comece pelo 12 da primeira temporada ou por qualquer outro que não seja o piloto, pelo amor de deus. Arte por @mttscz, música por @bacaliau. Se você quiser aparecer no Respondendo, manda a sua pergunta lá no t.me/laurinhalero mas se for muito longa eu não vou ouvir”.

Ouça todos os episódios aqui.

3. Escafandro

Tinha preparado todo um texto para falar porque ouvir a Radio Escafandro, mas como bom jornalista, o Tomás Chiaverini, responsável pelo podcast já traz no site qual sua proposta:

A Rádio Escafandro é um podcast para mergulhos profundos. Os temas vão de política a ciência, de cultura a saúde, de urbanismo a comportamento. A abordagem é sempre jornalística, mas tem um pé na literatura e outro na filosofia. Os princípios que norteiam a produção são:

– Busca pela verdade dos fatos

– Busca por clareza na comunicação

– Busca por originalidade e pluralidade

– Busca por uma estética atraente

Com uma hora de duração e frequência quinzenal, os episódios contam com diversos entrevistados cada um e são editados num formato narrativo, que também varia de acordo com o tema retratado. No ar desde fevereiro de 2019, a Rádio Escafandro é mantida exclusivamente pelos ouvintes por meio de uma campanha de financiamento coletivo. Faz parte da rede de podcasts jornalísticos Rádio Guarda-Chuva, e do B9.

O podcast foi criado e é produzido, editado, sonorizado e apresentado pelo jornalista e escritor Tomás Chiaverini e conta com Trilha Sonora Original de Paulo Gama e Mixagem de Som do Vitor Coroa.

Particularmente o que mais gosto na “Radio Escafandro” é o tempo e o cuidado de construção das narrativas. Nada é acelerado e nenhuma colocação é posta como definitiva. Tudo é muito bem feito e respeitoso. Vale o play.

Você pode ouvir todos os episódios aqui.

4. Praia dos Ossos

“Praia dos Ossos” foi a minha porta de entrada para o mundo dos podcasts e foi com ele que percebi as infinitas possibilidades do formato e principalmente sua potência. São oito brilhantes episódios e uma mega equipe que se debruçam no feminicídio da modelo e socialite Angela Diniz.

Falando assim parece que se trata apenas de mais uma vertente dos programas “True Crime” que inundam canais de televisão e serviços de streaming, mas não, o que “Praia dos Ossos” faz é uma grande investigação e análise aprofundada (nada razo como textão de redes sociais) de como a sociedade brasileira trata as mulheres. Para sua construção foram realizadas mais de 50 entrevistas, 80 horas de material gravado, e milhares de páginas de bibliografia que são apresentadas no podcast e neste site lindão.

Cabe destacar ainda a pluralidade de formato dos episódios, que variam conforme a necessidade de cada tema apresentado mas que, graças à qualidade técnica da equipe funciona perfeitamente apresentando uma unidade surpreendente, e sempre naquele tempo certeiro: nem lento demais para dar sono, nem rápido demais pra deixar a gente desorientado.

Apresentação e idealização é da Branca Vianna, a pesquisa e coordenação de produçãoFlora Thomson-DeVeaux, que inclusive deram uma aula aberta na Casa 1 que você pode assistir aqui.

Créditos também para o roteiro de Aurélio de Aragão e Rafael Spínola, tratamento de roteiro da Flora Thomson-DeVeaux e Paula Scarpin, montagem da Laís Lifschitz, produção da Claudia Nogarotto, finalização e mixagem do João Jabace, direção criativa da Paula Scarpin, coordenação digital de Kellen Moraes, música original do Pedro Leal David, música complementar da Blue Dot Sessions e Mari Romano, pesquisa audiovisual do Antonio Venancio, locução de Ingo Ostrovsky, captação de Caio Barreto, Daniel Zema, Felipe Fantoni, Rafael Facundo, Rodrigo Pereira, Tales Manfrinato, Estúdio Rastro e Studio Natrilh, identidade visual de Elisa Pessôa, motion design da Marina Quintanilha, content design de Mateus Coutinho, redes sociais da Ana Beatriz Ribeiro e Isabela Moreira, web design e desenvolvimento da agência Café, campanha de mídia da Luciele Almeida, checagem do Érico Melo, transcrição de Júlio Delmanto, Ana Martini, Carol Caldas Ramos, Raphael Concli, Isabel Scorza, Pedro Gutman e Carol Unzelte e revisão de texto da Ana Martini e Maria Emilia Bender.

