Existem muitos desafios na vida de quem se dedica à informar, seja por meio de matérias, notas, entrevistas, biografias ou artigos acadêmicos. Muitos desses reptos são extremamente chatos, como ter que abordar assuntos desinteressantes ou então quando o conteúdo apresentado pela pessoa entrevistada é vazio e superficial, obrigando assim o uso de mil artifícios para que dali saia alguma coisa.
No entanto, ocasionalmente o desafio vai para o outro extremo e você se depara com toneladas de informações e pensamentos extremamentes relevantes, complexos e o xis da questão passa a ser como transformar tudo isso em um texto que reflita toda a riqueza que lhe foi ofertada de tão bom grado.
Esse é o caso da conversa que tive com a relações internacionais e mídia ativista Débora Baldin que com apenas 26 anos conta com um discurso firme e repertório repleto de referências que a tornam uma voz mais do que pertinente dentro dos movimentos políticos sociais. Ao longo de quase duas horas, falou sobre seu principal objeto de estudo, a América Latina, as lutas do movimento LGBT no país e sua trajetória pessoal que tem por meta a docência universitária.
Quem já acompanha a produção de Débora em seu canal no Youtube, ou então suas falas em mesas e palestras percebe a aptidão para professora, desejo antigo e parte de um projeto muito bem desenhado pela paulistana nascida no bairro do Butantã, zona oeste da cidade.
Repertório ela tem, e a meta só é ainda um tanto distante por conta das desigualdades do país. “Não quero estar na academia pelo lugar do erudito, encastelado, e sim pela pesquisa, pela produção, mas sei que estou trilhando um caminho que leva oito vezes mais tempo do que se fosse rica – tenho que pagar conta, aluguel, o financiamento estudantil”, relata ela que é formada em Relações Internacionais pela PUC-SP graças ao FIES e o Prouni.
Criado em 1975, reformulado em 1999 por Fernando Henrique Cardoso e ampliado substancialmente pelo Lula durante seu governo, o FIES, Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, concede financiamento para os estudos do ensino superior e o Prouni, Programa Universidade para Todos, criado pelo presidente petista em 2005, um programa de bolsas, parciais ou totais. Ambos programas que permitiram que “pessoas que não sejam ricas estejam nas universidades”, explica Débora, que defende as políticas enquanto a universalidade do acesso não chega. “Meu desejo é um ensino superior público, gratuito e universal, mas nesse ínterim são essas políticas que permitem o acesso”, pontua.
A experiência no entanto foi bem distante da tão comumente romantizada. “A vida de quem utiliza o Prouni e o FIES é um inferno. As pessoa acham que a gente é privilegiado mas além da pressão social, do racismo escancarado com as pessoas negras que acessam a faculdade pelos programas ainda tem as questões práticas mesmo, passei um semestre indo e voltando da faculdade a pé (um trajeto de cerca de 11km) até conseguir um estágio porque não tinha dinheiro para condução”, lembra Debora que evitou retornar a instituição por cerca de dois anos, ainda que “tenha feito um bom uso, nunca faltei, fui do grêmio acadêmico, fiz parte de grupo de pesquisa, minha média global era 9. Aproveitei tudo que podia”, afirma.
A escolha pela PUC não foi ao acaso. “Eu queria fazer Relações Internacionais e na época as opções eram a PUC Minas e a UFMG, ambas em Minas Gerais e não tinha dinheiro para me sustentar lá, em São Paulo as opções eram a USP e a PUC e eu, além de não ter dinheiro para pagar cursinho, achava que o curso da USP não necessariamente pensava RI como um campo de estudo consolidado, por isso optei pela PUC SP”, explica.
“Mas foi uma decisão muito difícil, aos 17 anos assumir uma dívida no valor de um apartamento popular é um puta risco”, conta ela que, como o programa exige, começou a efetuar o pagamento das parcelas que se estendem por até 13 anos, um ano após a conclusão do curso.
