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Tudo que rolou na Casa 1 em maio e junho de 2021

Desde o início da Casa 1 comunicamos as atividades que estamos realizando para as pessoas que acompanham e apoiam o nosso trabalho saberem o que estamos fazendo e como estamos fazendo. Com o impedimento de ter pessoas no dia a dia, vendo tudo isso acontecer devido a pandemia, começamos a fazer resumos bimestrais online reunindo as áreas que movimentam o projeto. 

Confira nesse nosso fluxo de prestação de contas bimestral que atividades estamos realizando! 

Começamos lembrando que nossa equipe de 30 pessoas contratadas segue atuando para que o público que atendemos possa receber o cuidado e o auxílio que merecem, e agradecendo a dezena de voluntários e voluntárias que doam seu tempo para que o projeto possa seguir existindo.

Mantemos algumas atividades e atendimentos nos nossos três espaços físicos. O centro de acolhida conta com 6 moradores que possuem acompanhamento em saúde mental, clínica e sexual. Além do auxílio da equipe de empregabilidade e planejamento financeiro, os e as jovens acolhidas participam de atividades educativas no campo de línguas e corpo e criação.  

Na clínica social, que se dividiu para servir de espaço de isolamento para acolhidos fazerem quarentena, atendimento do projeto PrEP 15-19, continua com os atendimentos ao público de forma online. Foram 66 plantões de escuta, 53 atendimentos psicoterápicos continuados mensalmente e 60 atendimentos psiquiátricos. 

Já o centro cultural, que hoje é o ponto central de atendimento da população vulnerável e em situação de rua, distribuiu 1127 cestas básicas, 2280 copos de água, 1200 kits de higiene pessoal e 1000 pães. A equipe de assistência social que coordena todas essas ações também realizou 12 acolhidas com encaminhamentos online e em média 200 encaminhamentos gerais para serviços de atendimento da população em geral. 

O Centro Cultural recebeu a instalação “Chama”, do projeto “A Extinção é Para sempre” do artista Nuno Ramos no Dia Internacional do Orgulho LGBT+.

Não paramos com as produções culturais e educativas. A Editora Monstra publicou o livreto “Se eu Morrer – Inês Etienne e a denúncia da violência de Estado e de Gênero” e o texto “Amante Erótica” pelo Instituto Temporário de Pesquisa Sobre Censura. No Dia Mundial da Dignidade Menstrual produzimos, imprimimos e colamos lambes no centro de São Paulo. Também tivemos a produção de um vídeo para conscientizar sobre o tema.

Além disso, tivemos outras produções audiovisuais: 10 vídeos da série “Verbetes de Dança”, um projeto pensado para o Centro Cultural Olido; produção e transmissão do Festival de Stand up LGBT+. Em parceria com o Instituto Temporário de Pesquisa Sobre Censura produzimos os vídeos Percursos do movimento LGBT+ em São Paulo e apresentação do Coletivo Tem Sentimento, uma iniciativa de geração de renda para mulheres cis e trans no território da Cracolândia. O Instituto Temporário de Pesquisa Sobre Censura também produziu o podcast “Sobre as invenções da Cracolândia” e promoveu a conversa sobre o livro “Se eu morrer – Inês Etienne e a denúncia da violência de Estado e de Gênero”. 

Entre as oficinas e aulas online tivemos 7 aulas do “Ritmo Quente”, a live de encerramento do projeto “Entre Libras e Pincéis”, 8 “Oficinas de Automaquiagem”, lives no “Biblioteca Convida” com Gabriel Cadete, Cristina Judar, Samuel Gomes e Marcus Nery e  lives do “Gravando!” com Samir Duarte (Um MilkShake Chamado Wanda), Renan Sukevicius (Finitudes), Duda Dello Russo (Santíssima Trindade das Perucas) e Camila Hilário (Ela e o Megafone), 9 aulas do “Curso Gratuito de Libras”, 4 aulas do Babadeira Online com Maahway, Ginger Moon, Qquenia e Luna Scarlett. Além disso, em parceria com Rainha Kong tivemos 3 aulas abertas com Helena Vieira, Ferdinando e Ave Terrena e 4 oficinas com Daniel Veiga, Lino Calixto e Pedro Galiza e em parceria com o Sesc Bom Retiro participamos do projeto #CruzamentoDeTerritórios – Isso não é um mapa que vai até o dia 2 de julho. 

Nas articulações parlamentares, a Frente Parlamentar pelos Direitos da População LGBT no Estado de SP, o Grupo de Trabalho de Empregabilidade da Casa 1 participou ativamente do processo de elaboração do primeiro Projeto de Lei da Frente, protocolado no dia 28 de junho. O PL n° 422/2021 dispõe sobre a criação do Programa “Diagnóstico da População LGBTI+ Paulista” e dá outras providências. Em suma, o PL propõe o registro, sistematização e publicização de informações sobre o perfil sócio-econômico-geracional-étnico-racial-cultural-demográfico da população LGBTI+ residente do estado de São Paulo, através do processamento de dados constantes nas bases do Governo. Com esse projeto de lei, esperamos que os dados possam subsidiar a criação e implementação de políticas públicas, de caráter intersetorial, para a população LGBTI+ paulista.

O GT também tem atuado na articulação com mandatos que compõem a Frente para viabilizar possíveis colaborações entre a Casa e os mandatos.

O GT segue também atuando para fortalecer as articulações da Casa 1 com organizações dos movimentos populares de luta por soberania e segurança alimentar e nutricional (SSAN). Como parte desse esforço, já foram realizadas reuniões com o Fórum Paulista de SSAN, com o Núcleo Paulista da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, e com a Comissão Organizadora da Conferência Popular e Democrática pela SSAN. Destas reuniões resultou o convite para que a Casa passe a participar das plenárias do Fórum Paulista de SSAN. Ainda no tema da SSAN, o GT facilitou a participação da Casa como entidade apoiadora do primeiro guia de cuidado e atenção nutricional à população LGBT do país. O guia foi publicado pelo Conselho Regional de Nutricionista da Região Centro Oeste, mas está servindo de inspiração para outros CRNs, inclusive o de SP. 

O Grupo de Empregabilidade também realizou 15 plantões de empregabilidade e negociou 88 parcerias e projetos. 

A Biblioteca Comunitária Caio F. Abreu recebeu 614 títulos e fez 655 doações e seguiu com o inventário, classificação e alfabetação do acervo; assim como o descadastramento de títulos descartados ou não devolvidos do Sistema Alexandria.

Foram publicadas 180 postagens no Facebook e Instagram, no Instagram também produzimos 14 IGTVs. No site da Casa 1 postamos 92 conteúdos entre textos autorais e republicados de agências independentes como Pública, Ponte, Nós, AzMina, Joio e o Trigo e Amazônia Real. Publicamos também a Cartilha de Saúde Sexual.

E se você quer ajudar tudo isso a continuar acontecendo, basta clicar aqui!

A Casa 1 é uma organização localizada na região central da cidade de São Paulo e financiada coletivamente pela sociedade civil. Sua estrutura é orgânica e está em constante ampliação, sempre explorando as interseccionalidade do universo plural da diversidade. Contamos com três frentes principais: república de acolhida para jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) expulsos de casa, o Galpão Casa 1 que conta com atividades culturais e educativa e a Clínica Social Casa 1, que conta com atendimentos psicoterápicos, atendimentos médicos e terapias complementares, com foco na promoção de saúde mental, em especial da comunidade LGBT.

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