Ouça todo os episódios aqui.

5. Passagem Só de Ida

Passagem só de ida

E como não poderia deixar de ser, a minha última recomendação é o delicioso Passagem Só de Ida, um podcast da Casa 1 que traz as histórias de pessoas LGBTQIAP+ que em algum momento migrou para a cidade de São Paulo. A primeira temporada com 10 episódios apresenta figuras maravilhosas como Gegê ou Madonna Duarte de Beverlly Hills, Gretta Sttar e Symmy Larrat.

Uma criação de Bruno O., Marcos Tolentino e Yuri Fraccaroli, com produção de Marcos Tolentino, montagem, edição e pesquisa sonora de JJ jj jj, vinheta e trilha original de Nolo, entrevistas, roteiros dos episódios, pesquisa e captação: Ariana Mara da Silva, Florence Belladonna Travesti, Mariana Penteado, Marcos Tolentino, Maria Paula Botero, Maurício Santos e Yuri Fraccaroli, assessoria jurídica de Lucila Lang, assessoria de imprensa de Brenda Amaral, apoio da Rede de Mulheres Imigrantes Lésbicas e Bissexuais e realização da Casa 1 e Acervo Bajubá, o passagem só de ida é uma verdadeira viagem pelas histórias e vivências LGBT+.

Ouça os episódios completos aqui.

Imagem de capa: Young Gifted and Black, banco de imagens feito por mulheres negras de ponta a ponta.

10 motivos para assistir a série brasileira “Chão de Estrelas”

Produção nacional pode ser assistida no Canal Brasil pelo Globoplay. Abaixo listo 10 motivos para ver e se apaixonar:

1. Brasil com cara de Brasil

Com o avanço do audiovisual brasileiro (bruscamente interrompido pelo atual Governo Federal diga-se de passagem), as produções locais vinham se multiplicando e muitas foram beber de fontes internacionais.

Séries como “Bom dia, Verônica” e “3%”, ambas da Netflix, passeiam por uma estética estadunidense enquanto “Desalma”, do Globoplay, vem com aquele tom sombrio europeu que ficou popular com o sucesso da alemã “Dark”, também da Netflix.

Pensando em uma estética efetivamente brasileira, o destaque das produções dos últimos anos remetiam com frequência à favelas e presídios como a antiga “Cidade dos Homens”, da Rede Globo, filhote do megasucesso “Cidade de Deus”, até as recentes “Irmandade”, da Netflix, e “Dom”, do Prime Video.

Nada disso é um problema, afinal, com apoio e financiamento, tem espaço para todo mundo e quanto mais melhor, no entanto, é delicioso assistir uma produção brasileira que tenha cara de Brasil, com suas qualidades e defeitos, belezas e feiura e este é o caso de “Chão de Estrelas”.

2. Meio spin-off, meio homenagem

A primeira vez que a trupe do Chão de Estrelas surge é no premiado e celebrado longa “Tatuagem”, de 2013. Na trama, Clécio Wanderley (Irandhir Santos) é o líder do grupo teatral que, em meio à uma luta contra a censura e o regime militar nos anos 70, se envolve com o jovem militar Fininho (Jesuita Barbosa). Já na série, o grupo de teatro é retratado nos dias atuais, mas dessa vez lidando com uma censura que opera com outras ferramentas como o capital, por meio da especulação imobiliária, a burocracia e a velha repressão policial.

As homenagens ficam por conta dos nomes do elenco original, que ganham mais destaque na série, como Sílvio Restiffe, Soia Lira e Nash Laila, além das participações especiais de Jesuíta Barbosa, Ariclenes Barroso e Rodrigo García.

3. Uma ode à memória e ao teatro

Assistir “Chão de Estrelas” em meio à uma pandemia com notícias de teatros encerrando permanentemente suas atividades pelo país e lidando com aquela vontade louca de se aglomerar em um espetáculo é um exercício, mas faz a gente lembrar do porque a luta pela cultura é algo tão vital.

Retratando uma companhia teatral resistindo à diversos ataques, a série traz cenas de um espetáculo que ao meu ver precisa ser apresentado nos palcos assim que for possível, além de diversas cenas existencialistas e contemplativas sobre a importância da memória para nossa sociedade.

As homenagens ao teatro surgem ainda da deliciosa escalação de elenco que traz os atores Giordano Castro e Mario Sérgio Cabral do celebrado grupo Magiluth (Recife), Nash Laila do icônico Teatro Oficina (São Paulo) e Paulo Andre do igualmente magistral Grupo Galpão (Belo Horizonte).