Assim como ela, os outros três irmãos acessaram o ensino superior com um esforço que não seria necessário se a desigualdade do país não fosse tamanha. A família inclusive é ponto central na vida de Débora e foi o trabalho árduo da mãe Maria que permitiu que todos se formassem. “Minha mãe é professora, que fez aqueles milagres de mãe solo de dar conta de trabalho, contas da casa, fazer pós e por tudo isso sempre teve fixação pelos nossos estudos e se desdobrou para que conseguíssemos estudar em escolas particulares pelo menos até o ensino médio”, relata.
Quando Maria se separou e ficou com os filhos sem o suporte do ex-marido viu a renda despencar e conseguiu vagas para os quatro em escolas particulares, no caso de Débora, no renomado Colégio Madre Alix no Jardim Paulistano. “É um colégio católico de burguês e eu nunca consegui me entender socialmente ali, mas desde lá aproveitei muito meu estudo”,conta.
A educação em instituição religiosa no entanto não foi um problema: “Não sei se foi a coisa católica da Teologia da Libertação, mas tinham muitas coisas pequenas do social ali, como a inspetora que arrecadava livros dos alunos que pagavam para os bolsistas que me me salvou muito. O viés da solidariedade era maior do que o da religião, mais Lancellotti e menos Dom Odilo”, explica se referindo a dois expoentes da igreja católica, o padre progressista Júlio Lancellotti, coordenador da “Pastoral Povo da Rua” e Dom Odilo Pedro Scherer, bispo notoriamente conservador e grão chanceler da PUC SP.
O entendimento dos impactos da “Teologia da Libertação”, corrente teológica cristã de combate às injustiças sociais por meio do Evangelho, das ciências humanas e sociais na conduta do colégio está ligada diretamente ao campo de estudo no qual Débora vai se debruçar, tendo em vista que a corrente tem seu berço, a América Latina.
Sobre religião, acredita que mesmo que não passasse pela educação em um colégio religioso não teria como escapar. “Boa parte de nós que é e tem contato com a base da sociedade se relacionou de alguma forma com a religião, o Murilo (Araújo, do canal “Muro Pequeno”) fala bastante sobre isso. Por mais que religião signifique opressão para muitos, ela é também um lugar comum da nossa sociedade”, afirma entendendo que o uso que se faz da religião é individual: ” O pastor que quer agredir um LGBT usa o mesmo Evangelho que a minha mãe usou a vida inteira para me falar que não existe base moral para alguém morrer de fome”, pontua.
Enquanto a mãe Maria trazia as referências cristãs, Conceição, amiga antiga da família e considerada por Débora mãe de criação, trouxe as referências das religiões de matrizes africanas. “Frequento terreiro desde pequena. Sempre cuidamos da nossa casa como cliente de pai e mãe de santo de formas pontuais”, conta a ativista.
Quando a Conceição faleceu em 2015, foi no terreiro que Débora se encontrou, “eu não estava conseguindo ficar bem, fui tentando me cuidar mas não estava conseguindo então uma amiga que militava comigo na Marcha de Mulheres Lésbicas e Bissexuais falou dessa mãe de santo sapatona, fui e fiquei”. Anos depois Débora se iniciou no Ilê Adé Oju Oya em Guaianazes liderado por Mãe Claudia. “Esse terreiro é um lugar de acolhimento para mulheres lésbicas e bissexuais, principalmente negras, um espaço que luta em seu território e hoje sem minha mãe de santo e meus Orixás não sou nada”, agradece.
As veias abertas da América Latina
“O ensino médio fiz na Etec Guaracy Silveira e foi onde minha cabeça se abriu. Lá tinha gente que vinha de outra cidade, demorava duas horas para ir e para voltar e a galera rica que depois entrou na PUC comigo como pagante, tinha diversidade social e racial”, explica. Em meio aos estudos, acompanhou também a jornada da irmã mais velha que cursava sociologia. “Era época dos debates da ALCA que ela vinha acompanhando e acabei me interessando”, conta se referindo a Área de Livre Comércio das Américas que se propunha a ser uma área de livre comércio entre os países americanos e que não se consolidou pela grande maioria de países latino americanos entenderem que apenas os EUA seriam beneficiados.
Findado o colegial e posteriormente a faculdade onde começou a atuar profissionalmente na área das relações internacionais em um organização que evita compartilhar publicamente por questão de segurança, às pautas latino americanas transpassam todos os tópicos que aborda. “Minhas referências são de campos diversos mas que tem como elemento comum a disputa com a materialidade, inclusive figuras que pessoas odeiam, porque aparentemente se não vier o próprio messias com um currículo impecável ele deve ser cancelado”, e cita como exemplo o revolucionário marxista Che Guevara. “Ele é tido como monstro homofóbico mas é o cara que vai discutir a posição latino americana na cadeia de opressão, qual a diferença da luta latino americana, da periferia global para metrópoles globais”, explica.
“Enquanto movimento social falta a compreensão histórica de movimento de acúmulo de organização, por isso me interessam principalmente os atravessamentos, e quem os discute como a Angela Davis e a Audre Lorde”, conta Débora, se referindo às ativistas feministas.
Surge então a relação das políticas com as questões de gênero: “Na Argentina existe um movimento de organização coletiva de mulheres, um encontro anual de campesinas, indígenas, mulheres operárias, anarquistas, de grupos informais, formais, de partidos, sem partidos que se reúnem para formular uma agenda comum e levam de volta para seus lugares de origem, porque naquele país o movimento feminista entende que em momentos de crises os direitos das mulheres vão ser os primeiros a serem rifados”, afirma se referindo a interligação das coisas e citando o próprio Brasil.
“Infelizmente o debate de gênero está de um lado e o de latinidade do outro. Ainda falta essa estrutura dessas políticas porque isso não é visto como característica da opressão. Aqui no Brasil o movimento feminista vem denunciando o Eduardo Cunha a tempos. Toda a crise política que estamos vivendo começou ali com ele, com as pautas neopentecostais. O movimento de mulheres tava na rua muito antes dele pautar o Impeachment”, diz se referindo ao Estatuto do Nascituro, um projeto de lei que estabelecia que vida humana surge desde a concepção, possibilitando a interpretação da proibição do aborto em qualquer situação, além de pesquisas com célula tronco. O estatuto chegou a ser aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação e teve como relator o então deputado Eduardo Cunha, O projeto foi arquivado em 31 de janeiro de 2007.
Outro momento citado por Débora é o acordo feito pela presidente Dilma Rousseff com aliados de Cunha pela assinatura da Medida Provisória 668/15 que garantiu a anistia de multas aplicadas pela Receita Federal a igrejas evangélicas e liberou o Congresso Nacional para fazer parcerias público-privadas destinadas à construção do chamado “parlashopping”, em troca de que Cunha e aliados votassem a favor da Reforma Fiscal.
“Para além da Argentina, no resto da América Latina o problema é o neopentecostalismo. É fundamental observar como são as questões de direitos humanos e pautas LGBT em países onde o neopentecostalismo e o cristianismo fundamentalista, se posso chamar assim, está avançando”, aponta, citando o artigo “A Religião como Política?” de Sandra Mazo, publicado na revista Sur que trata das questões de laicidade, gênero e o processo de paz na Colômbia.
Materialidade da luta
Se por um lado o trabalho com Relações Internacionais e América Latina foi planejado, a relação com as pautas de gênero surge de forma mais orgânica. “Meus estudos nunca foram para o campo do gênero e falar sobre sexualidade aconteceu por ser lésbica mesmo. É o lugar que eu falo no mundo”, explica contando que pela primeira vez está lendo, durante a quarentena, a produção de um autor do campo, no caso “História da Sexualidade” do francês Michel Foucault.