4. O brilhantismo de Hilton Lacerda

Conheci Hilton Larcerda em 2013 para uma matéria sobre o filme “Tatuagem”, na época, com 24 anos e recém chegado no jornalismo sinto que desperdicei uma daquelas poucas chances na vida de fazer uma grande entrevista. Ainda que tivesse feito uma pesquisa sobre o diretor e tivesse assistido (pela primeira de muitas vezes) o longa fiquei na superficie dos clichês com direito à pergunta “como é ser um dos expoentes do cinema pernambucano?”. Na época muito educado e doce Hilton me respondeu que existia cinema, talvez um cinema brasileiro, mas dizer que sua produção era “cinema pernambucano” era de certa forma reduzir o trabalho. Coisa de sudestino da minha parte mesmo.

Com o tempo fui entendendo o que ele disse e me apaixonando cada vez mais pelo seu trabalho, seja como diretor dos excelentes “Tatuagem” e “Fim de Festa”, seja como roteirista dos inquietantes “Piedade”, “Corpo Eletrico” e “Baixio das Bestas” e “Festa da Menina Morta”. Costumo dizer que algo que não considero tão bom do Hilton é melhor do que a maioria das coisas que considero boas.

Aqui em “Chão de Estrelas” Hilton é responsável pela criação e pela direção ao lado da Milena Times, dos bons curtas “Represa” e “Au Revour”.

5. Trilha sonora

Outra dobradinha de “Tatuagem” é o Dj Dolores, responsável por grandes trilhas nacionais como “Amor Plástico e Barulho” e “O Som ao Redor”. Na série, com mais tempo de tela, o trabalho do cantor, compositor, designer e DJ (ufa) brilha como nunca. De quebra, um dos episódios conta ainda ainda com a participação especial de Fred 04, líder da banda Mundo Livre S/A

6. Nash Laila

A fins de manutenção da credibilidade jornalística tenho que comunicar que a Nash é uma amiga queridíssima, no entanto minha paixão por ela já amplamente divulgada vem de longa data, uma década antes da gente se conhecer, mais especificamente de 2007 quando me encantei pela Jessica de “Deserto Feliz”.

Desde sua estreia nas telonas no filme de Paulo Caldas, Nash participou produções excepcionais como os longas “Amor Plástico e Barulho” e “Corpo Elétrico”, o maravilhoso curta “O Delírio é a Redenção dos Aflitos” e a mais recente série “Hit Parade” (que vai ganhar post aqui no site da Casa 1 já já).

Em “Chão de Estrelas” da vida a Telminha, uma personagem deliciosamente contraditória e levemente maldosa que te conquista já no primeiro capitulo. A Nash é daquelas atrizes que críticos dizem ser de “atuação econômica”, ou seja, uma grande profissional que não recorre à maneirismos e merece todo o reconhecimento do mundo.

7. Representatividade Trans

Muita gente pode não entender, ainda que o movimento trans seja bastante didático quando fala da importância da representatividade trans e a não existência do transfake, mas quando você assiste uma produção com uma pessoa trans trazendo questões inerentes aquele corpo é impossível não entender.

E é nesse contexto que a presença do ótimo Dante Oliver se mostra fundamental. Com pequenas tramas paralelas, a trama apresenta as vezes de forma escancarada, as vezes de forma sutil e até poética algumas situações vividas por pessoas trans. Vale conferir também o Instagram e TikTok do ator, recheado de conteúdo.

8. Atrizes arrebatadoras

Esther Goes, Soia Lira e Titina Medeiros

Com um elenco afinadíssimo é bastante difícil dizer quem se destaca, mas ao meu ver, os grandes papeis estão nas mão de grandes atrizes, todas, sem excessão estão ótimas, porém não tem como deixar de falar da convidada especial Esther Goes, elegantérrima, da Soia Lira, brilhando em cada cena, e de Titina Medeiros, odiosa. Vale lembrar também as ótimas atuações de Uiliana Lima e Lívia Falcão.

No fim, meu coração foi arrebatado pela Ana Marinho, que interpreta a hipnotizante Leninha. Eu particularmente não conhecia o trabalho dela e infelizmente não existe muitas informações online sobre a atriz que é também professora na UFPB. Não vejo a hora das coisas retomarem para pegar um avião e assistir um espetáculo protagonizado por ela.

Ana Marinho

9. Gustavo Patriota

Incrivelmente charmoso e de sorriso largo, Gustavo Patriota já tinha mostrado ao que veio no longa “Fim de Festa” ao lado do Irandhir Santos, mas é em “Chão de Estrelas” que ele brilha solto. Com uma língua afiada, seu personagem se torna ainda mais grandioso nas cenas que divide com Nash e Lívia Falcão. Correndo o risco de soar clichê, é daqueles jovens atores que vai longe.

10. Boas tramas paralelas

E como se não bastasse tudo isso “Chão de Estrelas” ainda consegue abordar uma série de outros temas importantes. Além de falar sobre arte, censura, especulação imobiliária e violência institucional, também traz de forma honesta e delicada tramas sobre saúde mental, parentalidade, racismo e fundamentalismo religioso.

Eae, te convenci? Lembrando que “Chão de Estrelas” pode ser visto no Canal Brasil do Globoplay.

As gay serviram tudo no Met Gala 2021

Até quem não é muito ligado em moda vez ou outra foi impactado por um look bafônico do tapete vermelho do “Met Gala”, evento que marca a abertura da exposição anual de moda do “Costume Institute” do Metropolitan Museum of Art (Met) em Nova Iorque.

Bem antes de servir como fonte inesgotável de meme, o evento foi criado em 1948 para arrecadar fundos para o Costume Institute. Na época, a icônica editora da revista Vogue,  Diana Vreeland era uma das consultoras do Costume Institute, o que atrelou diretamente o evento à publicação, hoje encabeçada por Anna Wintour.

Neste ano o tema do evento foi “Na América: Um Léxico da Moda”, que celebra a moda estadunidense e quem brilhou demais foram as gay.

Bora conferir os looks mais bafonicos?

Troye Sivan

O cantor Troye Sivan apostou no look todo preto com vestido e salto. De quebra um “colarzinho básico” da Cartier.

Dan Levy

Quem também arrasou foi o ator Dan Levy que usou um look do Jonathan Anderson para a marca LOEWE, além de acessórios da Cartier.

Cata só o detalhe da botinha:

Vale lembrar que o ator fofura Omar Ayuso que estrelou a última campanha da LOEWE <3

Ben Platt

O ator que estrela “The Politician”voltou pros anos 70 e ficou uma graça, de quebra ainda remeteu ao icônico look do Justin no VMA de 2001. O estilista é Christian Cowan.

Lil Nas X

E quem quebrou tudo mesmo foi o cantor Lil Nas X com não só um, mas TRÊS looks de Versace.

Frank Ocean

Já o Frank Ocean foi bem basiquinho com um look Prada.

Eae, sentiu falta de algum look? Conta pra gente nos comentários.

7 streamings gratuitos para assistir diversidade de verdade

Mais do que nunca as ofertas de stremings estão bombando: da pioneira Netflix ao recém lançado HBO Max, todos contam com suas séries e filmes que trazem a diversidade para as telinhas, no entanto, é possível ver sem muito esforço que as grande maioria das produções são realizadas por pessoas brancas, cisgêneras e heterossexuais, o que impacta diretamente nas narrativas criadas. .

Buscando sacudir esse cenário, vários projetos foram surgindo e plataformas de streaming segmentadas ganharam a internet e públicos cativos.

Listamos aqui alguns dos serviços gratuitos. Algumas deles contam com planos de assinatura para acesso de determinados conteúdos, mas sempre com valores justos, acessíveis e principalmente, que ajudam a financiar essas iniciativas tão importantes.

Ah, e se esquecemos de alguma, é só avisar a gente nos comentários que atualizamos.

Bora da o play!

Afroflix

AFROFLIX é uma plataforma colaborativa que disponibiliza conteúdos audiovisuais online com uma condição: pelo menos, uma área de atuação técnica/artística assinada por uma pessoa negra. São filmes, séries, web séries, programas diversos, vlogs e clipes que são produzidos OU escritos OU dirigidos OU protagonizados por pessoas negras.

Confira a plataforma aqui.

TelaTrans

Tela Trans, criado em 2021, é uma plataforma virtual que tem por intenção construir um acervo do cinema dirigido por pessoas trans no Brasil, do primeiro momento que tem notícia até a produção feita hoje. O catálogo foi elaborado a partir de pesquisa desenvolvida pelas cineastas Caia Coelho e Pethrus Tibúrcio, que têm reunido sistematicamente esta produção há pelo menos cinco anos, com a colaboração des própries realizadorus mapeades. 