O entendimento da própria sexualidade foi tranquilo: “Para mim individualmente nunca foi um grande tabu, tanto minha mãe Maria quanto a Conceição sempre foram à frente de seus tempos, convivi com pessoas LGBT a vida toda”, explica afirmando que já o processo de perceber o que significava ser lésbica na nossa sociedade se deu na faculdade. “Foi com 19, 20 anos quando conheci minha primeira namorada e comecei a participar do PUC Purpurina”, explica se referindo ao coletivo LGBT da universidade católica.
“Eu sigo tentando fazer essa costura das questões de gênero e estudos da latinidade e todas as outras intersecções. Minha luta vem de um lugar moral mesmo, da formação do catolicismo humanista, das caravanas de alfabetização e do trabalho de educadora da minha mãe”, explica afirmando que a vivência é o que conduz sua atuação. “Sou lésbica, fui pobre, e mesmo encontrando minimamente um lugar de ascensão não é possível ignorar a realidade. Não tem como desconsiderar os atravessamentos e experiências das pessoas LGBT na construção das pautas”, pontua abrindo espaço para falar mais profundamente do movimento LGBT do país.
Debora diz não entender como a interseccionalidade escapa da luta da comunidade. “A LGBTfobia é uma realidade que atravessa diferentes classes econômicas e mesmo com poucos dados sabemos que a incidência e a maneira que quantitativamente as violências atravessam as pessoas LGBT tem diretamente a ver com outros atravessamentos” explica desabafando. “Não entendo pelo que e sobre quem o movimento LGBT está falando, de verdade. É como se a discussão da LGBTfobia estivesse fechada hermeticamente em um quadrado e não tá”.
Para a ativista a LGBTfobia tem tem as características da exploração. “Meu entendimento foi se apurando à medida dos anos e percebo hoje que o preconceito tem funções específica”, e cita Foucault que identifica a moralidade exacerbada e opressões da sexualidade a partir do século XVII, com a ascensão da burguesia Vitoriana.
Ainda que evite falar sem dados concretos, Débora apresenta sua percepção a partir da sua vivência, em especial do período em que trabalhou na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura Municipal de São Paulo, de que organizações, mesmo que não formais, tendem a ter pautas concretas e de mudança estrutural. “É muito importante o trabalho das famílias LGBT (coletivos informais que se estruturam em especial nas periferias das cidades) e de organizações como a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). Quem está em contato com a batalha mesmo”, aponta lembrando da atuação das componentes da associação, “elas não tinham um discurso ‘queremos acabar com a transfobia’ como um conceito abstratos, elas diziam e dizem ‘queremos que a polícia pare de nos matar, queremos trabalho, queremos bolsas de estudo'” afirma.
“É preciso estar em contato com as demandas concretas, disputando com o poder público, se organizando politicamente. Se a sua luta não se conecta com a realidade material das consequências da opressão fica impossível avançar”, desafia lembrando que não necessariamente se organizar também signifique uma atuação efetiva citando o GGB, Grupo Gay da Bahia como um movimento organizado porém desconectado das demandas reais da comunidade.
Outro ponto citado por Débora no movimento é o que chama de “romantização do militante autônomo”, onde indivíduos lutam, ou dizem lutar individualmente para o combate da LGBTfobia. “Se você acha que assistindo Fátima Bernardes te faz um militante anti homofobia, isso te tira a perspectiva”, critica apontando a identificação com o marxismo como epistemologia de entendimento de mundo que não contam com cenários sem contradição e com uma só variável. “Ou a gente entende a contradição e o campo inteiro ou fica impossível e quando você está em uma organização a contradição é presente, existe tensão e assim que as coisas avançam”, pontua.
A esquerda e a educação
Para a ativista o que torna alguém militante é estar em contato de fato com as raízes da opressão e combatê-la. ” A popularização da discussão sobre homofobia e sobre diversidade e gênero, fez com que as pessoas que entraram em contato com esse debate acreditassem que são militantes mas não se organizaram para efetivamente combaterem a LGBTfobia”, afirma citando o movimento feminista como contraponto, onde existe uma efetividade de ações.
“Não sei se a gente (movimento LGBT) se mexe o suficiente para alterar as condições que precisam ser alteradas para que o conservadorismo e perda de direitos de fato não venha acontecer. Me pergunto muitas vezes como construir uma resistência”, desabafa lembrando ainda que é um trabalho de anos, e não de uma eleição e que perpassa, ao seu ver, pela educação. “O Brasil avançou no campo da educação porém é ainda uma educação que não educa politicamente”, e cita o trabalho do educador Paulo Freire que por décadas tentou estabelecer tal política no país, chegando a ser exilado nos anos 60 por seus métodos de ensino.
Para Débora é essencial o questionamento de quais são os interesses dos que dirigem as coisas e como derrotar estes interesses que geram tamanha desigualdade. “Na minha humilde opinião são os setores da burguesia e do capital estrangeiro e os interesses deles vencem a disputa política do país há muito tempo”, aponta.
E como já apontado, a disputa política do país e da América Latina tem uma frente que se organizou materialmente, os evangélicos neopentecostais. “Nos nunca conseguimos construir uma capacidade de contraposição igual. Eles criaram a ideologia de gênero, algo que não existe e avançaram muito por conta dela e a gente ainda não discute a educação que tá formando cabeças homofóbicas”, afirma apontando que existem muitos caminhos para essa contraposição e que espera que as organizações que compõem o campo do espectro progressistas entendam que as discussões de gênero não sejam adiáveis.
“No momento em que as pautas de gênero são suprimidas elas se tornam uma moeda de troca do outro campo. É uma mudança de mentalidade que as organizações têm que bancar. Tem que entender, se encarregar, ser agendar, porque se não vira agenda dos adversários como acontece hoje”, explica, lembrando também a importância de fortalecer as pessoas progressistas que estão no campo evangélico, por exemplo.
Poder efetivo da coletividade
Se todo o estudo e pesquisa que permeia a vida de Débora está restrito a um grupo menor, é na Internet que acaba alcançando um número sem fim de pessoas. Inicialmente integrante do Canal da Bee, canal de Youtube que colaborou por cerca de cinco anos e se afastou por algumas desavenças, “foi treta mesmo, não virei RadFem (Feminista Radical) como chegaram a falar na época, eu só não concordava com o caminho que as coisas estavam tomando e vazei”, explica. Hoje mantém seu canal próprio que leva seu nome e avalia: “a vantagem de produzir os meus conteúdos, nas minhas redes é que consigo produzir o que realmente quero”.
Ainda que terreno um tanto quanto inóspito, a mídia ativista entende o espaço digital como uma ferramenta que permite combater o individualismo burguês. “Temos uma cultura que não incutiu a coletivização, e não só a de responsabilidades ou do trabalho mas também das representações, por isso é importante ter essa produção de mídia não hegemônica”, defende relatando que o público tem muita dificuldade em saber o que fazer diante dos conflito, “eu não falo pra ninguém se filiar a partido, digo que qualquer coisa vale, como associação de bairros, reunião de condomínio, grêmio estudantil. O poder está na coletividade e não na individualidade”, e cita por exemplo a mobilização que aconteceu nas eleições de 2018, onde reuniu dezenas de pessoas que foram às ruas conversar com eleitores para evitar a eleição de Jair Bolsonaro. “Foi uma experiência muito válida, onde conseguimos organizar pessoas, formar a galera e isso foi possível graças às redes”.
Estas formações aconteceram na Casa 1 e o vídeo abaixo traz uma entrevista que fiz com o militante Thiago Maeda e a Débora, que se prepara agora para ingressar no programa de mestrado e luta para conseguir conciliar a produção de vídeos com seu trabalho, algo que esperamos que tenha sucesso, afinal, o que não falta é assunto para ser debatido e luta para ser lutada.