O portal, além de disponibilizar a maior parte destes filmes para o público em geral e especializado – curadorus, pesquisadorus, produtorus -, também apresenta os perfis profissionais das pessoas que dirigiram os projetos ali listados a fim de apresentá-las para possíveis contratantes. Para além de mapear as realizações destas mulheres e homens trans, travestis e pessoas não binárias, o Tela Trans faz um levantamento refinado quanto às regiões geográficas, gênero cinematográfico, carreira e outras informações refinadas acerca destes filmes e pessoas a fim de criar dados importantes e inéditos sobre as condições de realização cinematográfica da população trans brasileira.

Veja a plataforma aqui.

Festival Entretodos

Um dos mais importantes festival de filmes curtos (até 25 min) do país, o “Entretodos” tem como foco produções com temática dos direitos humanos. Realizado anualmente de forma gratuita, conta ainda com parte do seu catálogo na plataforma da SPCineplay.

Festival Mix Brasil

Outro importantíssimo festival brasileiro, o Mix Brasil é uma referencia quando falamos em exibição de produções LGBTQIAP+ O mais legal é que assim como Entretodos, parte do catálogo está online tanto no MixPlay, quanto no SPCinePlay.

Wolo TV

Wolo TV é uma startup de tecnologia e plataforma de streaming funda pelo ator e diretor Licínio Januário em parceria com Leandro Lemos, que possui mais de 20 anos de experiência na área de tecnologia no Brasil e Estados Unidos. O acesso gratuito da direito inclusive à produção original “Casa da Vó”.

Curta a plataforma aqui.

TodesPlay

A TodesPlay é uma plataforma, gerida pela APAN – Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro que busca consolidar um mercado mais diverso e representativo evidenciando as relações existentes entre o conteúdo e quem o realizou. Para além do serviço pago, que fortalece a plataforma, conta ainda com uma série de produções gratuitas.

Confira a plataforma aqui.

LGBTflix

Focada em curtas-metragens, o LGBTflix tem filmes para todas as letras da sigla. Todos foram dirigidos por cineastas LGBT+ brasileiros e/ou tem nossa comunidade como tema. Parte deles já estava disponível em plataformas como youtube e vimeo; outra parte foi especialmente disponibilizada para ficarmos juntas – e bem – em tempos de treta.

Veja o catalogo completo aqui.

Foto de capa: Safira Moreira / Facebook Afroflix

Como a Absolut realizou uma das parcerias mais legais da Casa 1

Inspirada no símbolo de celebração do Orgulho LGBTQIA+, Absolut trouxe para o Brasil uma nova versão da sua icônica garrafa Rainbow. Estampando as cores da diversidade, a garrafa, que homenageia o artista e ativista americano Gilbert Baker, designer original da bandeira do arco íris de 1978, terá pelo segundo ano consecutivo apoia a causa LGBTQIA+ com parte de sua receita revertida aqui pra Casa 1.

Direcionando o apoio para nossa manutenção , a marca reafirma seu compromisso de não só impulsionar a visibilidade de projetos da comunidade LGBTQIA+, mas também tangibilizar ações perenes de apoio à parte mais vulnerabilizada neste momento de pandemia, assim como se posicionar contra importantes questões, como o #AbaixoPL504, projeto de lei que tem como objetivo a proibição de qualquer propaganda ou publicidade com pessoas ou famílias LGBTQIA+ no estado de São Paulo.

Patrícia Cardoso, diretora de marketing da Pernod Ricard Brasil, reforça a importância da parceria: “É essencial para nós como companhia manter a consistência do apoio de Absolut a iniciativas voltadas à comunidade LGBTQIA+. Desde o início dos anos 80 a marca atua em prol do reconhecimento e visibilidade da diversidade e, neste momento de extrema vulnerabilidade social, damos um passo à frente novamente com ações afirmativas e parte da receita revertida para a Casa1. A nossa meta é dar suporte para mais um ano de atuação do centro de moradia e assistência social da instituição.”

Para comunicar a parceria, além da comunicação nos canais oficiais da marca e da instituição, rolou um envio especial para influenciadores com artigos desenvolvidos por nós.  Desde a carta manifesto até a costura e bordado da bolsa foram produzidos artesanalmente por alunes dos cursos profissionalizantes, incluindo ex-moradoras do centro de acolhida, todes contratados para execução. 

“Ter uma marca como Absolut como parceira é fundamental para a continuidade da Casa1. Em um contexto epidêmico e de tantas incertezas, o suporte de organizações é o que permite que sigamos existindo e atendendo as demandas cada vez mais crescentes, e quando uma empresa tem, além da vontade de ajudar, um DNA tão ligado à luta como é. caso de Absolut, o processo é muito mais rico e potente”, diz Iran Giusti, diretor executivo da Casa1.

Absolut Rainbow está à venda no e-commerce oficial, www.drinksandclubs.com.br no valor de R$149,90 com venda revertida para a causa.

14 formas de ajudar organizações LGBT+ pelo Brasil

Junho é o mês do Orgulho LGBTQIAP+ e com os olhos voltados para a comunidade, marcas, empresas e organizações se dedicam à realizações de ações, muitas vezes voltadas para arrecadar fundos para projetos que dão suporte e lutam pelos direitos.

Realizamos aqui ao longo do mês uma série de posts com essas ações que contam com verba revertida para a Casa 1 e acompanhamos muito animados outras campanhas que vão ajudar outros projetos LGBT+ que admiramos muito!

E se você viu alguma ação rolando que não entrou aqui, conta para gente nos comentários para inserirmos!

1. Skol Beats para Casa Neon Cunha

100% dos lucros da venda da edição da Skol Beats “Love in the Beats” vai ter venda revertida para a Casa Neon Cunha que atende população LGBTQIAP+ na região do ABC, em São Paulo.

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2. Amaro para Casa Florescer

Já a Amaro vai ter o lucro de uma coleção Pride para o Florescer, um centro de acolhida para mulheres trans e travestis na cidade de São Paulo.

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3. Boticário para Casa Florescer e Grupo Dignidade

Com uma coleção linda e cheia de coisas, o Boticário vai ter parte das vendas revertidas para a Florescer e também para o Grupo Dignidade, de Curitiba.

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4. Trident para Casa florescer e Casa João Nery

A Trident veio com uma embalagem lindona e vai doar 50 mil reais para a Florescer e para um projeto que abrirá em agosto, a Casa João Nery.

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5. O Pão que o Viado Amassou, O Hamburgay, Yag Coffee e Love Y Gin – Grupo Dignidade / Transgrupo Marcela Prado

Esse super cupom que reune vários estabelecimentos vai ter 10% do valor repassado para duas organizações de Curitiba, o Grupo Dignidade, e o Transgrupo Marcela Prado, que tem como objetivo promover a cidadania, a saúde, educação, segurança pública, cultura e direitos humanos das pessoas travestis, transexuais.

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6. Chico Brownie – Casa Chama / Florescer / Quem Bindera

A Chico Brownie vai ter arrecadação de fundos para a Florescer, para Casa Chama, uma casa de articulação política e cultural em São Paulo e para Quem Bindera que conecta pessoas trans que precisam de Binder com pessoas que podem doa-los.

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7. Blued Brasil – Casinha

A cada post compartilhado com a hashtag #OrguhoBlued , Blued vai doar R$1 para a Casinha, um espaço de referencia para população LGBTQIAP+ no Rio de Janeiro. E você baixar o aplicativo e postar a hashtag no feed, o valor doado é R$3.

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8. Dupla – Grupo Arco Íris

A cada camiseta vendida pela Dupla, 20 reais vão ser doados para o Grupo Arco -Íris, do Rio de Janeiro.

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9. Marabô – Casa Transformar

100% do lucro da canga criada pela Marabô vai ser destinada pra a Casa Transformar que acolhe pessoas LGBTQIAP+ em Fortaleza.

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10. Morena Flor – Casa Satine

5% da receita de venda de produtos nas recepções da Morena Mulher vai ser destinada para a Casa Satine, que acolhe pessoas LGBTIAP+ em vulnerabilidade em Campo Grande.

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11. Nívea – All Out

Tendo Ana Carolina Apocalypse como garota propaganda, a Nívea doará 100% dos lucros da venda da edição especial do creme hidratante e protetor labial para um fundo a All Out que articula com organizações LGBTQIA+ em todo Brasil

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12. Havaianas – All Out

Também para a AllOut, a Havainas vai doar 7% do lucro liquido de todos os produtos da coleção pride que conta com sandálias, jaquetas, camisetas, acessórios, camisetas e pin.

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13. Cellairis – Casa Nem

Apoiando a Casa Nem, no Rio de Janeiro, a Cellairis reverteu todos os comentários negativos em doação.

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14. Revista Balaclava para Casa Florescer

A revista Balaclava criou uma camiseta estampada com uma foto da maravilhosa JUP que vai ter 100% do lucro das vendas para a Florescer.

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